Ir para conteúdo

Quem Mexeu No Meu Copo?


Posts Recomendados

Quem mexeu no meu copo?

 

Ola Xtibianos!

 

Axo que alguns ja ouviram falar dessa matéria então eu vim compartilhar com os membros do Xtibia essa matéria!Espero que gostem :D

 

Meu comentario:

Sim gostei!O texto é bem legal eu li tudo!Gostei pra caramba...axo que vocês vão gostar tambem!

 

 

O mistério da taverna secreta de Carlin e da Resistência do Álcool foi motivo de muitos tópicos. Por isso, resolvi contar a vocês a verdadeira história de como tudo começou...

 

Carlin é uma cidade agitada. A qualquer hora do dia, faça chuva ou faça sol, está sempre lotada de PKs e infestada de noobs. Um dos locais mais badalados de lá era a taverna. Ela ficava no subsolo de um hotel, no litoral da cidade. Não era, de modo algum, uma taverna excepcional – era achatada, quadrada, sem janelas, cujo tamanho e proporções pareciam ter sido calculados mais ou menos exatamente para desagradar a vista. Mas isso não era problema para os homens que a freqüentavam, até por que a maior parte do tempo eles estavam bêbados demais para reparar nesses detalhes. William era campeão nesse quesito. Isso por que ele era o único capaz de beber 6 chopes duplos seguidos e ainda ficar em pé! Ele era a pessoa, depois do dono, é claro, que mais ficava na Taverna, e assim mesmo só porque ele não tinha mais o que fazer.

 

Há pouco tempo atrás William havia perdido o emprego por má conduta. Por algum motivo, capinar a parede e pintar a grama não foi uma de suas melhores idéias.

 

William não conseguia acreditar que a Rainha queria proibir o consumo de álcool na cidade, e pior, no lugar de cerveja passar a vender leite. Leite! Imagina, você vai à taverna comprar cerveja e o garçom te dá leite! Isso era definitivamente um absurdo.

 

Às 9 horas da manhã de quinta-feira, a taverna ainda não estava aberta. Não demorou muito para uma multidão cercar toda ela e murmúrios curiosos sobre o que estaria acontecendo soavam por todos os lados. Em meio à multidão, William avistou seu velho amigo Karl e foi logo em sua direção.

 

- Karl, precisamos fazer alguma coisa. – disse William. – Ou as bebidas vão ser proibidas na cidade!

 

Karl era, como dizem, um pensador. Desde tempos imemoriais houve menos que meia dúzia de mortais cujas mentes foram capazes de compreender a vida em sua totalidade: Sócrates, Da Vinci, Descartes e Karl. Destes poucos gênios, Karl era, sem dúvida, o que mais bebia, embora seja consenso geral que Da Vinci foi o melhor dançarino de salsa.

 

- Droga!- disse Karl. - Então os boatos eram verdadeiros?

 

Virou e começou a se afastar da multidão.

 

- Aonde você vai? – gritou William.

 

- Ao castelo. – respondeu Karl. – Ter uma palavrinha com a Rainha.

 

Nada mais se falou até a entrada do castelo. Ao chegar, pararam para observar a arquitetura. Era como se fosse a primeira vez que eles estavam ali. Imensos heróis imortalizados em estátuas guardavam a entrada do castelo, fitando os dois com olhares astutos, prontos para atacarem a qualquer movimento em falso.

 

Karl deu alguns passos nervosos em frente e parou.

 

- Você já esteve aqui antes? – perguntou ele.

 

- Sim, digo, não! – disse William confuso – Pelo menos não lá dentro!

 

William sentiu um frio na barriga. Estava com medo. Cogitou se não era melhor voltar atrás. Lembrou da cerveja e, naquele momento, decidiu que lutaria até morte, se preciso fosse, pelos seus ideais.

 

Seguiram o corredor atentamente. Passo por passo. Sentiram uma ligeira impressão de estarem sendo observados. Passaram por uma porta e entraram no que parecia ser um jardim. Não havia muitas flores. Na verdade, apenas algumas árvores e um chafariz. Em frente eles avistaram mais uma porta, com uma gravação "Castelo de Carlin".

