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Apocalipse


Penca

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Bom, como meu tópico foi trancado e jogado no lixo, acho que nada mais justo do que postar de novo novamente mais uma vez essa história. Penso em continuá-la, mas por enquanto está parada... Aqui estão todos os capítulos escritos até agora, enjoy *-*

 

Capítulo 1

 

A batalha começa

 

Caverna de Rookgaard. 18:51.

 

Percorrendo a caverna de Rookgaard, como se fosse um labirinto que não havia saída. Uma sombra parecida com um troll me perseguia e eu corria. Chego em um beco onde não há saída. Encurralado, sem minha espada... O TROLL VAI ME PEGAR!

 

Casa de Pedru, Carlin. 6:20.

 

Acordo assustado. Meu sonho me botou medo. Quem sabe aquilo poderia me revelar algo? Ainda sonolento, me levanto e visto minhas botas. Coloco minhas roupas e pago para o barbeiro mais um dia de um novo visual. Uma nova caçada em busca de comida e novos assassinos pelas ruas. Nada de novo.

Passo por perto de uma loja e compro pelo menos um frasco para eu tomar durante a brava caçada contra dragões.

Ainda com a imagem de meu esquisito sonho, eu continuo andando um pouco zonzo. Com meu escudo, espada, capacete e armaduras apostos, ponho-me em direção à caçada de dragões furiosos. Dragões verdes escamosos que eram lisos demais cuspiam fogo até pelas vias nasais.

Noto várias pessoas vendendo coisas e sigo em frente. Quando dois ladrões me param na rua.

– Olá, jovem guerreiro. Passe todos os seus cristais para minha mão e você será poupado. – diz um deles diretamente a mim.

– Nem pensar. Por que você mesmo não arrasta seus pés em direção aos monstros e ganha você mesmo um dinheiro. – respondo num tom irônico.

– Então você não me deixa escolha. – um deles retira uma espada de seu cinto e aponta diretamente a mim e o outro imita.

Eu puxo minha espada e salto passando por trás dos dois e saio correndo em busca de uma caçada. Eles me perseguem e eu paro no meio do caminho e eles continuam com as espadas pra cima de mim quando eu aponto para eles e entram em confronto com ela. Sem mesmo frear, eles vão direto à ponta da espada, cravando as barrigas.

A espada cheia de sangue de ladrões, ainda tem espaço para cortes, e para garantir que não me assaltarão mais, corto a cabeça de cada um dos dois e mostrando para aqueles que presenciaram a batalha. Após cortar as cabeças, jogo-as no mato e pego as coisas dos ladrões, o que é justo, e logo saio correndo em direção ao meu objetivo daquela manhã.

Ao me confrontar com um dragão, limpo minha espada para não se misturar com o sangue de ladrões e parto para a batalha com o dragão. Meu escudo de cor dourada poderia me proteger por um certo tempo.

A batalha começa e mal saio tentando arrancar a cabeça do bravo dragão que soltava fogos em minha direção.

Sentindo-me um pouco fraco, era pra me sentir mesmo com vinte e seis anos. Equivalente à vinte e seis níveis (levels). Continuo a batalha, agora apanho uma runa de minha valente bolsa. Uma que pode lhe fazer se sentir melhor. Após quebrá-la, me senti melhor e resolvi apanhar outra espada. Agora seria melhor. Apanhei minha espada e meu escudo na outra mão.

O dragão cuspiu fogo outra vez e desta vez eu defendi. Indo para cima do dragão, o deixei com uma ferida no pescoço e subi em cima dele me equilibrando.

Ele começou a se retorcer e eu acabei perdendo o equilíbrio. Antes de cair, cravei minha espada em sua costela e ele gritou alto. Novamente o monstro se irou e lançou uma bola de fogo em minha direção, me lançando longe.

Ao retomar a consciência, percebo a minha espada no dragão. Salto para perto do dragão e arranco a espada de lá. Com mais dor, o monstro grita mais alto e quase me ensurdece.

Sem piedade, enquanto ele se distrai gritando, arranco seu pescoço, tirando a vida do animal. Após a morte, retiro pedaços de sua carne e guardo na mochila para preparar o meu café. E assim volto para minha humilde casa.

 

 

Capítulo 2

 

Ferumbras Ataca!

 

Voltei para minha casa. Morrendo de fome depois daquela brava batalha confrontada com aquele terrível dragão.

Percebo uma coisa, todos estavam correndo e alguém soltava magias... quem?

Algo me desperta, um grupo se reúne em um canto! Não era comum! Não parecia outro grupo. Quando penso comigo mesmo... “Ele voltou!”

Viro a esquina e vejo-o, barba branca, chapéu pontudo, roupas avermelhadas, vara com um F! Era ele, Ferumbras, o mago das sombras, temido por todos, o mago horripilante que há anos não morria pela misericórdia de Zathroth!

Vejo alguém correndo em minha direção, por sorte não me atingiu, porque me abaixei. Mas atingiu o mago Ferumbras. Ele se enfezou e convocou demônios! Isso não era bom. Pulei para um canto escondido para não tomar danos daquele terrível mago, senti dó daqueles que morreram ainda com 9 anos!

– Hei! A batalha aqui é nossa, seu mané! – disse um cara do grupo falando com o estrangeiro que atacara Ferumbras.

– Cara, lutar contra o Ferumbras não é questão de só um grupo batalhar, mas todos! – disse o estrangeiro.

Olhei discretamente o forasteiro, percebi que não era ruim de luta e que conhecia bastante sobre o mago das sombras! Cada golpe dado pelo mago, o forasteiro desviava. Pensei comigo: “Deve ter alguma ligação entre ele e o Ferumbras.”.

Olhando a batalha, percebo que em um passo em falso e o Ferumbras mataria o moleque. Percebi sua coragem e habilidade ao desviar dos golpes. Alguns que presenciaram o momento morreram, mas ele não.

Cansei de olhar, parti pra luta, enquanto o garoto distraía o mago, salto por trás e chuto o mesmo. O mago encheu-se de ira e vi sua vara brilhar.

Distraído com a fúria, o garoto foi ágil e lhe deu um golpe surpresa, tacando uma espada em seu peito. O mago nem dor sentiu, mas invocou mais demônios que vieram para cima de nós.

Quando vejo, vi cinco cavaleiros matando os demônios, sobrando só o mago. Após isso, todos partiram para cima, eu e o forasteiro, ficamos parados observando, fugimos para um pouco longe, de onde dava para ver a batalha, isso depois que o forasteiro percebeu uma certa ira do mago.

Ele estava certo! O mago lançou os cinco cavaleiros longe. Onde não dava para se ver. Sobrando só eu e o forasteiro. Neste meio tempo, nos conhecemos e eu recebi seu nome: Ralph Draconian, neto de Arieswar que ajudou a matar o Ferumbras há longos anos.

Por isso ele conhecia as estratégias do mago. Planejamos um golpe, puxei minha runa de SD da minha bolsa e ele uma de SD. Logo tacamos 5 HMMs no chão e que explodiram no mago. Deixando-o inconsciente. Saltamos para perto do mago e chutamos-lhe a cabeça e logo taquei 5 SDs nele.

Para finalizar, arrancamos-lhe, sua vara de confiança, a qual poucos tiraram de suas mãos e a partimos. Deixando-o sem poder algum.

Logo o chutamos e ele morreu sangrando. Conseguimos matar Ferumbras!

Apertamos as mãos e cortamos sua cabeça! A paz estava de volta e eu ainda com fome!

 

 

Capítulo 3

 

Nem tudo está normal

 

No capítulo anterior, conheci Ralph, um jovem Knight. Então, depois de derrotarmos o Ferumbras, eu quase desmaiei de emoção e de fome! Tive de ser levado por cidadãos para minha casa e me jogaram lá. Ralph tentou entrar lá e acabou batendo a cabeça na parede invisível que havia em volta dela. Ao ver isso eu logo pronunciei “Aleta Sio” para que Ralph pudesse entrar. Ele entrou e nós comemos a carne de dragão. Nham! Nham!

Estava tudo bem, até que olhamos pela janela um fogo sendo lançado. Ferumbras acabara de voltar? Acho que não! Logo vimos uma face vermelha e com olhos verdes brilhantes.

– Um demônio! – disse Ralph.

– Derrotamos o Ferumbras de barriga vazia, não podemos derrotar esse de barriga cheia?

– Acho que sim. Se derrotamos o mago negro, um demônio será fácil.

– Sim. Depois voltaremos e comeremos mais desta carne verde.

