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Caidera

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Um dia de aprendizado

 

Entrei na sala onde estava o Gregor, uma pessoa que eu odeio, esse cara é muito nojento, fica falando que é o melhor por ser o único dentro de Thais que tem permissão para ensinar magias aos knights. Fica se gabando e zombando de nós quando não conseguimos aprender a magia de primeira. Lembro-me quando estava começando a minha aventura nessas terras, que ele me perguntou se eu não iria aprender a procurar as pessoas, disse que não, pois não precisaria disso. Tomara que ele não lembre desse fato...

- Ora, ora... Quem temos aqui... Nosso querido herói, o fabuloso: Toni! A que devo a honra de sua presença - disse o Gregor fazendo uma reverência de forma zombeteira.

- Vim aprender uma magia...

- Magia? - ele olhou para mim - Hehe, me diga que não é Exiva.

Respirei fundo para não tentar atacá-lo, e respondi simploriamente:

- Sim, como sabia?

- Muitos novatos vêm me procurar para que eu lhes ensine magias fáceis, e durante o aprendizado eles me contam o que tem ocorrido na cidade.

- Isso não responde minha pergunta, ninguém sabe que eu não sei procurar pessoas, exceto você...

- Meu caro, não seja tolo... Eu sei ligar as coisas, me falaram de sua promessa de caçar os assassinos. No mesmo momento pensei: como que ele vai procurar as pessoas se não sabe a magia?

- Ok, você não é um completo idiota. - disse sorrindo sarcasticamente, enquanto o sorriso de deboche sumia da cara do Gregor.

- Vai querer aprender? Então não me ofenda.

- Haha... Tome seu dinheiro, me ensine logo. - Joguei uma pequena bolsa com o dinheiro da lição.

- Hunf... Vamos, vamos começar. Me aguarde lá fora.

 

Sai de sua loja e fiquei aguardando, para minha sorte não havia mais ninguém que estava querendo aprender magia no momento, portanto teria total atenção do Gregor. Passaram-se pouco mais de cinco minutos, e ele apareceu trancando a porta.

- Sabe, geralmente eu ensino essa magia rapidamente, pois é algo básico. Mas com você será diferente, apesar de te achar um mero knight, você tem fibra, defende nossa cidade e nossos cidadãos dos perigos que enfrentamos.

- Obrigado. - respondi sério - Mas porque estamos fora da loja.

- Se você deixar eu terminar... - disse o Gregor friamente - Bem, depois de ensinar a palavra mágica e falar basicamente como funciona a magia eu dispenso os alunos. Mas geralmente demoramos alguns dias ou até semanas para dominar completamente. Acho que você está sendo idiota em se arriscar tanto, tem gente poderosa por trás daqueles sorcerers, todavia, sua luta é justa e por isso gastarei um pouco mais do meu tempo, lhe ensinando o básico e treinando com você.

- Obrigado. - olhei desconfiado, nunca o Gregor havia dado atenção para mim, ou para qualquer outra pessoa, será que eu estaria errado a respeito dele? - Como vai me treinar?

- Ora... Irei andar pela cidade, e você terá de me achar, não usarei magias que possam te confundir ou te atrapalhar... muito...

O mago ficou quieto por um instante e começou a andar, fui atrás dele por instinto, depois de andar alguns metros ele começou a falar:

- Procurar Pessoa, é o nome dessa magia, sua palavra chave é: Exiva, como você já deve saber. Uma magia muito antiga, criada por um grande mago já esquecido por nossa cultura, seu nome não seria interessante ser dito, o grande mago como já foi conhecido, deixou que sua sede de poder tomasse o lugar de sua sabedoria, talvez você saiba de quem estou falando, mas se não souber, isso não vai atrapalhar em nossa aula. Bem, ele criou essa magia que foi aperfeiçoada pelos outros mestres por eras. Ela foi criada pela necessidade de um antigo rei que queria saber onde estava seu filho, que havia desaparecido a alguns dias. Esse rei chamou o mago para que desenvolvesse um método para achar seu filho. Depois de alguns dias enclausurado em seu castelo o mago conseguiu criar essa magia, melhor do que o pedido, não apenas para o filho do rei, mas para qualquer pessoa.

- Interessante...

- Pois é, a magia funciona mais ou menos dessa forma. Diga: Exiva mais o nome da pessoa, por exemplo eu.

- Exiva Gregor. - Senti uma tontura de leve, nada mais que isso.

- Concentre-se Toni! Diga denovo!

Fechei os olhos, fiquei parado, enquanto o Gregor continuava a andar, e murmurei:

- Exiva Gregor. - Senti uma leve pontada na frente da minha testa, quando abri os olhos, percebi que a direção da pontada incidia sobre o professor.

- Pelo visto conseguiu sentir algo. Você excede as expectativas, tenho que admitir isso. Devo lhe alertar que como você deve ter sentido, essa magia lhe indica a localização da pessoa com pontadas leves, médias ou fortes em sua cabeça, a força da pontada indica o quão distante está essa pessoa de você, pode parecer estranho, mas essa é a melhor forma pois quanto mais forte a pontada mais tempo você a sente, e isso lhe guia melhor, quando seu alvo estiver longe.