 

Karl bateu duas vezes na porta. Uma escotilha se abriu, dois olhos grandes e penetrantes apareceram. Fechou-se. Ouviram-se alguns murmúrios por trás da porta, até que ela se abriu com um gemido baixinho. Uma mulher alta, loira e fortemente armada segurava a porta diante deles.

 

- Por favor, precisamos falar com a Rainha. – disse Karl.

 

A guerreira analisou os dois de cima a baixo. Deteve seu olhar em William por alguns segundos e depois falou:

 

- A Rainha está ocupada.

 

- O assunto é de extrema importância. – disse Karl.

 

- E qual seria esse assunto? – Perguntou ela.

 

- É confidencial. – disse Karl.

 

- Então vão embora! – Disse ela dando as costas e fechando a porta.

 

Karl rapidamente colocou seu pé no vão da porta para que ela não se fechasse. A mulher pareceu não gostar.

 

- Saiam agora ou eu vou usar a força! – ameaçou ela.

 

- Espere! – uma voz vinda de dentro do ressinto a interrompeu – Deixe-os entrar.

 

Karl e William trocaram alguns olhares assustados. A porta se abriu e pode-se observar a Rainha em seu trono olhando para eles. Ligeiramente curvados em sinal de reverência, os dois entraram no castelo. Um enorme tapete vermelho se estendia embaixo deles. Parecia ser o hall de entrada, a sala era ampla e iluminada por enormes candelabros. Ainda um pouco distante, Karl se ajoelhou, sendo imitado imediatamente pelo seu amigo.

 

- Rainha, nós... – começou Karl, mas não chegou a completar.

 

- EXCELENTÍSSIMA RAINHA – corrigiu ela.

 

- Desculpe. Como eu ia dizendo, Excelentíssima Rainha, nós viemos aqui pedir humildemente para que vossa excelência não faça vigor à lei que impede os cidadãos de Carlin de consumir bebidas alcoólicas.

 

A Rainha considerou por um momento as palavras dele.

 

- Ela já está em vigor, e eu não vou voltar atrás – disse ela finalmente. – Recebemos diariamente reclamações de muitas pessoas, principalmente mulheres. O álcool é uma droga e já devia ser proibido em todos os locais!

 

Um desespero tomou conta de William, se ele não fizesse nada, nunca mais iria sentir o doce e amargo sabor de uma bebida novamente. Ele tinha que fazer alguma coisa!

 

- VELHA COROCA! - gritou William.

 

Talvez aquela não tenha sido, sob todos os aspectos, uma boa idéia. William sentiu a presença de um vulto e, sem que desse tempo para olhar, levou uma forte pancada na nuca. Karl levantou-se rapidamente e tentou correr, mas foi pego pela guarda que estava de prontidão na porta da sala.

 

- Prendam os dois! - foram as últimas palavras que William conseguiu assimilar.

 

 

 

Algumas horas depois William começou a recuperar a consciência. Seu pescoço ainda doía muito. Não conseguiu reconhecer o local, sua vista ainda estava um pouco embaçada.

 

- Onde estamos? - disse William.

 

- Acordou? - disse Karl. - Pelos raios de Zatroth! O que deu em você pra você fazer aquilo?! Será que perdeu de vez o juízo?!

 

- Ai, meu pescoço! - disse William apoiando-se na parede para se levantar.

 

Ouviu-se um barulho estranho numa sala próxima. Os dois olharam e viram um homem sendo arrastado até a cela ao lado deles. A mulher que o trazia fitou os dois e depois voltou para a sala ao lado.

 

Karl analisou por um tempo a situação e em seguida perguntou:

 

- O que aconteceu?

 

- Fui pego com uma garrafa de rum. - disse o homem. - Tinha acabado de chegar na cidade, não sabia que elas haviam proibido!

 

- Seja bem vindo então... meu nome é Karl, e este é meu amigo William.

 

- Prazer! Meu nome é Todd. E por que vocês estão aqui?