Vestimos nossas armaduras, pegamos as espadas e mochilas e Ralph pegou um pouco da carne pra comer durante a luta.

Um novo grupo se juntou para derrotar o demônio enquanto os outros ficavam escondidos em uma área protegida contra fogos e magias endemoniadas.

Um deles nos disse:

– Saiam guerreiros! O demônio é nosso! Nós o derrotaremos pela pátria de Carlin!

– Não sairemos até que este demônio seja eliminado e que ele volte para os domínios do mago negro! – disse Ralph nervoso.

– Irão morrer! Somos mais velhos, temos mais experiência do que vocês.

– Isso não quer dizer nada. Saiam da frente! – disse eu.

– A vontade é nossa não vamos sair da frente! – disseram todos.

– Então morrerão junto ao demônio! – disse eu preparando minha mão com uma runa. – ATAQUE SD! – logo a Sudden Death atingiu os olhos do demônio que se enfureceu.

Antes que ele pudesse fazer algo, Ralph cortou sua cabeça com sua espada enquanto estava distraído. O tilintar da espada fez com que os cavaleiros que estavam por perto, se admirassem perante Ralph.

Após um salto grande, Ralph caiu ergueu a espada e cortou o resto do corpo do demônio. Logo botou fogo naquilo e foi elogiado por todos ali presentes. Ele acenou para todos com um sorriso desenhado no rosto e logo apanhou de sua mochila a carne de dragão, sentou e comeu. Logo após terminar a carne, ele veio até minha casa onde eu dormia.

 

Sonho:

– MWAHAHAHAHA! – dizia uma voz que eu não identificava.

– Socorro! O Ferumbras vai me pegar! A menos que minha espada... – fui interrompido e o braço da figura me pegou e tirou a espada de minhas mãos. Em um beco sem saída, correndo pelas cavernas, sem minha espada e escudo!

– SOCORRO!!!!!!!

 

Sonho interrompido.

 

 

Capítulo 4

 

A Destruição de Carlin

 

Caindo da cama de madeira me assustando com o pesadelo. Abro meus olhos e me deparo com Ralph em pé me chamando. Levanto-me e tento ouvir o que ele quer.

– Pedru! Cuidado! A cidade não está mais segura!

– Como assim, Ralph?

– Não há tempo para explicações, logo eles irão chegar e detonarão Carlin.

– Eles quem? Não entendo do que você está falando.

– Já disse que não há tempo para explicações! Nem porque você é dorminhoco!

– Por quanto tempo eu dormi?

– Uns dias! Agora vamos! – Ralph me puxou pelo braço para fora de minha casa e logo vejo um exército com Ferumbras na frente. Ferumbras e demônios. Era difícil acreditar que ele estava vivo.

Percorrendo Carlin como um jato, eu e Ralph chegamos a Thais. Pelo menos longe do Ferumbras.

– Olha depois que derrotamos Ferumbras, ele se irou e veio com vários demônios para devastar Carlin e nosso continente. Ele começará por Carlin e depois irá destruir tudo! Agora se formos espertos podemos derrotá-lo de novo, mas ele está tão forte que derrotou os mais velhos de Carlin e os eliminou do mundo. Ele agora está com um grande exército de demônios e precisaríamos de todo o continente tibiano para derrotá-lo!

– Ou então só nós dois!

– Como assim, Pedru?

– Existe uma lenda de uma espada poderosa que se encontra em Rookgaard. Precisamos da ajuda de alguém para chegar até lá e revistar Rookgaard inteira! E a espada é mágica e pode derrotar qualquer um que tente nos pegar!

– É uma lenda, Pedru!

– Se for real?

– Bem aí é outro caso.

Corremos para o centro de Thais e mergulhamos no mar para atravessar para Rookgaard, realmente estava restando pouco tempo. Destruímos muitos dos animais marinhos, o resto foi tudo com aqueles que estavam lá embaixo.

Ao chegarmos em Rookgaard, depois de dias, vimos uma fumaça e um barulho de explosão! Eram Thais e Carlin que foram destruídos.

– Vamos dar o fora e procurar a espada! Antes que nós sejamos as vítimas. – disse Ralph.

Passamos por lugares e vimos um Urso que impedia nosso caminho.

– Quem soltou um urso na superfície? – perguntou Ralph olhando para mim.

– Não sei, mas acho que queriam que forasteiros morressem. Mas acho que quem vai morrer é o urso.

Peguei minha espada e Ralph fez o mesmo. Esqueci de falar que tínhamos pegado tudo antes de sair de Carlin para viajar até Rookgaard.

Saltamos no urso e ferimo-lo. Após isso ele começou a se contorcer, até eu dar o golpe final de espada naquele urso peludo! Agora nosso caminho estava livre para procurarmos a misteriosa espada mágica e derrotar o mago negro: Ferumbras!

Que a procura comece!

 

 

Capítulo 5

 

Em busca da Espada Mágica

 

Após a tortura de viajar debaixo d’água de Thais até Rookgaard, nós conseguimos chegar até o pequenino continente e enfrentamos um urso. Foi um sufoco dormir debaixo d’ água. Mas uma coisa me fez refletir. O meu sonho. Tinha alguma ligação entre meu sonho e o que eu estava passando. Nas noites que dormi debaixo d’ água eu tive sempre esse mesmo sonho:

Percorrendo as cavernas de Rookgaard, correndo de duas figuras, pareciam um Troll e o Ferumbras, sempre correndo buscando a saída para o sufoco da perseguição. Fiquei encurralado pelos dois. Iam me pegar até que uma luz apareceu atrás deles e os espantou.

Era quase o mesmo sonho que eu tive anteriormente, mas o que seria esta luz e o significado deste misterioso sonho? Eu estava me lembrando disso enquanto andávamos pelo matagal de Rookgaard. Matávamos as cobras que vieram nos atacar e os besouros gigantes.

– Pedru! Olhe! A caverna, disseram que lá está a Espada.

– Caverna? – no mesmo momento me lembro do sonho sem sentido que tive. Por que a palavra caverna me fazia lembrar disso? Lembrei! Porque eu percorria uma caverna no sonho. O sonho não tinha nada haver, então esqueci esse assunto e entrei na caverna.

Estava escuro, ergui meu braço e disse: “Utevo Lux” e se iluminou meu caminho, minha mão brilhava e procurando coisas por perto. Alguns que estavam em Rookgaard se admiraram, pois nunca haviam visto uma magia, pois só no outro continente se aprendia. Contei a história e muitos vieram nos ajudar na busca da Espada Mágica.

Olhei para Ralph e percebi que ele não passava bem.

– Ralph, o que houve?

– Tenho a impressão de que Ferumbras em breve chegará em Rookgaard e vingará sua morte. – respondeu Ralph.

– FERUMBRAS? – perguntaram todos os aldeões ouvindo nossa conversa.

– Sim, o mago negro. Nós o derrotamos, agora ele quer se vingar. A única saída é a Espada Mágica. – disse Ralph.

– Mas achamos que vocês queriam a espada para derrotar o demônio que nos assombra. – disseram todos.

– QUÊ?! – espantados, eu e Ralph perguntamos em coro. – UM DEMÔNIO? COMO?

– Ele veio nos atacar a pouco tempo, perdi minha família por isso. – disse um garoto com uma cara triste que se dirigiu a nós.

– Ele está aqui. – disse Ralph com uma voz rouca.

– Acho que quanto mais cedo procurarmos a espada, mais tempo teremos para derrotar os demônios e o mago negro! – falei com espírito de liderança.

Todos concordaram e cada um procurou em cada canto de Rookgaard. Eu, Ralph e o garotinho que perdeu a família que era chamado de Gharg, viemos juntos procurando a espada. Agora que a procura começou, vamos botar pra quebrar e rachar a cabeça dos demônios e o maldoso Ferumbras!

 

 

Capítulo 6

 

O Demônio de Rookgaard

Flash Back

Estamos à procura da espada mágica para destruir o mestre das trevas denominado Ferumbras, se não a acharmos, Ferumbras colocará nosso mundo para despencar e dominará a galáxia Tibia. Devemos impedi-lo de ir à outros mundos e dominar a galáxia.

Fim do Flash Back

 

Procurando pela caverna de Rookgaard pela lendária espada que prometemos achar. Eu, Gharg e Ralph estávamos escavando aquela caverna e ouvimos um grito de uma cidadã. Corremos para ver o que estava acontecendo naquele momento e vimos logo na entrada da caverna a cidadã nas mãos de um terrível mostro vermelho com chifres brancos e olhos esverdeados brilhantes. Seus dentes iam além de sua boca, ficando expostos. Eram dentes aparentemente afiados. Suas garras também eram afiadas. Na certa era um demônio. Puxei minha espada e Gharg tirou de sua calça rasgada uma adaga. Ralph retirou sua espada e em sua outra mão, apanhou um escudo.