- Entendo.

- Também é válido dizer que, não corra o risco de dizer apenas parte do nome, pois caso haja alguém que também tenha essa parte de nome, a magia indicará todas as direções possíveis, isto é, onde estão todos, e caso sejam muitos e estejam longe, você poderá desmaiar, até enlouquecer com tamanha a dor que vai sentir. Não sei se isso é verdade, mas são palavras do próprio criador, então não duvidaria. As pontadas te guiam no espaço e não só no plano, se a pessoa estiver no subsolo, a pontada terá uma inclinação. - vendo minha cara de dúvida, ele completou - você entenderá assim que estiver praticando comigo. Está pronto?

- Sim! - fazendo jóia com o dedo.

- Então pode começar - o Gregor havia desaparecido.

- Exiva Gregor - Senti uma pontada leve apontando para baixo - Ele está nos esgotos!

Desci por uma das bocas, levantei uma das mãos e falei: - Utevo gran lux! - Senti a luz caminhando por meu corpo passando por meu braço e chegando até minha mão, onde se concentrou e formou um pequeno foco de luz, que ficava acima de minha cabeça onde quer que eu fosse.

- Exiva Gregor! - a pontada era na direção sul, comecei a andar pelo esgoto, não demorou muito para que eu o encontrasse. Ele sorriu:

- Está devagar! Denovo! - E desapareceu novamente.

 

Depois de algumas horas nessa brincadeira quase que infantil de esconde-esconde, ele parou o treinamento:

- Já chega Toni. Você me achou em menos de dois minutos, já está sabendo utilizar muito bem essa técnica. Meu trabalho está terminado, espero que você saiba utilizar isso corretamente, e lembre-se dos meus avisos.

- Muito obrigado Gregor. Lembrarei com certeza.

- E por favor, foi um treinamento cansativo, e já está escurecendo, vá para sua casa e descanse. Não importa onde os assassinos estejam, agora você vai achá-los - disse me entregando um pergaminho - e um presente.

Abri e vi todo o mapa de nosso continente e algumas ilhas nas proximidades. Agradeci e fui para casa. Amanhã começaria minha caçada.

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Caramba... MUITO boa²! Muito bem escrita, com dose certa de imaginação e de realidade.

 

Frase do Mês: Se não puder ajudar, atrapalhe! O importante é participar... :)

 

LOOOOOOL! Muito engraçado isso.

 

Parabéns pela história.

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Nossa não sabia que você fazia historias...

 

Cara ta perfeita a historia =D

Não vejo a hora de saber quem estar por tras disso.

 

Abraços,

Té ;*

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O melhor: assassino de aluguel!

 

Rodrigo,

Fera, deu asas a imaginação em?

Adorei este role~, muito emocionante fera. Isso faz dar aquela vontade de voltar a jogar Tibia.

Aguardo por mais capítulos!

 

[]'s

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adorei cara, adoro roleplay de qualquer tipo de jogo, principalmente de tibia! adorei, sua historia eh emocionante, com uma pitada de imaginação e com os pes no chao! perfeita! NOTA 10!!

 

PS: to muiiiito ancioso pra parte 4...

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A caçada começa

 

Mal consegui durmir a noite. Tinha terríveis pesadelos onde estava correndo atrás de uma sombra indefinida, e quando conseguia encurralá-lo ele se virava ria de mim e desaparecia. Se o tentasse buscar com o exiva sentia fortes dores de cabeça, parecia que ia enlouquecer. Novamente levantei suado e desesperado. Olhei pela janela, já amanhecia.

 

Depois de me arrumar e pegar as bolsas corretas para minha jornada, fui em direção a saída leste de Thais, a mais próxima a minha casa, cumprimentei os guardas e sai andando. Havia uma neblina rala próxima ao chão, que resistia ao sol que já estava todo visível, ao longe podia ver alguns jovens correndo atrás de trolls ou fugindo deles, não dava para ver ao certo. Fui na direção nordeste, parei um instante e pensei: "nem sei para onde ele está... melhor procurá-lo antes", murmurei:

- Exiva "Denes - senti uma pontada forte em direção ao sudeste. Sabia que estava naquela direção mas onde? Os limites conhecidos pelos humanos chega até a cidade de Ankrahmun. Mesmo após o treinamento meu senso de direção não ficava tão correta, e pela distância ele poder variar em poucos graus nas proximidades esses poucos graus poderiam se tornar quilômetros de distância. Uma coisa era certa ele estava para o Sudeste, e vou achá-lo.

 

- Utani Hur! - com o auxílio da magia e de minhas botas aladas corria em direção ao porto de Thais, chegando lá falei com o capitão:

- Me leve até Darashia! - jogando as moedas necessárias, ele guardou o dinheiro.

- Boa viagem. - Com um gesto de mãos ele criou um pequeno globo azul brilhante, e soltou em minha direção, quando estava preste a me tocar senti meu umbigo sendo sulgado em direção a bola, como já estava acostumado com aquilo não procurei fugir ou qualquer coisa idiota que se faz na primeira vez. A sensação não é das melhores, parece que você todo é unido em um único ponto a pressão é absurdamente imensa, mas antes que você enlouqueça tudo passa, e você já se encontra no seu local de destino.

