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Teaser #2 - Blake 'Fasthands'


krex

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Oi!
Muito tempo ausente daqui, queria comunicar que estou sem PC e por isso não tenho postado nada do Khorem :\

Estou escrevendo bastante coisa nesse tempo, e por isso o teaser de hoje é apenas texto. Sei que muita gente não gosta de ler e provavelmente não vai ter paciência pra o texto inteiro, mas mesmo assim decidi postar. Aceito qualquer crítica, e principalmente listando os erros da história.

Agradeeeço muito aos que lerem, ainda mais se comentarem <3

 

Blake 'Fasthands'

 

 

Lauthern era a cidade mais rica de todo o continente de Khorem. Cercada por montanhas e cheia de cavernas com minérios, o garimpo rendia muito ouro e diamantes a cidade. Entretanto, essa riqueza também tinha seu lado negativo: atraia a atenção dos ladrões.

O mais famoso - e procurado - ladrão da época se chamava Blake, ou Blake 'Fasthands' como era mas conhecido nas tabernas. Era um homem de meia idade, com a pele escura, sem barba, olhos fundos e um rosto fino com uma ou outra ruga e cicatriz. Ninguém sabia bem sobre o passado de Blake e nem sobre uma possível família: a história que fazia mais sentido é que sua mãe era uma meretriz e que ele havia nascido na região sul, próximo a floresta de Oakhem. Essa era a mesma região que mais sofria os seus ataques. Interessado pelos muitos boatos a respeito das joias das joias de Lauthern, decidiu tentar ataca-la.

 

Montou acampamento em uma caverna mais ou menos nos arredores da cidade e passou uma semana reunindo o máximo de informações possíveis. Em troca de uma ou outra moeda de ouro, descobriu na taberna que era impossível invadir sozinho o castelo real. Entretanto, as minas de onde todos os dias saiam dezenas de pedras preciosas não eram tão protegidas durante a noite. Conseguiu um mapa de uma das minas e dicas dos pontos onde estavam encontrando joias mais frequentemente. Com tudo planejado, muniu-se de seu punhal e algumas ferramentas, esperou anoitecer e partiu em direção as minas. Não encontrou problemas para cruzar a cidade durante a noite: sabia bem como se locomover sem chamar atenção - e conseguiu chegar na entrada da caverna. Havia apenas um guarda de vigia fazendo ronda na entrada. Esperou ele dar uma volta e então esgueirou-se para dentro da mina sem dificuldade.

 

Já dentro da mina, acendeu uma tocha curta - para não chamar atenção de possíveis guardas - e então começou a seguir os caminhos guiando-se pelo mapa. De tempo em tempo encontrava vãos maiores que se assemelhavam a salas. Durante o dia provavelmente eram utilizadas para o descanso dos trabalhadores. Também era possível ouvir ruídos na caverna, como se alguma coisa estivesse se movimentando nos andares inferiores. Ignorando esses barulhos, o velho Blake seguiu indo cada vez mais fundo, passando por descidas íngremes e notando como o aspecto da caverna começara a mudar: as paredes pareciam ter sido escavadas mais recentemente, mostrando que estava chegando nas áreas que ainda não tinham sido completamente exploradas. De tempo em tempo, via ao longe uma luz refletindo nas paredes, e rapidamente tomava o rumo contrário.

Depois de aproximadamente meia hora dentro da caverna, finalmente chegou nas regiões marcadas no mapa. Picaretas, marretas e outros equipamentos espalhados no chão confirmavam que durante o dia alguns trabalhadores estavam trabalhando naquela área. Blake encostou a tocha próxima a parede e começou a analisar cuidadosamente a procura de alguma pedra preciosa. Não demorou muito até encontrar uma pequena pepita de ouro. Colocou sua sacola no chão, apanhou uma das picaretas jogadas e começou a escavar cuidadosamente ao redor da pedra, tentando não fazer muito barulho. Não se passaram mais do que dois minutos até que uma luz apareceu vinda da direção que o ladrão havia chegado. Seriam soldados? Blake apanhou seu punhal e tentou fugir na direção contrária, mas só então percebeu que estava quase no fundo da caverna, num beco sem saída. Sem ter pra onde ir, planejou esgueirar-se até um ponto cego na parede, mas antes que pudesse por em prática seu plano, percebeu que não era apenas um guarda - eram vários. Munidos de armaduras e escudos, pareciam já saber que alguém estava ali. A melhor opção para o ladrão seria lutar pra morrer com honra, mas antes de se decidir como fazer, recebeu uma flechada na coxa. Os soldados tinham parado de avançar, como se já estivessem satisfeitos com apenas uma flechada. Blake começou a se sentir fraco, sonolento. Então caiu.

 

Acordou tempos depois na mesma caverna que estava. Ainda com dores na coxa e na cabeça, virou-se e percebeu que estava numa cela. Fora atingido por uma flecha envenenada, mas o corte já havia sido tratado. Não levou muito tempo até alguém vir verificar a cela. O carcereiro, um homem gordo de rosto inchado, olhos grandes e negros, idade avançada e uma barba bem rala veio verificar como o prisioneiro estava. Blake se recusou a falar, aborrecendo o velho homem. Tempos depois, ouviu novos passos vindo. Dessa vez o carcereiro não estava sozinho: trazia consigo o chefe da guarda da cidade de Lauthern, o temível General Karl.