Hora de partir para o ataque e... minha nossa. Esta cena foi chocante. Vi Gharg pular e furar um dos olhos esverdeados do demônio, soltando a cidadã.

– Você está bem? – perguntou Ralph segurando a cidadã. Ela havia sido soltada, mas Ralph chegou e pegou-a quando estava perto do chão.

– Sim. Obrigada. – Ralph soltou-a e apanhou seus apetrechos largados no chão e viu a cena.

– NÃO GHARG! É PERIGOSO DEMAIS! – gritou Ralph.

Parecia que Gharg sabia o que estava fazendo, com sua pequena adaga manchada de sangue e o demônio gemendo de dor, Gharg aproveitou e puxou os chifres do monstro, fazendo com que o mesmo soltasse um ruído ensurdecedor. Gharg puxou mais forte o chifre e liberou uma mão, pegou a adaga e cortou o chifre fora. Com o chifre cortado, o demônio rugiu de dor. Gharg aproveitou a chance e enfiou o chifre na pele do demônio e a rasgou toda. De cima até embaixo. Era um garoto bem habilidoso.

O demônio não tinha mais forças e caiu morto. Olhei para o mar e vi uma grande fumaça e a água se movendo.

– Essa não! Ele acabou com o continente Main e está vindo destruir a ilha. Temos de achar a espada logo! – gritei desesperado.

– Eu sei onde está a espada. – disse Gharg.

– Onde? – perguntou Ralph curioso.

Um silêncio se fez e Gharg abriu a boca para falar.

 

 

Capítulo 7

 

A revelação de Gharg

 

Recapitulação:

Estamos à procura da Espada Mágica... O pequeno Gharg, que perdeu sua família por causa de um demônio, detonou o demônio e agora, ele sabe onde está a Espada Mágica que procuramos!

Vamos voltar para a nossa estória

 

Olhei para o mar e vi uma grande fumaça e a água se movendo.

– Essa não! Ele acabou com o continente Main e está vindo destruir a ilha. Temos de achar a espada logo! – gritei desesperado.

– Eu sei onde está a espada. – disse Gharg.

– Onde? – perguntou Ralph curioso.

Um silêncio se fez e Gharg abriu a boca para falar. Quando ele falou uma letra ele foi interrompido por um grito desesperado de socorro... Era grito de garota... Uma cidadã em perigo! Essa não... Comprovo que a Lei de Murphy existe...

– Vamos! – disse Gharg arregalando os olhos e atravessando o matagal.

– Espere! Gharg! – nós ficamos pra trás, mas tentamos segui-lo. O matagal era enorme, não se via nada. Até que chegamos em um certo lugar que um Ogro nos parou.

– Aonde pensam que vão? – disse o Ogro.

– Ei, você fala? – perguntamos em coro.

– Isso não vem ao caso! O que procuram aqui, forasteiros?! Falem senão irei cortar a pele branca de vocês.

Eu iria falar, mas Ralph interrompeu:

– Não antes de a gente tirar essa sua pele verde gosmenta! Seu nojento, escamoso, feioso!

Pela expressão do Ogro, eu acho que ele estava enfezado... Ele puxou sua espada e posicionou-se, pronto para atacar.

– Ih, lascou! – disse Ralph.

– Ainda não! – eu puxei minha espada e me posicionei. Eu fiz um movimento fingindo ataque e o Ogro veio pra cima de mim. Desviei dos golpes, mas não de um que me acertou a barriga. Soltei um urro de dor. Ralph, vendo aquela cena, se enfureceu e puxou sua espada das costas com braveza.

– Pode vir, gosmento! – disse Ralph gozando com o monstro.

– Quer ser morto? Você que pediu!! Morraa!!! – o Ogro partiu pra cima posicionando a espada.

Ralph esticou o braço e movimentou-o, tirando a espada do oponente. Ele posicionou a espada no pescoço do Ogro e disse:

– Algum último pedido? – antes que o Ogro pudesse dizer algo, Ralph encravou a espada no pescoço do Ogro e movimentou-a, cortando a cabeça do monstro. O corpo caiu.

Eu gemia de dor. Ralph pegou uma runa UH na minha bolsa e deixou para eu quebrá-la. Assim que quebrei, a ferida se curou e eu me sentia melhor. Peguei meus pertences e Ralph me perguntou:

– Você está bem?

– Sim. Valeu, Ralph.

– Não foi nada.

– XII!! GHARG E A MOÇA QUE PRECISA DE AJUDA!! VAMOS! – eu disse lembrando e me assustando.

Corremos o mais rápido que pudemos e chegamos à um lugar onde tinha um Demônio. Ele estava com Gharg e a moça amarrados. O demônio ria.

– SOLTA ELES SEU DEMÔNIO ESTÚPIDO E IDIOTA! – gritei.

– É! Solta eles! – disse Ralph olhando para mim. O olhar dele era traduzido como um: “Você tá louco?” e o meu olhar era de: “Eu não sei.”.

Eu parti pra cima do monstro, encravando minha espada no peito dele. Mas ele também foi ágil e me jogou longe com suas fortes mãos.

Ralph puxou uma adaga escondida na sua cintura e partiu pra cima do monstro furando os olhos esverdeados dele. Feito isso, ele guardou a adaga e puxou a espada para cortar a cabeça do monstro e parti-lo ao meio. Todos fizeram a festa e eu recuperei a consciência e libertei Gharg e a bela donzela que estava presa. Gharg abriu a boca e disse:

– Gente, tenho que revelar uma coisa...

– Fale Gharg... – disse Ralph.

 

 

Capítulo 8

 

Revelações

Recapitulação:

Estamos à procura da Espada Mágica... O pequeno Gharg, que perdeu sua família por causa de um demônio, detonou o demônio e agora, ele sabe onde está a Espada Mágica que procuramos! Mas antes, vamos ouvir a revelação de Gharg. O que será?

Vamos voltar para a nossa estória

 

Parte I

Todos fizeram a festa e eu recuperei a consciência e libertei Gharg e a bela donzela que estava presa. Gharg abriu a boca e disse:

– Gente, tenho que revelar uma coisa...

– Fale Gharg... – disse Ralph.

Gharg parecia meio tenso, um suor percorria seu rosto... Ele estava mordendo os lábios com uma expressão de: “Será que conto?” no rosto dele.

– Gente... Eu sabia que uma hora eu tinha que contar pra vocês, mas... Eu sou filho de Ferumbras... – todos pasmaram. Olharam aquele pequeno garoto de mais ou menos 1,28 m.

– Você não pode estar falando sério. – disse Ralph incrédulo.

– Eu gostaria que fosse mentira.

– E aquela sua história de perder os pais para demônios?

– Eu perdi... Meus verdadeiros pais... – Gharg suspirou e continuou: – eu morava com meus pais em Rookgaard, foi quando o demônio inicial chegou. Ele eliminou meus pais, mas não me eliminou e me levou inconsciente para o covil do Ferumbras, onde o mago me ensinou técnicas de batalha e de magias... Assim que concluí tudo, eu fugi daquele covil e fiquei junto às crianças de Rook...

– Isso é inacreditável! Por isso você sabe onde está a Espada Mágica! – disse eu arregalando os olhos brilhantes.

– E eu quero falar onde está a Espada! Ela está no antigo covil do Ferumbras que foi comprada pela família Draconian e abandonada. Lá onde existem os demônios de Rook e várias outras feras...

“Família Draconian”? Eu reconhecia esse sobrenome... É claro! Ralph Draconian! É a família de Ralph!

– Ei! Os Draconian! Ralph! Ralph Draconian! Você pode ter acesso à caverna! – disse com uma expressão alegre e com um sorriso desenhado, disposto a poder achar a Espada Mágica.

– Calma. Esses são meus antepassados... Eu nem sei como entra nessa caverna. Nem mesmo sei onde fica!

– Mas eu sei! – disse Gharg. – No norte de Rook, numa passagem secreta em que você fala com um Ogro e diz palavras conhecidas por Ogros que eles abrem a passagem pra você.

– Então vamos! – disse eu retomando meu espírito de liderança. – Quem está conosco? – um exército gritou: “EU” em coro.