 

- Ah... é uma longa história, nem queira saber. - disse Karl.

 

- Bom, acho que temos bastante tempo agora que estamos presos, não? - disse William.

 

- Não por muito tempo - disse Todd sorrindo.

 

Os dois se entre olharam sem saber ao certo o que ele queria dizer com isso, mas logo entenderam quando ele levantou sua mão direita segurando um objeto metálico e reluzente.

 

- Peguei quando ela estava tirando minhas algemas. - disse vitorioso olhando para as chaves em sua mão.

 

Cautelosamente ele começou a testar as chaves. Não demorou muito para achar a chave da sua cela e depois da cela ao lado.

 

- Venham, - disse Todd - vamos sair antes que ela perceba!

 

- Antes que quem perceba? - Disse a mulher saindo da sala furiosa e com sua espada na mão.

 

- CORRAM!!

 

Com um rápido golpe, Todd a derrubou. Os outros dois aproveitaram a brecha para escapar. A prisão, por um motivo não compreensível, ficava ao lado da saída da cidade. E foi essa direção que eles tomaram, mas logo avistaram uma guarda. Deram meia volta, e logo se viram cercados de guardas. Correram na direção oposta e mais guardas apareceram.

 

- Rendam-se, vocês estão cercados!

 

 

 

Houve um silêncio momentâneo. Todas as chances deles escaparem vivos daquela situação acabavam de ir embora. O que eles não sabiam é que algo muito improvável estava prestes a acontecer.

 

- OS ORCS ESTÃO INVADINDO!!!! SALVE-SE QUEM PUDER!!!!

 

Centenas de orcs começaram a surgir de todos os lugares, falando coisas estranhas e destruindo tudo que viam pela frente. A atenção das guardas foi rapidamente voltada pra invasão, era uma ótima oportunidade para fugir.

 

- Rápido! Sigam-me! – disse Karl para os outros dois.

 

Correndo o máximo que podiam, eles passaram por entre os orcs sem serem atingidos. A multidão corria no sentido contrário a eles, o que dificultou mais ainda, mas logo avistaram a Taverna.

 

- O que você quer fazer na Taverna numa hora dessas?! – gritou William.

 

- Eu explico depois. – disse Karl – Rápido! Ajudem-me a arrombar a porta!

 

William afastou-se ligeiramente e depois foi com toda a velocidade em direção a porta. Infelizmente não chegou a completar a ação, pois tropeçou numa pedra e bateu com a cabeça na maçaneta. Mas isso foi o suficiente para abri-la.

 

Karl e Todd deram de ombro e entram.

 

A taverna estava muito diferente. Pra começar, estava limpa. As cadeiras estavam organizadas juntamente com as mesas e o balcão (que antes era cheio de garrafas de cerveja) estava amontoado de caixas com escritas enormes em letras garrafais: "LEITE".

 

Algo terrível havia acontecido, o que só restava uma conclusão:

 

- Uma mulher esteve aqui! – falaram os três em uníssono.

 

Passado o choque, eles se separaram e começaram a vasculhar a taverna em busca de alguma coisa interessante.

 

- VEJAM! O estoque de cervejas ainda está intacto! – disse William apontando para algumas caixas. – Está tudo embalado, parece que eles estão planejando enviar para algum lugar.

 

Ouviram-se barulhos de passos, alguém estava perto. O barulho, na verdade, era de mais de uma pessoa. Quando os três olharam pra trás, viram vários homens barbudos e barrigudos segurando ferramentas de agricultura que, naquele momento, mais pareciam armas afiadas. Todos os rostos eram familiares.

 

- Chegaram numa boa hora! – disse Karl para os seus companheiros de taverna – Precisamos tirar todo esse estoque daqui antes que ele seja mandado para fora da cidade!

 

- E pra onde vamos levar?! Vamos ser perseguidos pela Rainha se ela nos pegar com isso! – falou um deles.

 

- Nós podemos esconder no bueiro! – disse Karl.

 

- Ou podemos entrar na floresta, fingir sermos lobos e adotarmos nudismo como filosofia de vida! – disse William.

