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Ao Encontro de Zaphira [Piloto]


Gabriel Couto

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Ao Encontro de Zaphira [Piloto]

 

Já por duas horas eu andava naquela caverna, e conseguia sentir a umidade aumentando, e aumentava já que cada vez mais abaixo da terra eu estava indo. Usava minha varinha para produzir uma luz fraca que tornava possível enxergar o caminho e os musgos que envolviam as paredes e o chão de terra da caverna. Havia várias aranhas e ratos de caverna, que cada vez ficavam maiores à medida que eu andava, e isso começou a me assustar, apesar de não me atacarem: o que mais estava por vir? Por que fui enviado nessa missão e como minha amiga havia ficado presa?

Zaphira era minha amiga desde pequenos e havia se perdido, e como eu trabalhava para a loja de seu pai, ele me mandou procurar por sua filha, e me indicou por onde começar, e fui sem mapa ou algo que me ajudasse no caminho: aquele local era desconhecido e pouco se falava dele, a maioria dos homens que enfrentaram o que quer que haja ao final dessa enorme trilha na caverna nunca mais voltou para suas casas, e os que sobreviveram ficaram loucos com o que viram: Como eu, um jovem, poderia enfrentar esse tipo de desafio, era uma loucura! Meus únicos combustíveis para essa viagem eram a vontade de trazer Zaphira para casa e a coragem que carregava no meu sangue, assim como meu pai, guerreiro do reino.

Andei bastante mais e o cenário da caverna não mudava muito, eu continuava descendo, mas em um ritmo menor, talvez estivesse chegando perto, mas não podia saber. Eu comecei a ouvir ruídos, não sabia diferenciar se eram dos animais, das paredes ou se havia algo mais me esperando à frente, e mesmo assim segui caminho. Uma coisa que meu pai me ensinou foi sempre ter um espada comigo, apesar de ter nascido com o dom de ser um mago, e, por isso, pouco sei manusear uma arma que não seja minha varinha. Por isso carregava a pesada espada que ganhei de Zaphira, outra guerreira, assim como meu pai.

O nível da caverna finalmente se nivelou e parei de descer, mas já estava muito cansado e estava ficando tarde, dava para perceber pelo tempo que demorei até chegar àquele ponto. Lancei fogo ao ar, consegui deixá-lo estável o bastante para me aquecer mesmo ele estando um pouco acima do chão, e me cobri. Quando acordei, o fogo que eu tinha lançado já estava bem menor, tirei minha coberta e acabei com o encantamento, pois precisava continuar minha viagem, achava que já estava perto de achar Zaphira, pelo menos, era isso que eu esperava.

Andei mais alguns minutos e me deparei com o maior horror que eu poderia ter visto, pelo menos até aquele momento: O fogo voava de um lado para o outro, e não era o meu, aquele eu já havia apagado; como o fogo poderia voar? Como ele poderia ser alto daquele jeito? O meu horror se confirmou quando fiz muito barulho e o fogo me ouviu (sim, OUVIU!), e se virou em minha direção e passou a voar em minha direção, e ateou uma chama em minha direção, e por pouco consegui desviar. Minha varinha caiu no chão, mas consegui pegá-la à tempo de lançar água sobre o fogo. Nada aconteceu, como nada poderia ter acontecido? Percebi que aquela era uma criatura como nós humanos, e fiquei sem idéias para acabar com ela, mas continuava voando para cima de mim e lançando chamas em minha direção.

O horror tomou conta de mim, não sabia o que fazer, e o fogo se aproximou o bastante de mim e estava pronto para me queimar e fazer-me inteiro em cinzas em poucos instantes, então...

Editado por Anyur
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