Assim que saímos, parecíamos um batalhão. Eu, Ralph e Gharg na frente e uma tropa atrás. Estamos dispostos! Enfrentamos o que der e vier... Mas não sei por que agora me lembrei daquele pesadelo ou sonho que tive dias atrás... Faz tempo que não durmo né?

 

Parte II

Chegamos ao norte de Rookgaard. Gharg subiu e eu ordenei para todos ficarem quietos. Vimos Gharg falar com o Ogro e o Ogro abrir um portal gigantesco. Então nós subimos as escadas e entramos no tal portal.

Bem... Vamos dizer que a metade da tropa passou, pois o resto desistiu.

Quando passei pelo portal, senti um frio na barriga e me deparei com uma caverna escura, iluminada apenas por tochas acesas nas paredes. Era sombria e misteriosa. Algo me dizia que ali seria um lugar difícil e que por ali estava a Grandiosa Espada Mágica.

Disposto a continuar, eu estufei o peito e transpirei orgulhoso. Metade de meu objetivo tinha se completado. Esbocei um sorriso e disse comigo:

– A batalha está apenas começando, e minha jornada está apenas na metade!

Segui reto junto com Ralph e Gharg, seguidos por uma tropa que agora estava pequena agora. Estavam todos cansados e então decidimos dar uma parada. Eu inclusive, estava sem dormir há dois dias.

Mas nós não sabemos nem o que nos espera!

 

 

Capítulo 9

 

A Caverna

Retrospectiva:

Tudo começou quando eu e meu amigo, Ralph, matamos o mago negro: Ferumbras. Agora Ferumbras se enfezou e quer destruir o mundo e a galáxia Tibiana. Nossa única saída é a lendária Espada Mágica, que dizem ter o poder de matar o mais poderoso dos magos... Isto é, Ferumbras! Agora já passamos por Carlin e Thais. Estamos em Rookgaard, a terra dos novatos... Fugindo da destruição de do furioso Ferumbras... Conhecemos Gharg, adotado por Ferumbras e um grande lutador, mesmo que seja pequeno. Com um pequeno exército, conseguimos entrar na caverna da Família Draconian, a família de Ralph. Agora vamos procurar pela espada!!

Voltando ao nosso capítulo.

 

Decidimos dar uma parada. Eu estava exausto... Pela primeira vez em dois dias, eu iria dormir. Delícia. Todos se acomodaram na caverna... Ela parecia perigosa, então, 3 guerreiros foram escolhidos para poderem vigiar. Claro que eu não estava no meio deles. Era Ralph, Gharg e um cidadão que se achava “O Bom”. Eu deitei... Comecei a sonhar. Desta vez era um sonho um pouco diferente...

 

Sonho:

Eu percorrendo a caverna de Rookgaard. Ralph, Gharg e a tropa estavam pra trás. Eu estava sozinho. Uma espada em minha mão, um escudo dourado em minha outra mão.

A caverna era bem redonda e escura, seria impossível de enxergar se não fossem as tochas ao lado. Coladas nas paredes.

Uma expressão de medo era visível em meu rosto. Eu estava assustado, só não sabia por quê!

Estava perambulando por aí... Quando algo se destaca no escuro, olhos vermelhos eram exibidos.

– Fim de Jogo, Pedru! – a voz medonha dizia para mim.

Aquilo veio em minha direção e então coloquei meu escudo na frente. Quando aquilo parou no ar e começou a gritar:

– Corra!! Corra!! Pedru! Corra!! – a voz medonha desapareceu.

Eu tirei o escudo e olhei atentamente.

Fim do Sonho.

 

Foi aí que acordei, percebi que Ralph estava gritando desesperado comigo.

– Acorda!! Rápido! Vamos!! – Ralph gritava comigo.

– O que está acontecendo?! – eu perguntei assustado.

De repente, uma bola de fogo cai perto de mim e Ralph.

– Isso responde? Anda VAMOS!! – Ralph pegou minhas coisas e me entregou.

Assim ele saiu correndo e eu fiz o mesmo.

– O que está havendo, Ralph? – perguntei aflito.

– Demônios! Enviados por Ferumbras! Gharg os achou! Então eles vieram por causa dele! – explicou Ralph.

Novas bolas de fogo caíam e eu e Ralph íamos mais rápido. Gharg estava na frente e parou de repente. Eu passei por ele e fitei-o. Ele estava prestes à enfrentar o demônio que tacava bolas de fogo.

Ele estava parado, ali... Com a espada posicionada e a face nervosa.

Corri para ajudá-lo, e arremessei minha espada contra o olho do demônio. Gharg olhou surpreso para trás e eu olhei atentamente para ele.

– GHARG! CUIDADO! – disse Ralph interrompendo a troca de olhares agradecidos.

Gharg virou-se e viu o demônio se recuperar, pronto pra tacar uma bola de fogo.

O garoto concentrou-se e uma aura azul se formou em volta dele. Bolas azuis começaram a dar forma e ele arremessou aquilo contra o demônio que se desintegrou na hora.

Espantoso!

 

 

Capítulo 10

 

Pernas pra que te quero

 

Retrospectiva:

Tudo começou quando eu e meu amigo, Ralph, matamos o mago negro: Ferumbras. Agora Ferumbras se enfezou e quer destruir o mundo e a galáxia Tibiana. Nossa única saída é a lendária Espada Mágica, que dizem ter o poder de matar o mais poderoso dos magos... Isto é, Ferumbras! Agora já passamos por Carlin e Thais. Estamos em Rookgaard, a terra dos novatos... Fugindo da destruição de do furioso Ferumbras... Conhecemos Gharg, adotado por Ferumbras e um grande lutador, mesmo que seja pequeno. Com um pequeno exército, conseguimos entrar na caverna da Família Draconian, a família de Ralph. Agora vamos procurar pela espada!!

Voltando ao nosso capítulo.

 

Gharg virou-se e viu o demônio se recuperar, pronto pra tacar uma bola de fogo.

O garoto concentrou-se e uma aura azul se formou em volta dele. Bolas azuis começaram a dar forma e ele arremessou aquilo contra o demônio que se desintegrou na hora.

Espantoso!

 

Eu me afastei de Gharg e me virei para Ralph que também ficara de boca aberta.

– Como é que esse garoto faz isso? – perguntei cochichando.

– Eu sei lá... Pergunta pra ele. – respondeu Ralph.

Eu me aproximei de Gharg e perguntei:

– Como você fez isso?

– Magia Ferumbrânica...

– Wow! Isso é realmente impressionante... Aprendeu com o mago?

– Sim... Ele me ensinou tudo o que sei sobre luta e magias.

– Então vamos dizer que você empata na luta contra ele?

– Bem, praticamente não... Ele é bem mais poderoso do que eu e quando morávamos aqui ele disse que só me ensinou o básico.

– Mas a pergunta verdadeira é: “Por que ele veio atacar Carlin”?

– Bem... – Gharg deu uma de que sabia a resposta mas logo avistou um demônio.

Gharg desta vez esticou seu braço e pronunciou:

– Vitoera Exevo Flam Tar Hur! – uma luz azulada emanou sobre sua mão e foi atirada contra o demônio que caiu morto.

– Só podia ser filho do Ferumbras mesmo. – disse Ralph em tom irônico.

– Você não respondeu minha pergunta, Gharg. Por que Ferumbras veio atacar Carlin? – disse reforçando.

– Bem... Olha... Não é hora de ficar fazendo perguntas... depois eu te explico bem e... – assim que ele falou isso, a caverna começou a estremecer - ...Mais demônios estão chegando! Rápido! Corram!

Eu comecei a olhar para trás e me deparei com 5 demônios, então corri o mais rápido que pude.

– GHARG! USE SUA MAGIA! – disse correndo.

– NÃO DÁ! ESGOTEI MEU NÍVEL DE MAGIA, PRECISO COMER ALGO PARA ME RECARREGAR! – respondeu Gharg sem desviar a atenção do caminho que percorria.

– NEM UMA MAGIA QUE EXPLODE? NEM UMA RUNA? – perguntou Ralph desviando brevemente o olhar do destino.

– NÃO! NADA POSSO CONJURAR!

Eu olhei para a tropa e me deparei com alguns arqueiros.

– ARQUEIROS, ANDEM DE COSTAS E ATIREM FACAS CONTRA OS DEMÔNIOS! – ordenei.

– FACAS? – os arqueiros manifestaram.

– SIM! FACAS! ANDEM LOGO! SE VIREM!

Eles procuraram facas e alguns acharam, atiraram muitas nos demônios que nos perseguiam.

Enquanto os outros corriam, eu parei de correr e pulei em um dos demônios e retirei duas facas que havia nele e furei seus olhos... Fiz isso com os outros quatro demônios e fugi.