Imediatamente após chegar ao barco sai correndo novamente falando:

- Utani Hur!

Cheguei ao depot tentei reconhecer um dos caras. Uma ou outra pessoa me reconhecia e vinha trocar uma palavra, perguntava sobre um tal Denes, no mesmo momento elas tiravam o sorriso do rosto e me ignoravam indo embora, apenas um deles disse:

- Não vá atrás de problemas, Denes é poderoso, e tem gente mais poderosa do que ele protegendo-o.

- Já estou cansado desse conselho, se não sabe onde está não diga nada.

Sai do depot revoltado, ninguém queria ajudar, eles não viam que eu era forte não? Decidi recorrer a magia novamente:

- Exiva "Denes

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Boa sugestão do under

 

Ae vai ele tem um filho, o filho dele é mais forte vinga a sua morte.

Ueba!

Empolguei, mais continua assim Caidera, ta boa a historia.

 

Té ;*

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O Sorcerer

 

Ao dizer aquelas palavras senti uma pontada na direção sul, provavelmente ele estaria em Ankrahmun. Fui no sentido da leve dor, quando estava quase saindo da cidade um homem aparece no caminho, achei estranho, alguém ir para o meio da passagem e ficar encarando os outros. Quando percebi o que as suas inteções, era tarde demais.

O estranho colocou as duas mãos na frente da boca como se segurasse um pergaminho invisível, tomou ar e disse:

- Exevo flam HUR! - a última palavra deu início a um fenômeno que é ao mesmo tempo impressionante e assustador, não sei se foi minha surpresa ou algo do além, mas pude ver cada movimento em câmera lenta, seus dedos se abrindo um após do outro e uma pequena chama surgindo perto de sua boca enquanto ele pronunciava as primeiras palavras, quando chegou na última abriu as duas mãos e uniu a palavra a um urro, parecia a voz do próprio demônio gritando, a chama se propagou em minha direção, fazendo uma verdadeira onda, o calor era insuportável. Dor. Minha armadura incandescendo, do amarelo ouro para o dourado vivo, beirando ao vermelho, por sorte tão rápido apareceu as chamas, essas desapareceram, minha pele queimava, sentia bolhas de sangue estorar em cada parte que estava em contato direto com a armadura, me ajoelhei perante tamanha agonia aquilo gerava, mas não poderia ser derrotado por um sorcerer que ataca de surpresa, berrando de dor por ter que mover meus braços queimados até a minha bolsa, peguei uma das runas de UH e quebrei em meu peito, começando dos pés senti um alívio imediato. Todo meu corpo sendo regenerado, sem ferimentos graves ou leves, as bolhas sumiam. Não parecia que havia sofrido um ataque desse nível, me levantei, olhei para frente e o sorcerer estava com uma sudden death rune na mão, mirando em mim, ele usou aquela maldita runa, gritei:

- UTANI HUR! - fui atingido no peito, causando uma falta de ar tremenda, mas a falta de ar teria de ficar para depois, primeiro precisaria derrotar o desgraçado que ousou me atacar. Antes que ele conseguisse pegar a segunda runa eu o alcancei, e desferi um violento golpe com meu machado em seu braço direito. Foi um corte profundo, mas antes que o sangue que jorrava do machucado tocasse o chão eu já estava novamente rodopiando minha arma no ar e acertando o outro braço. Não poderia decapitá-lo pois queria saber o motivo pelo qual ele estava fazendo aquilo. Mas como aprendi com um grande amigo: "ataque antes, pergunte depois.". Quando o segundo ataque atingiu quase o ombro, olhei para seu rosto, apesar de encapuzado a distância era tão pequena que pude ver seu rosto, sua pupila dilatando, com certeza ele estava com medo, vi seus lábios se moverem:

- Exura vita.

Assim que tirei meu machado o ferimento se fechou, ele já estava com outra runa em sua mão. Mas no segundo que ele levou para usar a runa eu atingi seu peito. Atingi em cheio sua armadura, o som do choque entre o machado e armadura foi agudo, beirando o insuportável, pude ouvir também ossos quebrando, possivelmente uma ou duas costelas, o maldito cuspiu sangue enquanto era jogado para trás tamanho o impacto:

- UTANI HUR!

Dei dois passos rápidos e pulei sobre ele no instante em que o sorcerer encostou no chão, ele sussurrou:

- Exura vita...

 

Tirei seu capuz e olhei seu rosto, dor misturado com medo, era essa expressão que pude ver. Me deliciava com aquilo.

- Você está dominado, não tente nada, apenas responda minhas perguntas.

- NÃO ME MATE! EU TE DOU TODO MEU DINHEIRO... POR FAVOR ME DEIXE VIVER!!!

- CALE A BOCA? - encostei o meu machado no seu pescoço e fiz uma leve pressão até poder ver um filete de sangue escorrer até o chão - QUEM FALA AQUI SOU EU!

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