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[Livro: MRE] Cap. 1: As Armas


vital900

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Cap. 1: As Armas

 

 

Nascido em Refor, Niklaus, filho de humanos, fora criado com espada e escudo.

Aos 7 anos o levaram a um centro de treinamento de cavaleiros, futuro planejado por seus pais. Nesse centro Niklaus desenvolveu seu físico, estimulado a roubar alimentos e a sobreviver em condições horríveis. Carregando pedras grandes de um lado para o outro como seu principal trabalho, o menino permaneceu em arduo treinamento até os 13 anos de idade, até ser nomeado fiel escudeiro de Amaric.

Amaric era um cavaleiro que passara a vida em batalhas e arenas. Inicialmente carregava os equipamentos e as mochilas das viagens. Como escudeiro de um cavaleiro, aprendeu a consertar amassados nas armaduras, afiar as espadas, negociar produtos nos bazares e estada nos hotéis de cidades desconhecidas.

Durante 4 anos, Niklaus acompanhara o cavaleiro assistindo a inúmeros combates e treinando técnicas de combate, aprendidas quando Amaric e o escudeiro descansavam das longas viagens sob as sombra das árvores.

Por muito tempo o cavaleiro se matenve invicto em suas batalhas, mas não eternamente. Certa vez, quando lutava em uma arena por 100 peças de ouro, fora atingido em seu ombro esquerdo com a espada de seu adversário, passando pela armadura leve que utilizava em combate. A dor impossibilitou o manejo de seu escudo, tornando-o vulnerável a maioria dos golpes. A luta acabou com a morte de Amaric.

Quando o nobre cavaleiro morreu, Niklaus assumiu o seu lugar, sendo nomeado cavaleiro por Galahad, um dos amigos de Amaric. Galahad era muito rico e organizou a cerimônia da passagem da espada para nomear Niklaus.

A cerimônia representou o início de aventuras do novo cavaleiro. Em certo momento, Galahad se colocou a frente dos convidados, e com sua espada tocou os ombros do escudeiro, que se encontrava ajoelhado ao pés de Amaric.

Depois de muita festa e fartura, o jovem cavaleiro saiu à estrada atrás das próprias conquistas.

Niklaus manejava suas armas muito bem. Estava bem treinado e preparado para participar de seu primeiro torneio. Inscreveu-se na primeira grande cidade que ficara, conhecendo assim muitas pessoas, principalmente as mulheres que enchiam os olhos de brilho ao verem as habilidades do cavaleiro.

Feria-se muito pouco em batalhas, era focado na defesa. Obviamente que as cicatrizes não escaparam, mas isso eram apenas histórias para serem contadas.

Com o tempo acabou decidindo se estabalecer em uma cidade chamada Welarian, do mesmo tamanho de Refor, sua cidade natal. Foi nesse local que encontrara o amor de sua vida, Selena.

Selena, tecelã contratada para costurar as roupas que ficavam por baixo das armaduras de Niklaus (e frequentemente rasgadas pelas lâminas dos oponentes), apaixonou-se pelo cavaleiro. Um dia que voltara de uma batalha difícil, a tecelã ofereceu moradia, alimento e seu amor.

Tempo depois se casaram e viveram com grande aconchego por três anos. Após esse tempo as riquezas do cavaleiro começaram a ficar inviáveis de serem gastas como antes. Niklaus decide voltar a viajar, mas era um mal momento, pois Selena estava grávida e exigia a presença do marido.

O amor do cavaleiro o prende a Welarian, decidindo abandonar a espada e assumindo um emprego qualquer na cidade. Começou servindo mesas em uma taverna, mas acaba sendo localizado por um halfling, que desejava realizar uma encomenda.

- Que tipo de encomenda? - Pergunta Niklaus ao pequenino.

- A cabeça de um elfo. - A resposta espanta o humano. - Desejo vingança. - O halfling conta a história de sua vida, endividara-se e acabou virando um escravo por dívidas. As dívidas aumentaram e sem conseguir pagar, o elfo exilou o halfling em Welarian longe de sua família.