 

Todos se desesperavam por eu ter desaparecido, ninguém parou, mas corri o mais rápido que pude para alcançá-los. Consegui. Todos perguntavam onde eu estava e eu respondia: “Acertando umas contas”.

 

De repente, o pelotão todo se depara com uma enorme estátua de ouro do mago negro, ela impedia a passagem. Ralph se irou e começou a bater na estátua.

– Saia daí estátua estúpida! Está impedindo nossa passagem! – ele bateu com uma vara que acabou se quebrando e algo estranho aconteceu com a estátua: ela começou a se mover.

– QUEM OUSA ME PERTURBAR? – a estátua gritou para todos.

Todos se espantaram com a enorme estátua de ouro que acabara de falar e se mexer...

 

Siniiiistro!

 

 

Capítulo 11

 

A Estátua de Ouro

 

Retrospectiva:

Tudo começou quando eu e meu amigo, Ralph, matamos o mago negro: Ferumbras. Agora Ferumbras se enfezou e quer destruir o mundo e a galáxia Tibiana. Nossa única saída é a lendária Espada Mágica, que dizem ter o poder de matar o mais poderoso dos magos... Isto é, Ferumbras! Agora já passamos por Carlin e Thais. Estamos em Rookgaard, a terra dos novatos... Fugindo da destruição de do furioso Ferumbras... Conhecemos Gharg, adotado por Ferumbras e um grande lutador, mesmo que seja pequeno. Com um pequeno exército, conseguimos entrar na caverna da Família Draconian, a família de Ralph. Agora vamos procurar pela espada!!

Voltando ao nosso capítulo.

 

– HUMANOS INSOLENTES! – berrava a enorme Estátua de mais ou menos 20 metros. – COMO OUSAM INVADIR MEUS APOSENTOS?

Gharg fitou-a como se a conhecesse, mas não disse nada. Ele mesmo assim manteve a mão no punho de sua adaga para qualquer caso. Todos se encontravam atrás de Gharg.

– PATÉTICOS! NADA IRÁ SALVÁ-LOS DE MINHA IRA! – berrava a estátua observando todos os intrusos.

Gharg não se movia, apenas olhava com atenção para a estátua.

– O QUE VOCÊ ESTÁ OLHANDO, PIRRALHO? – a estátua disse para Gharg.

Nesse momento, a expressão de Gharg mudou, daquela cara atenta e neutra de Gharg para a estátua, foi para uma nova, uma expressão de raiva. Gharg retirou sua adaga e apontou para a estátua que agora havia se dobrado na direção de Gharg.

– HÔ, HÔ! O QUE ACHA QUE VAI FAZER COM ESSA FACA MÍNIMA, HEIN, PIVETE? – dizia a estátua zombando da cara de Gharg.

– Ei estátua! – chamei.

– AHM? – a estátua olhou para mim com uma expressão de: “quem chamou por mim?”

– Eu simplesmente acho que você não devia ter chamado o Gharg de pivete e nem de baixinho.

A estátua voltou à se virar para Gharg e disse zombeteira:

– O QUE É QUE ESTE BAIXINHO PODE FAZER CONTRA MIM... AINDA MAIS COM ESTA ARMA QUE É UM FILHOTE DE UMA ESPADA.

Gharg enfureceu-se e ameaçou a atingir a adaga no nariz da estátua. Porém, a estátua apenas deu uma leve mexida para o lado e não foi atingida.

– CANSEI DO SEU JOGUINHO, GAROTO! – a estátua pegou Gharg e o elevou para perto de sua cabeça.

Gharg se debatia e tentava fugir da estátua, tentando socar os dedos dela.

– VOCÊ NÃO PODE FUGIR DE MIM... ASSIM QUE EU TE JOGAR DAQUI, VOCÊ MORRERÁ JUNTO COM AS SUAS AMEAÇAS QUE FEZ A MIM!

Gharg parou de se mover e olhou para baixo. A estátua observou o garoto parecendo que tiraria algo do bolso.

– O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?

Gharg retirou um canudo e disse:

– Isso. – Gharg colocou o canudo na boca e soprou. Do canudo saiu um dardo parecido com aqueles de Tiro-ao-alvo.

A estátua pareceu não sentir nada.

– OOORA, PARECE QUE SEU TRUQUE NÃO FUNCIONA COM ESTÁTUAS DE OURO! HAHAHAHAHA! – a estátua zombou do garoto.

O garoto cruzou os braços e inclinou a cabeça de disse sem se importar com as zombarias que a estátua estava fazendo:

– É mesmo? – ele fixou o olhar no dardo que havia atingido a testa da estátua.

O dardo era azul, pois continha um líquido azul dentro dele, e aquele líquido estava indo para o corpo da estátua. Fazendo com que o dardo ficasse cada vez mais transparente.

– E ALÉM DO MAIS... – a estátua arregalou os olhos e apertou-os com força. Logo ela soltou Gharg e Ralph o pegou com dificuldade.

A estátua tombou com os olhos abertos e a boca fechada.

Gharg subiu na estátua tombada e olhou para o enorme rosto dela:

– O que não iria funcionar mesmo? – Gharg pegou uma espada de um dos homens do pelotão e cravou com dificuldade na testa de ouro da enorme estátua do mago. E também com dificuldade retirou-a de lá. – Ah é, o que não ia penetrar no ouro mesmo?

A estátua foi lentamente fechando os olhos e Gharg saltou para sair do rosto da estátua. Menos um no caminho...

 

 

Capítulo 12

 

A Revolta dos Mortos-Vivos

 

A viagem pela grande espada já estava me dando nos nervos e eu estava quase caindo de costas de tanta dor... Eu estava até roxo. Meus músculos doíam como nunca havia acontecido antes... Minhas coxas e pernas também doíam, eu estava morto de cansaço. Não conseguia andar direito, eu era o único do pelotão que não aguentava mais andar, andar, andar e andar.

Com todo o cansaço nas costas, eu comecei a rastejar e então parei. Ralph olhou para mim e pensou que eu estava delirando. Na verdade, eu estava delirando mesmo.

– O que foi, cara? – perguntou Ralph se dirigindo a mim.

– O patinho Feio é muito Feio! – respondi.

– Hã?

– Um mais Um é igual a dois! Eba! Sei contar. – percebendo meu delírio, Ralph chamou Gharg que veio imediatamente.

– Gharg, Pedru está delirando de tanto andar. Afinal, isso é possível?– disse Ralph.

– Hum. Era de se esperar. É possível com um estúpido desses. Ele ainda é um guerreiro aprendiz e se cansa fácil, mas logo vai dormir e nos deixar em paz. – respondeu Gharg que nem precisava agachar, pois estava do meu tamanho (comigo sentado, lógico).

– Mas vamos levá-lo conosco de algum jeito, não podemos deixá-lo para trás!

– Por quê?

– Pois ele é meu amigo, Gharg! E precisamos dele, ele não é um guerreiro aprendiz! Ele já matou FERUMBRAS!

– Sim, mas com sua ajuda.

– Eu só dei uma leve ajuda para ele, mas ele teve a coragem de quebrar a vara de Ferumbras.

– ELE FEZ O QUÊ?

– Quebrou a vara do Ferumbras.

– É por isso que estamos atrás da Espada! É por isso que os demônios estão nos atacando! Ferumbras quer vingança. A vara quebrada está descontrolada e liberando demônios e monstros para todos os lados! Por isso Rookgaard foi atacada pelo demônio! Mas os piores demônios são os: Apocalypse, Infernatil, Verminor, e os mais perigosos: Morgaroth e Ghazbaran, que por acaso são os protetores da espada.

– Mas iremos derrotá-los de qualquer jeito.

– É quase impossível... Só o Ferumbras consegue. – eu avistei algo lá no fundo da caverna e comecei a retomar a consciência, mas ainda meio tonto. Pareciam-se com... OS LADRÕES que me atacaram daquela vez! Eles chegaram com espadas douradas e numa velocidade imensa.

Com minha consciência retomada, puxei minha espada e gritei para o pelotão para que se preparassem, eles pareciam dez vezes mais fortes agora...

– Pessoal! Esses são os servos mais chegados de Ferumbras! Vocês fizeram algo a eles? – perguntou Gharg.

– O-os servos mais chegados? – perguntei.

– Sim... São os queridinhos do Ferumbras, mas só recebem armas especiais quando alguém faz algo a eles... Se fizerem algo, Ferumbras fica furioso.

– Aí está mais um motivo para Ferumbras querer vingança.