 

Karl gastou preciosos neurônios cogitando a proposta.

 

- Entrar na floresta?

 

- É.

 

- Fingir sermos lobos?

 

- É.

 

- ... nudismo?

 

- É, isso mesmo, nudismo!

 

Mas logo se arrependeu.

 

- Ok, vamos levar para o bueiro. Vocês estão comigo?

 

Todos os que estavam lá presentes assentiram que sim. William, um pouco contrariado, acabou concordou. Rapidamente os homens se mobilizaram para levar todas as caixas que podiam para dentro o esgoto da cidade.

 

Diga-se de passagem, que eles tiveram um pouco de dificuldade, pois havia muitos insetos gosmentos e lá dentro. Após muito andar, eles acharam um pequeno beco.

 

- Aqui será nosso quartel general! – disse Karl. – Vamos, peguem! Vamos beber a vontade!

 

Todos começaram a beber e alguns já estavam apostando quantos copos o William ia agüentar. Todos estavam felizes, até que um deles falou:

 

- Mas... e quando a bebida acabar?

 

Um silêncio momentâneo tomou conta do lugar.

 

- Eu posso ajudar. – disse Todd. – Conheço um lugar que é o paraíso do álcool, onde tudo é vendido barato e em abundância!

 

- Que lugar é esse? – disse Karl.

 

- Thais!

 

Era fato que Carlin tinha uma rivalidade muito grande com Thais. Mas para aqueles homens, Carlin não significava nada mais do que uma sociedade feminista e autoritária.

 

- Se vocês me emprestarem dinheiro, posso trazer bebidas o suficiente para todo o inverno! – disse Todd.

 

- SIM!!! – gritou William – Deixa eu ver, eu tenho 100 peças de ouro, quantas cervejas você consegue com isso?

 

- Uhmm, acho que umas 50! – disse Todd.

 

- Nossa! Thais é realmente um paraíso. – disse William

 

 

 

Todos deram dinheiro para o Todd, para que o Herói saísse na importante missão de trazer mais bebidas para os oprimidos em Carlin. Todd saiu na mesma noite, levando consigo milhares de peças de ouro.

 

Karl tornou-se líder da Resistência de Carlin e transformou aquele espaço no esgoto em seu Quartel General Secreto. Depois de um tempo as bebidas foram acabando e ele se viu obrigado a vendê-las por um valor caro, e montou uma taverna.

 

 

carlin.jpg

 

 

Sobre Todd, ninguém mais ouviu falar nele. Boatos correm de que ele fugiu para Thais e resolveu ficar com todo dinheiro para si mesmo. Mas os homens da Resistência ainda esperam por ele, confiantes e esperançosos! Pelo menos até o dia em que o exército descobri-los.

 

Fonte:

Portaltibia

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

#DarkLolzão

Evite fazer flood, se não tem nada para falar sobre o tópico, procure não comentar.

 

Bom, o tópico ficou bonito e agradável, e a história muito legal. Parabéns ao PortalTibia. :D Continue trazendo matéria Seshomaru. ;)

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Sempre leio todas as matérias, gosto muito dessas histórias do Tibia, mas essa eu ainda não conhecia, vlw por traze-la Sensho.

Editado por Bloods
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Falando Sério.

Eu não conhecia quase nenhum História do Tibia, mais pelo que vi essa é uma História muito boa.

Sera que existe um Mistério nessa História ?

 

Hum... Tibia é um mundo fascinante.

 

Parabéns.

 

Atensiosamente

//Mister's

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • 5 months later...
  • 1 month later...

Muito boa, essa história eu realmente não conhecia...

 

Seshomaru é um ótimo contador de histórias..... haueheaueahueaheaueaheauehauaeheueaheeau

 

Deve ser pescador na vida real......... HUEHAEUHAEUEAHAUEHUAEHEUEAHUEAHEAUAEHUEAHUEAHEAUHA

 

Zueira XD

Editado por namelock
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • 1 month later...
×
×
  • Criar Novo...