Niklaus compreendeu os males feitos pelo elfo ao pequenino e aceitou realizar o trabalho por moedas de ouro, o que possibilitava ficar um bom tempo sem trabalhar com algo extremamente vergonhoso para um cavaleiro.

O humano caça o elfo e o encontra numa cidade vizinha, escondido em um porão de uma casa, como o halfling indicara. Após o executar, entrega a cabeça para o halfling, que o paga como previsto.

Alguns dias depois recebera outra oferta semelhante e o cavaleiro começa a participar de frequentes assassinatos, tomando gosto pelo seu novo título de justiceiro. O próximo movimento de Niklaus foi juntar-se a uma ordem de vingadores, trabalhando incansavelmente para diferentes raças, pelo mais alto valor.

Mas os trabalhos começaram a exigir muita confiabilidade e já não poderiam ser realizados sozinhos. Niklaus começara a agir com um ladino, um arqueiro e um outro cavaleiro. Os quatros ficaram conhecidos como os “capa preta”, pois agiam sempre cobertos e silenciosos.

Até que um dia, um mago vestido de um manto vermelho procurou os serviços do grupo. Eles ficaram responsáveis por acharem o sequestrador da filha do mago, que já se encontrava em local seguro, mas havia sido violentada.

O grupo encontrou o sequestrador e o matou lentamente. Não sabiam exatamente com quem estavam lidando e o superior do sequestrador foi atrás de cada integrante dos “capa preta”.

Na noite seguinte, quando Niklaus voltara de mais um trabalho, sua casa está toda bagunçada e com os móveis quebrados. Seu filho e sua mulher não se encontravam no quarto dormindo como de costume. O cavaleiro os chama e os procura em todos os cômodos, mas não os encontra. tempo verbal

Então ele volta para a ordem dos vingadores e reune os mais bravos guerreiros presentes naquele momento. Eles varrem a cidade a procura de Selena e o do filho de Niklaus, mas não o encontram em lugar algum. Ficaram horas revirando a cidade silenciosa, procurando por pistas, mas nada.

Quando Niklaus decide voltar para casa, sua porta está aberta e uma caixa de madeira se encontra no meio de sua sala. Quando ele a abre, são partes dos corpos de seu filho e sua mulher. Niklaus se descontrola e chora como uma criança. Reza e implora a Banzer, deus da guerra, oferecendo sua alma. em troca de vingança? O deus o responde, entregando-lhe o poder de encantar armas e um contrato que deveria ser cumprido, caso contrário, a morte o esperava. Encantando sua espada longa, o humano parte em busca de quem matara seu filho e sua mulher.

Niklaus segue pela mais longa busca de sua vida, sem saber pelo que o esperava.

Quase um ano depois Niklaus encontrara o assassino de seus entes aterrorizando uma cidade. O assassino o reconhece e o desafia. Em um golpe seis homens caem mortos, inclusive aquele que esquartejara os amores do cavaleiro.

Em seguida Niklaus cumpre o contrato e seus afazeres. Depois da última missão do contrato, uma transformação ocorre. O humano ganha asas e passe livre ao quinto plano. Chengando a Penten, o novo anjo recebe muitas outras tarefas do deus da guerra.

O anjo realiza inúmeras tarefas, até que se depera com o comandante da sociedade oculta de assassinos, a mesma a qual pertencia o esquartejador. O anjo pede permissão a Banzer para executar o comandante, mas lhe é negada.

Niklaus acaba se revoltando e cansado de seguir ordens resolve agir.

Em uma das vezes que o anjo fora mandado para vigiar um dos reinos medievais, enfeitiçara uma arma que estava sendo forjada por um anão. A arma se tornara um equipamento mágico dotado de um poder angelical e entregue a quem a encomendou - não tendo ideia de suas habilidades.

Logo depois, Niklaus pensou em enfeitiçar diferentes armas e assim o fez. Esperarava uma guerra acontecer, provando aos seus superiores que as raças não poderiam ser civilizadas pois eram ambiciosas demais. Queria mostrar que os deuses falharam em suas missões, chegando assim o fim dos tempos. Migrou para os outros 6 reinos e enfeitiçou mais 6 armas.