– Você fez algo para eles? Seu louco!

– Eu os matei! Mas estou vendo que eles voltaram a viver.

– Eles estão com armas mágicas! Elas podem derrotar metade de nosso pelotão e derrotar o pelotão inteiro se estivéssemos em fileira! – ao ouvir isso, segurei a espada que estava na minha mão com mais força e então corri para o ataque. Gharg chamou por mim, mas não atendi ao pedido.

Corri como se não tivesse fim, assim que cheguei bem perto deles, balancei a espada com força de modo que tentasse atingir um dos dois ladrões. Tentativa em vão. Mas um deles acertou minha barriga. Ralph percebeu que o pelotão não estava fazendo nada, então ordenou que atacassem. Gharg viu que fui ferido e resolveu logo atacar. Os ladrões me deixaram de lado e foram atacar o pelotão. Gharg feriu um dos ladrões e veio me socorrer.

– Você está bem? ! – perguntou ele preocupado.

– Não, só está SANGRANDO! – disse.

– Calma! Eu estou aqui! Tome esta runa. Vai curar. – ele me deu uma UH, eu peguei-a e quebrei sobre o corte que sarou logo.

– Obrigado. – agradeci.

– De nada. Agora, temos uma espada para achar.

Aproveitando que os ladrões estavam distraídos, eu ataquei por trás de um deles e Gharg, com sua adaga e magia, fez o mesmo. Eu ataquei o pescoço e matei um na hora. E Gharg desintegrou o outro. Foi até que fácil, mas chato. De repente, do pó o que Gharg destruiu, voltou a viver. O outro que matei, também voltou a viver e os dois cresceram.

– TOLOS! NÃO PODEM NOS MATAR! – gritaram.

 

 

Capítulo 13

 

A Revolta dos Mortos Vivos Parte II

 

Eu me assustei mesmo... Dois ladrões que morreram voltaram a viver e ainda cresceram dois metros! Ferumbras estava nos observando? Muito provavelmente.

– Mas... COMO? – Gharg se perguntava.

– Eu também não sei... – disse. – Mas de uma coisa eu sei, temos de derrotá-los o quanto antes para prosseguirmos. – toquei no ombro do baixinho e balancei a cabeça. Gharg puxou a adaga e olhou diretamente para os ladrões que nos encaravam, eles estavam prontos para atacar. Ralph estava atrás deles. Ele puxou sua espada de suas costas e posicionou. Através das pernas dos gigantes ladrões pude ver Ralph preparado. Ele balançou a cabeça e eu fiquei imóvel desviando o olhar para os ladrões.

Ralph olhou para as costas e desviou o olhar para o grande pelotão. Ele começou a “falar em sinais” para eles que puxaram as armas. Os ladrões, prontos para atacar, entenderam a troca de sinais como um ataque surpresa ou inesperado. Por isso, quando eu iria dar o sinal de ataque para o pelotão, um dos ladrões socou sua mão contra o chão e me deixou atordoado. O outro se virou e socou a parede, fazendo com que tudo tremesse.

– TOLOS! NEM O ATAQUE SURPRESA DE VOCÊS PODEM NOS DETER! – disse o mais magro dos ladrões.

– Não mesmo? – Gharg gritou. Era impressionante! Gharg estava no ombro do mais magro! Mas eu ainda não contei que tudo era parte do plano? Era tudo fingimento para que Gharg ganhasse tempo. A troca de olhares era uma distração para que fizesse com que os ladrões pensassem que tínhamos um ataque surpresa. Gharg conseguiu subir no ombro do mais magro e colocou sua adaga em posição. Ele socou a adaga contra o pescoço do ladrão, que por reflexo, colocou a mão no pescoço, jogando Gharg contra a parede. Ralph olhou para o ladrão que se retorcia e gritava. Com os berros, eu acordei ainda meio zonzo. Eu vi o ladrão berrando e se retorcendo e acabei me lembrando do dragão que eu havia enfrentado. Com a distração dos dois, eu já com a espada na mão, pulei nas costas do magrinho e soquei a espada contra as costas dele. Ele berrou de dor e depois adormeceu para sempre, com sangue saindo de sua boca. Eu retirei a espada das costas do ladrão e olhei para o outro. Ele ficou tão furioso que bateu nas costas do irmão tentando me atingir. Foi aí que pensei: “Eles são maiores que este túnel e ficam curvados para não baterem nas paredes. Se eu fizer com que ele soque a parede, poderei fazer uma avalanche de pedras caírem nele, e ainda, salvar meu pelotão.”

Ralph olhou para mim e mandou os arqueiros do pelotão atirar contra o ladrão. “É claro!” pensei “As flechas podem fazer com que ele bata a cabeça na parede.”. Então, me comuniquei com sinais com o pelotão e com Ralph. Eles entenderam. Os arqueiros se posicionaram atrás de mim. O ladrão estava distraído comigo, foi aí que eu ouvi Ralph gritar: “Agora!”. Os arqueiros começaram a atirar flechas e o ladrão realmente bateu a cabeça na parede e estremeceu a caverna, fazendo com que pedras começassem a cair. Ordenei que todos corressem, mas as pedras foram mais rápidas. Alguns conseguiram fugir, outros foram esmagados pelas pedras.

Já mencionei que antes de entrarmos na caverna tínhamos noventa pessoas? Entramos na caverna tínhamos cinquenta e agora temos trinta.

Peguei Gharg e coloquei-o nas minhas costas e corremos para longe da avalanche de pedras.

 

 

Capítulo 14

 

O Segredo da Espada

 

Eu estava aliviado de ter fugido no exato momento, triste pela perda de metade do pelotão e feliz por continuar minha busca. Olhava para todos os lados da caverna, lembrando de tudo o que havia provocado isso. Até de como fomos parar em Rookgaard. Tudo passava pela minha mente como um raio, mas algo me incomodava. Cada vez que eu pensava na espada eu me lembrava do sonho que me atormentou durante esta jornada. Seria ele uma premonição? Algo me dizia que a luz brilhante do sonho tinha algo haver com a espada. Como seria ela? Bem, eu AINDA não sei. Tenho de esperar para saber.

Carregando Gharg sobre as costas, ofegando um pouco, olhei para Ralph e só depois que me deparei que havíamos perdido um pouco de nosso pelotão. Ouvi um ruído sair das minhas costas. Era Gharg acordando. Assim que ele abriu os olhos eu o ergui e o coloquei no chão. Dava para ver que ele estava um pouco zonzo, pois, assim que o coloquei no chão, o garoto caiu. Ajoelhei-me e fui ver se estava tudo bem. Suas pálpebras abriam e fechavam sem parar, até que elas ficaram abertas e ele finalmente retomou a consciência. Assim que fez isso, ele colocou a mão sobre um galo que havia sobre a cabeça e gemeu.

– Finalmente – disse Ralph. –, finalmente você acordou!

– O que aconteceu? – perguntou o garotinho.

– Bom... Os ladrões só te massacraram jogando você com força contra a parede.

– Por quanto tempo apaguei?

– Sei lá. – disse eu. – Só sei que você é um pouco forte. Por sorte não bateu de vez a cabeça e teve um traumatismo craniano ou então amnésia.

– Nossa – Gharg colocou as mãos sobre os olhos e os joelhos sobre o rosto. –, umas imagens me vieram à cabeça.

– Que imagens? – perguntei.

– Imagens da espada. Estou me lembrando de quando a vi pela primeira vez.

– Como ela é? – perguntou Ralph curioso.

– Ela tem um cabo coberto de pérolas azuis e vermelhas. O cabo é inteiro de prata e a lâmina feita com o mais brilhante ouro mágico do mundo.

– Ouvi dizer que ela fica cercada de fogo.

– Não. Essa é a Espada da Fúria. A espada de que falo é a Espada de Pako.

– Espada de Pako? – perguntamos em coro. Logo, vi que todo o pelotão havia se sentado em volta de nós.

– Sim. A Espada de Pako. – o garoto fez uma pequena pausa. – Pako é um deus que apareceu do nada. Ele se proclamou o deus dos artefatos místicos. Dizem que Zathroth ficou com tanta inveja de Pako que o trancafiou em uma espada. A espada mais poderosa do mundo. Ferumbras, desde então, venera Zathroth e é um dos guardiões da espada. Mas agora que ele está tão ocupado com a destruição do mundo, deve ter deixado os demônios mais terríveis tomando conta. Já contei sobre Apocalypse, Infernatil, Verminor, Morgaroth e Ghazbaran?

– Sim. – disseram todos.

