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Adp - Acentuação


Fernandinand

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[Pergunta básica] Neste caso vai ficar Superomem mesmo?

Não. Uma das primeiras regras que apontei foi a do h: sempre que a palavra começar por ele, o composto deverá ser separado por hífen. A regra do super foi citada separadamente porque pra ele também vale a regra do r, além das outras regras que valem para todos os prefixos.

 

[Pergunta básica] Poderia dar alguns exemplos do hifen mostrando os que mudaram "drasticamente"?

Algumas palaavras que mudaram a aparência foram minissaia (antes mini-saia), aeroespacial (antes aero-espacial) e cosseno (antes co-seno). Veja aqui para saber mais.

 

Agora, que rufem os tambores!

 

 

  • Acentuação

A acentuação é a manifestação gráfica da tonicidade das sílabas -- ou, melhor, o modo como mostramos, ao escrever, como pronunciar uma certa palavra. Se nos deparamos com uma palavra como método, sabemos que a primeira sílaba é a mais forte, e que assim devemos deixar transparecer na nossa fala; jamais leremos meTÓdo, ou metoDÓ.

 

Isso pode parecer meio chato agora que todos nós sabemos ler e conhecemos a língua portuguesa de cor e salteado. Além do quê, os acentos ajudam a evitar enganos do tipo "O cachorro fez coco na rua..." e "Ontem tomei água de cocô..." (eeeecaa!)

 

 

Antes de explicar como acentuar, é preciso primeiro falar de quantos são os acentos. Pois, sim, quando falamos de "acentuação" a maioria das pessoas (e você, pode admitir...) pensa só no agudo, viradinho para a direita. Existem ainda mais dois renegados, o cincunflexo (vulgo "chapeuzinho do vovô") e o grave (chamado sempre de crase, coitado!).

 

-- O acento agudo ´ marca as sílabas tônicas abertas, do tipo acarajé;

-- O acento circunflexo ^ marca as tônicas fechadas, do tipo japonês;

-- E o acento grave ` marca a combinação do artigo feminino a com a preposição a (e essa combinação que leva o nome de crase, e não o acento!).

 

E agora, antes que você durma e comece a chamar a mim de Tio Toco, eu parto para a parte prática (e veja só a poesia inata à alma humana...) e me lembro que o assunto importante, na verdade, não é simplesmente onde pôr acentos, mas sim onde os pôr agora -- ou seria, onde os por agora..?

 

Talvez seja hora do trecho ilustrativo.

 

(trecho)

— Para um pouco, Chii!

No meio da multidão, tudo o que Hideki podia ver agora era a ponta do cabelo prateado que ficava para trás. Estavam os dois atravessando a avenida principal de Tóquio de mãos dadas, sorrindo, quando a persocom apontou algo indefinível mais a frente e, no segundo seguinte, desapareceu em disparada. Hideki tentou chamá-la uma, duas vezes, mas as buzinas onomatopeicas e seus donos japoneses eram demasiado impacientes.

Numa última tentativa, a mão humana alcançou a mão robótica e a trouxe para mais perto.

— O que foi, Chii?

— Ali, Hideki! — e apontou para o céu — O vô do pássaro gigante!

— Vô do pássaro..? — teve de proteger os olhos com as mãos ao olhar para cima, e logo riu — Não, Chi, não é "vô", é "voo". E não é um pássaro, é um avião.

— Aviam?

— Avião. As pessoas viajam nele, como num ônibus.

— Ônibus..?

— Que nem um carro, só que maior.

— Carro..?

— É, um... ahn... deixa pra lá.

 

Uma historinha maior para um conteúdo maior, bem maior, porque, vocês bem sabem, são muitas as palavras que levam acento na nossa língua. Depois da reforma ortográfica, nenhuma mais vai receber, mas algumas delas vão, sim, perder.

Serão três os novos casos:

 

-- Perda do acento diferencial: como em para, do verbo parar, que vai ficar igual ao "para"-preposição

(a propósito, a jogadinha com o "pôr", lá em cima, foi só uma pegadinha: essa palavra, junto com o "pôde" [versus "pode"], vai manter seu acento diferencial);

-- Perda do acento circunflexo de palavras de dupla vogal, como voo (antes "vôo");

-- Perda do acento agudo de ditongos abertos, como em onomatopeica (antes, "onomatopéicas").

 

 

Editado por iToouch
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