Essas armas eram extraordinárias e escondiam uma habilidade mágica dentro delas. Além de extremamente fortes e efetivas contra qualquer tipo de ser, elas liberavam um dom extremamente perigoso a quem a possuísse, podendo alterar a índole de quem a tocasse.

O problema estava cravado: diferentes guerreiros de diferentes raças acabaram por possuir essas armas e uma grande guerra se estabeleceu. Cada um por si: elfos, anões, humanos, halflings, meio-orcs e gnomos. Algumas vezes alianças surgiam, mas nunca duravam mais do que meses.

Todos lutaram incansavelmente até Banzer notar o que desencadeara a guerra. As armas enfeitiçadas usadas em combate eram muito poderosas e matavam mais de 10 guerreiros em um só golpe. A guerra assumiu uma proporção mundial e Niklaus, enviado para garantir a ordem dos reinos, não estava interferindo e realizando suas devidas ações.

Banzer começara a interrogar o anjo, mas antes que o deus acessasse sua memória, Niklaus se sacrificou de modo a garantir o sigilo dos poderes das armas. A alma do anjo foi excluída de todos os planos.

O deus da guerra ficou extremamente encabulado e confuso com o que acontecera e comunicou diretamente Mier. Concluiu-se que o poder fornecido aos anjos era demasiado. Os deuses passaram a desconfiar dos anjos e sentiram medo de outros agirem como Niklaus. Assim findou-se os contratos entre deuses e anjos. Com medo de uma revolução entre os anjos, os deuses não excluiram nenhum deles.

Os deuses mais próximos de Mier foram encarregados de localizar as armas, mas os mesmos apenas se progetavam no terceiro plano e não poderiam se infiltrar entres os seres de Ihoê para se apoderarem das armas. Mais uma vez os anjos foram submetidos a uma missão: encontrarem as armas, tirar das posses dos humanos e levá-las para Penten.

Os anjos se espalharam pelo terceiro plano e nunca acontecera tamanha concentração de seres angelicais em uma mesma era. Em pouco tempo as armas foram encontradas na posse de dois elfos, um halfling, um anão, um humano, um gnomo e um meio-orc. Estavam bem destribuídas e isso justifica o tempo de duração da guerra.

Os anjos foram instruídos a realizarem um procedimento padrão. Todos esperaram aqueles que possuíam as armas ficarem sós para serem tomadas de seus donos. Alguns aguardaram eles adormecerem, mas as armas sempre ficavam de junto ao corpo dos combatentes.

No momento em que as asas dos anjos se abriram para os senhores das armas, uma luz radiante ofuscou a visão de cada ser, cegando-os por um momento e as armas foram tomadas de seus donos. O que os deuses e os anjos não imaginavam eram os efeitos das armas sobre as criatruas angelicais: todos foram possuídos por um sentimento de incompatibilidade e sentiram-se pesados. Com pouco tempo de posse das armas encantadas, os anjos foram petrificados e muitos estavam no alto. O impacto espatifou os anjos em pedaços, menos as armas que ficaram espalhadas por todo mundo.

Enquanto as armas estavam de posse dos combatentes dos exércitos, fácilmente foram dectadas, mas agora elas estavam espalhadas por uma imensidão sem fim, podendo estar entre pedras, em cima das árvores, no fundo de um lago, no telhado de uma casa ou dentro de um vulcão.

A grande guerra terminou depois de 200 longos anos de batalha e esse foi o marco para o início de muitos calendários. As diferentes raças resolveram os assuntos pendentes com diversos tratados e acordos. Algumas rixas ainda não resolvidas criaram desconforto na convivência de certas civilizações, isso justifica a dominação dos elfos, humanos e anões dentre os reinos.

 

Créditos: Vítor Amaral

Editado por vital900
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  • 3 weeks later...

Outra história boa de Vitor Amaral...happy.png

Vocês estão trabalhando no mesmo projeto ou só está postando os textos para nós?

 

Erros no texto:

"dectadas" - Creio eu que seja "detectadas"

"tempo verbal" - Está colocada no final de um parágrafo, não faz sentido algum no "roteiro"

 

REP+!

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