– Bem, acho que agora temos um caminho a seguir. Mas pressinto perigo. – Eu me levantei e todos fizeram o mesmo. Então recomeçamos a caminhada sobre a caverna. Bem, nós chegamos até um local onde havia três caminhos e no meio deles havia um caldeirão azul. Gharg se espantou ao vê-lo e correu. Algo começava a se formar no caldeirão, um fogo azul subia dele. Quando de repente, aquilo me atingiu. Eu desmaiei.

 

 

Capítulo 15

 

Os 3 Caminhos – O Caminho de Gharg

 

Eu havia desmaiado. Agora, eu começava a sonhar com o mesmo sonho que tive durante esta aventura. Até que eu acordei, com uma aura azul me envolvendo. O caldeirão parava de flamejar. Meus olhos ficaram azuis. Parecia que eu estava... POSSUÍDO! Eu não me controlava, mas via o que acontecia. Eu parecia dotado de um poder sobrenatural. Algo que me dava prazer. Levantando-me devagar sem controle do meu corpo, Gharg soltou um leve suspiro de susto.

– Pedru... – começou o garotinho. – você está bem? – eu dei uma investida contra ele, mas o garoto foi mais esperto e desviou. – Ele está possuído. – gritou.

– Como assim? Como podemos detê-lo? – perguntou Ralph.

– Eu não sei! Só sei que ele deve estar possuído por... – quando ele ia completar a frase, eu o lancei contra a parede, deixando-o inconsciente. Ralph começou a ficar com medo e puxou a sua espada. Olhei nervoso para ele e rugi. Eu mesmo fiquei com medo de mim. Era estranho não tomar posse do próprio corpo.

– Pedru, eu não quero te ferir! – Ralph gritava. O pelotão se encolhia contra uma parede de medo. Ainda mais, porque era eu que estava possuído.

– UGH! – algo estava acontecendo em meu corpo. Aquelas palavras haviam atingido meu subconsciente. Fazendo com que eu me libertasse e tirasse aquilo de dentro de mim. Um dragão azul saiu do meu corpo rugindo e indo em direção ao caldeirão e parando quando estava perto. Ele olhou para trás e rugiu. O dragão agora tomava impulso para nos atacar e possuir alguém de nós. Mas, quando ele estava dentro de mim, descobri segredos sobre aquele dragão, como: A fraqueza dele era o caldeirão e uma espada pontuda feita de aço. O dragão vinha com rapidez. Puxei minha espada e posicionei-a na direção do dragão. O dragão parou bem na hora. Comecei a seguir em frente e o dragão recuava. Eu começava a fazer movimentos com a espada para assustá-lo. Até que ele chegou e entrou no caldeirão. Olhei para trás e todos suspiraram de alívio. Então, agora tínhamos mais caminhos pela frente.

– Pedru, são três caminhos! Como vamos conseguir escolher um? – perguntou Ralph agora despreocupado com o dragão.

– Simples. – disse. Então comecei a contar quantas pessoas tínhamos. – Temos trinta pessoas no pelotão. Contando conosco somos trinta e três, então cada um leva dez pessoas por um caminho.

– Genial! – disse Gharg.

Então, separamos o pelotão em três e cada um foi por um caminho: eu fui no caminho da direita, Gharg foi no da esquerda e Ralph no meio.

 

Vamos então seguir o relato que Gharg fez para esta ocasião especial:

Olá, sou eu, Gharg! Filho adotivo de Ferumbras e um conhecedor de coisas místicas apesar de ser pequeno. Vou aqui contar como foi a nossa caminhada pelo primeiro túnel. Então vamos lá!

Começamos e entramos no primeiro túnel, por incrível que pareça, quando havia exatamente todo o nosso pelotão dentro do túnel: tochas se acenderam imediatamente. O túnel era largo e parecia longo. O pelotão se acomodou pelo largo túnel e seguiu em frente, sem saber dos perigos que cercavam ali. No meio do caminho, todas as tochas se apagaram. Uma risada maléfica pôde ser ouvida na escuridão. Eu me agarrei em um homem e a risada continuou. Até que as tochas se acenderam novamente e pude ver uma enorme caveira encapuzada com uma foice na mão.

– A hora de vocês chegou! – gritou a caveira. Eu quase fiz xixi nas calças nessa hora, mas foi aí que vi uma flecha de fogo sendo atirada por um arqueiro do pelotão. O arqueiro provocou a caveira que ficou furiosa e bateu a foice no chão liberando três demônios. Preparei minha adaga e disse para todos prepararem as armas. Seria uma longa batalha!

 

 

Capítulo 16

 

Os 3 Caminhos – O Caminho de Gharg, parte II

 

Apertando o cabo de minha adaga com força e franzindo a testa, eu estava preparado. Os arqueiros apontaram para a cabeça dos demônios enquanto os outros tentavam atingir os demônios pegando as flechas que estavam em minha bolsa. Alguns pegavam tochas e colocavam fogo nas pontas das flechas para atirar. Outros preferiam tacar as flechas com as mãos e com força. Eu apenas segurava minha adaga pensando. Alguns não atiravam nada, só seguravam espadas esperando ordens para atacar. Eu pensei até que me lembrei de Ferumbras me ensinando o método de canalizar a magia em um objeto. Fechei meus olhos e comecei a canalizar a magia na minha adaga... Não me pergunte como, mas só sei que eu aprendi. Abri os olhos e vi minha adaga com uma aura azul... Lembrei-me imediatamente das palavras de Ferumbras: “Toda a vez que um demônio persegui-lo, o melhor jeito de detê-lo é com a magia azulada, pois indica o oposto da magia negra.” Então, comecei a canalizar mais energia na adaga até que a enfiei no chão, fazendo vibrações azuladas surgirem e destruir aqueles demônios.

A grande caveira encapuzada se assustou e enraiveceu-se.

– Sua hora chegou garotinho! – a caveira dizia.

– Para a sua informação, morte, eu sou o filho do Ferumbras! – respondi. – Meu pai não vai gostar de saber que você me encarou desse jeito.

– Eu não acredito em você!

– Pois acredite se quiser! Eu tenho os mesmos poderes dele. Posso até ser mais forte.

– Então PROVE! – assim que ela disse isso, peguei minha adaga, canalizei toda a minha magia nela e lancei na foice, fazendo com que raios surgissem e a morte desaparecesse.

Você lendo isso parece que a batalha foi curta e fácil, mas na verdade, foi longa e difícil. Alguns perderam a vida tentando derrotar a morte e outros perderam a vida tentando derrotar os demônios.

Enfim, conseguimos derrotá-los... Mas ainda não acabou a viagem pelo túnel... Ainda tem mais um pouco!

 

 

Capítulo 17

 

Os 3 Caminhos – Saindo do Túnel de Gharg

 

Eu estava exausto. Não só eu, como todo o resto do pelotão. Eu já estava andando até de joelhos. Meus olhos fechavam. O cansaço tomava posse de meu corpo. O fim do túnel estava próximo, eu sabia que estava. Só mais um pouquinho... Não deu. Caí no meio do caminho. Não conseguia mais levantar. Então dormi... Seria melhor dizer: Desmaiei?

O pelotão logo percebeu e resolveu ajudar, me obrigando a comer algumas frutas que carregavam. Todos fizeram uma pausa. Sentaram-se comeram algumas coisas, outros treinaram a mira e etc. Estávamos recuperando a energia perdida durante o bravo túnel.

Comecei a acordar lentamente. Minhas energias voltavam. Minhas pernas paravam de tremer. Abria os olhos e erguia a cabeça. Eu estava de volta à ativa. Olhei para trás, vi todos se fartando com a comida e sorri. Seria melhor se repusessem a energia e continuassem o caminho do que não repusessem a energia e desmaiarem no caminho.

Sentimos um estrondo. O estrondo foi tão forte que caí sentado. Olhei assustado para frente. Pus a mão no punho da minha adaga. Olhei para trás e fiz um sinal com a cabeça para que todos puxassem as armas. Todos obedeceram e começaram a encarar o final do túnel.

De repente, um vento sopra e as tochas se apagam mais uma vez. Desta vez não tive medo e pronunciei as palavras: “Utevo Lux”. Todos se espantaram, achavam que eu tinha vindo de outro país, mas tudo o que aprendi foi com Ferumbras. Franzi a testa e me levantei. Minha mão ficava esticada e dela emanava uma luz intensa. Não era suficiente para iluminar toda a caverna, mas pelo menos me dava uma visão maior das coisas.