 

O ladrão e o general já se conheciam, já que ambos eram famosos nos seus respectivos cargos, mas nunca tinham se encontrado. O general explicou que o dono da taverna de Lauthern havia sido avisado de que poderia ser procurado por ladrões interessados em invadir a mina, e que caso isso ocorresse, deveria entregar o mapa falso e avisar tudo à guarda real. Tudo não passava de um plano para enganar o ladrão: o guarda solitário na entrada na verdade estava "incentivando" ladrões a entrar, e cada vez que saia pra fazer uma ronda, outro guarda vigiava tudo em uma guarita escondida. Os guardas que traziam as tochas que Blake via refletindo na parede na verdade estavam lá pra assustar o ladrão e evitar que ele tomasse um caminho errado, e serviram pra ter certeza de que ele estava indo pra um beco sem saída.

Fora isso, não tiveram uma conversa muito longa. Apenas foi avisado a Blake que seu julgamento seria no pôr do sol do dia seguinte, em praça pública. O ladrão não conseguiu dormir direito naquela noite. Primeiro porque sabia que provavelmente iria morrer no dia seguinte, e segundo um barulho infernal vinha dos andares inferiores da caverna.

 

No dia do julgamento, grande parte da população veio assistir ao famoso Blake Fasthands ser condenado. Alguns reclamavam de que ele tinha que pagar tudo que tinha roubado antes de morrer. Outros, brincavam que queriam ver se ele tinha mãos rápidas o suficiente pra escapar da morte. O prisioneiro foi trazido até a principal praça, no centro da cidade, onde havia um palanque específico pra julgamentos e pronunciamentos importantes. Lá estavam as famílias mais ricas da região, inclusive a família real, acompanhada do rei de Lauthern, Sciz, e a família do General Karl.

Blake foi preso numa berlinda de madeira e lá ouviu todas as acusações calado. E, não eram poucas - o ladrão já havia aprontado em todas cidades de Khorem. Entre uma ou outra acusação, soltava um risinho ao lembrar-se de como tinha feito tal ato, e de como desfrutava do dinheiro. A cerimônia já durava mais de uma hora quando fora finalmente dada a sentença final: morte por degola.

 

O carrasco - e todos presentes - pareciam já estar cientes que aquele seria o julgamento. O machado estava amolado, o que na visão de Blake, o pouparia de mais dor. Quando perguntado se queria dizer mais alguma coisa antes de morrer, o ladrão não foi educado:

 

-Encontro todos vocês no inferno.

 

Nesse momento, foram arremessadas pedras e frutas podres no ladrão. A população vaiava e pedia pro carrasco dar o golpe que encerraria aquele julgamento. O barulho feito pela multidão abafou temporariamente algo que viria a mudar toda a história de Khorem. Naquele momento, uma horda com milhares de orcs estavam invadindo a cidade vindos de dentro da mina. A população demorou até notar o que estava acontecendo, e isso fez com que poucos conseguissem fugir a tempo. Os guardas até tentaram salvar a cidade, mas muitos já estavam bêbados comemorando a morte do Blake, e não conseguiram derrotar aquelas temíveis criaturas verdes com dentes amolados. Mulheres, crianças, idosos... todos padeciam nos machados dos orcs.

 

O condenado assistiu tudo de camarote. Sem poder fugir, se divertia vendo como uma cidade inteira era destruída em sua frente. Os orcs não paravam de brotar de dentro da mina, e agora ele entendia o que estava causando o barulho que ouvia enquanto descia a caverna e na noite anterior, que não conseguiu dormir. De canto de olho, viu o General Karl derrotando um orc atrás do outro usando sua espada de duas mãos. O general e o rei provavelmente conseguiriam fugir, mas não salvariam a cidade. Aquele foi o último dia que a cidade de Lauthern existiria.

 

Antes de morrer, Blake descobriu duas coisas. Se divertiu com a primeira: não foi o único a receber o julgamento de morte aquele dia. A segunda ele descobriu da pior forma possível e não foi tão divertida: orcs gostavam de comer a carne de suas vítimas ainda vivas. E no caso dele, que não tinha como fugir, foi um banquete devorado sem pressa.

 

 

~

Editado por Krex
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E ai Krex!

A coesão do seu texto esta bem dentro dos padrões, parabéns! Ponto positivo para você.
A sintaxe também está de bom agrado, já que os elementos do seu texto estão bem "encaixados".
Porém, a sua gramática deixa um pouco a desejar, como por exemplo: Alguns pontos parágrafos empregados de forma errônea, e alguns erros comuns de serem praticados como "mas" e "mais". No entanto, nada que um pouco mais de atenção não resolva.

No mas, seu texto esta muito bem elaborado, como já havia dito acima. Meus parabéns, e a minha dica é: Um pouco mais de atenção com a sua gramática.

Abraços, Avilack.

 

Edit => PS: Uma curiosidade minha: Você utiliza o hífen para implementar um detalhe a frase anterior? Porque caso seja, algumas vezes você também o empregou de forma errônea.

Editado por Avilack
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Caramba cara, eu comecei lendo achando que ia ser algo demoraaaaado, aí quando cheguei no final nem acreditei que já tinha acabado.

Interessante que não foi uma história previsível, eu pelo menos sempre me surpreendi pelo rumo que a coisa tomou rs.

O fato de tudo ter sido um plano pra mim foi ótimo!

A história me lembra um pouco alguns filmes e jogos misturados.

 

Tenho certeza que o projeto terá um RPG exemplar.

Crie algo em um floresta assombrada, daria um texto bom.

 

Espero que recupere seu computador logo, estarei esperando por novos conteúdos.

 

Atenciosamente,

Alexandre.

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Gostei bastante da história, realmente foi uma ótima introdução para uma grande história de guerra entre as duas raças.

 

 

Achei que não fazia muito sentido pra um ladrão experiente alardear seus planos assim, a pessoas desconhecidas.

 

E precisava mesmo deixar o cara ser comido "sem pressa"? mdr.gif

 

 

 

E degola é diferente de decapitação. Degola é cortar o pescoço de um lado a outro e deixar sangrar. Decapitação é separar a cabeça do resto do corpo.

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