De repente esbarrei em algo. Não sabia o que era, mas assim que pus minha mão iluminada sobre aquela coisa descobri. Era um algum tipo de totem, mas formava as palavras Zathroth. Em breve, percebi vários demônios atrás do totem.

A batalha iria começar.

– Pelotão... – fiz uma breve pausa e olhei para o totem franzindo a testa e sorrindo. – ATACAR!

Todos obedeceram. Ouvi o tilintar das espadas partindo corpos. Mas não era o suficiente. Logo as tochas reacenderam. Uns feixes emanaram do topo do totem. Aqueles feixes de luz se dirigiam aos demônios. Assim que eles atingiam os demônios, estes se fortaleciam e jogavam pessoas para longe.

Olhei assustado e logo descobri que o totem que dava força para eles.

– PESSOAL! – gritei para o pelotão. – O TOTEM É A FONTE DE FORÇA! DESTRUAM O TOTEM!

Os demônios logo compreenderam. O pelotão saía de perto dos perigosos demônios e se dirigia ao totem. Peguei minha adaga e comecei a desferir alguns golpes no totem. Não surtia efeito.

Logo me lembrei de algo. “MINHA MAGIA!”. Puxei forças e uma luz começou a emanar de minha mão. Fechei os olhos e prendi a respiração. Abri os olhos e a luz se desprendeu de minha mão, atingindo o totem.

Nada aconteceu. Eu fiquei fraco demais para lutar. Os demônios se aproximavam e o pelotão tentava destruir o totem o mais rápido possível. Alguns ficavam em volta tentando impedir a chegada dos demônios. Olhava para a cena. “Tem que ter um jeito. Tem que ter!” começava a pensar. “Se os demônios se fortalecem com o totem... É CLARO! Lição Totem! Valeu Ferumbras.” Tinha me lembrado de algo que o Ferumbras me ensinara. Puxei do fundo do baú esta lembrança. Ferumbras disse que um Totem-Poder podia fortalecer um ser. Assim como este ser recebia o poder do totem, ele podia destruí-lo. No caso, os demônios recebiam o poder do totem e então, eles podiam destruí-lo. Levantei-me lentamente. Os demônios já lutavam contra os protegedores do pelotão que tentava destruir o totem.

– PESSOAL! – gritei novamente. – TENTEM FAZER COM QUE OS DEMÔNIOS ATAQUEM O TOTEM!

Alguns se assustaram. Outros reagiram e começaram a provocar os demônios que se fortaleciam a cada minuto. Um demônio já não aguentou e foi pra cima de um homem. Este homem desviou e assim que o demônio colidiu com o totem, ambos caíram e se espatifaram. O totem ficou em pedaços. E então todos os demônios desapareceram no ar. Uma passagem se abriu. Olhei alegremente para aquilo e corri para abraçar a liberdade.

 

 

Capítulo 18

 

Os 3 Caminhos - O Caminho de Ralph

 

Gharg já não tem mais nada para relatar. Então, começarei a relatar o que aconteceu comigo em meu caminho. Olá, sou Ralph, a caverna que estamos pertence à minha família. A família Draconian. Vou relatar tudo o que aconteceu dentro do caminho do meio.

 

Eu não esperava que os três caminhos pudessem ser tão assustadores. Assim que li o que aconteceu com Gharg, percebi que o que aconteceu comigo não foi muito diferente. Não passamos pela mesma coisa, é lógico, mas pra ele foi mais fácil porque ele é um mago bem poderoso.

Entrei pelo caminho escuro e largo. O meu pelotão estava praticamente perdido. Andavam sem saber o que se passava. Magicamente, enquanto andávamos lentamente, com cuidado para não tropeçar em nada, tochas se acenderam ao nosso lado. Eu me assustei.

Vimos um grande espelho bem na nossa frente. Tomei a frente e olhei bem para o espelho, sempre tomando cuidado para não quebrá-lo ou me assustar.

De repente, nossas imagens saíram do espelho e um homem apareceu com um raio na frente daquelas imagens no espelho. Ele riu maleficamente e seus olhos ficaram vermelhos.

Meu pelotão puxava as armas, mas ainda assim, tinham muito medo do que podia acontecer. Puxei minha espada e olhei fundo nos olhos do homem que aparecera magicamente. Reconheci que... AQUELE ERA O FERUMBRAS! Ou uma cópia dele. Pelo o que me lembro, Ferumbras tinha um cajado com um F e não com um S. Olhei bem para aquilo e percebi: Ele está usando magia para copiar nosso pelotão! Aquele não é o Ferumbras, mas sim o Sarbmuref, que nada mais é do que Ferumbras ao contrário.

– PELOTÃO! – gritei, ainda olhando para o Sarbmuref. – ATACAAAR!!!

Nenhum deles avançou. Percebi logo que Sarbmuref tinha prendido meu pelotão! Era só eu, ele e o meu pelotão ao contrário (cópias no espelho).

Vi minha cópia, só que ela não ordenava nada. Resolvi logo me render. O mago, que não sabia fazer outra coisa a não ser rir, olhou para mim e riu de novo.

Assim que ele começou a rir eu passei minha espada no pescoço daquele infeliz! Sem surpresas, ele morreu. Meu pelotão voltou à ativa, pois a magia havia se quebrado, e a batalha começou.

O pior era que, se uma pessoa de meu pelotão fosse má lutadora, o do outro pelotão seria boa lutadora. Mas tem o lado positivo, existiam mais pessoas boas em meu pelotão do que ruins, e isso significa que no outro pelotão as pessoas boas seriam más lutadoras e as más lutadoras, no meu pelotão, seriam ótimas lutadoras no outro pelotão. Entendeu o raciocínio? Eu também não entendi quando Gharg tinha me explicado, mas deixa quieto... Se você ler repetidas vezes conseguirá entender.

Minha cópia olhou bem para mim. Nós trocamos olhares naquela imensidão de pessoas se quebrando. Algo aconteceu justo comigo! A minha cópia não era má lutadora! Muito pelo contrário, ela chegava ao meu nível! Nós lutamos bravamente, sem vencedores. Ah como eu queria que Gharg estivesse lá!

Porém, um guerreiro invadiu a nossa luta e atacou a minha cópia. Ela acabou morrendo. Logo percebi que as lutas haviam acabado. Esfreguei minha testa e suspirei. Ergui a cabeça e prossegui com o caminho.

 

 

Capítulo 19

 

Os 3 Caminhos - O Caminho de Ralph parte II

 

Por final, taquei minha espada de leve no espelho. Este se despedaçou em milhões de pedacinhos. Olhei para aquilo e sorri. Meu pelotão estava todo sentado. Estávamos cansados. Essa busca consumia nossas energias. Do que adiantava pegar um caminho se ele não levasse ao lugar certo? “Por isso nos dividimos” Pensei. Eu ainda desejava que Gharg estivesse em minha equipe. Ele entende bem mais de magia do que eu. E olha lá que essa caverna é da minha família. Mas o que isso importa com a nossa história?

Olhei para frente e me sentei. Fechei os olhos por um instante, mas logo os abri. Eu tinha de ficar alerta. Vai que qualquer monstro nos pega de surpresa? Olhei para todos os lados e autorizei meu pelotão comer alguma coisa. Fechei os olhos por um instante, só para tirar um cochilo.

Sonho de Ralph:

Eu me encontrava na caverna. O verdadeiro Ferumbras estava atrás de Pedru. Uma espada brilhante estava caída. Ferumbras encurralou o coitado. Olhei para a espada e taquei para Pedru.

Fim do sonho.

Acordei com um leve toque de um homem. Este me estava oferecendo algo para comer. Aceitei lógico, pois eu teria de repor minhas forças.

Agora que li o que Pedru escreveu. O sonho dele tinha algo haver com o meu, mas não sabia o quê.

Eu me sentei perto daquele homem e peguei uma maçã. Era estranho, pois a maçã estava tão doce. Nunca tinha comido uma maçã tão doce assim em minha vida. Assim que terminei de comer, aquele que tinha trazido a maçã colocou mais três maçãs em cima do pano que ficava sobre o chão (porque se ficasse diretamente no chão ia ficar cheio de micróbios!). Olhei para aquilo, molhando os lábios com minha língua. Pedi permissão para pegar uma maçã e ele disse: “Pegue o que você quiser chefe.” Fiquei lisonjeado. Eu nunca tinha sido chamado de chefe antes. Sorri para ele e pus a maçã em minha boca. Novamente, viajei com o gosto adoçado da maçã.

– De onde vem essa deliciosa maçã? – perguntei curioso.

– Vem lá de minhas terras. – respondeu o homem. – Eu cultivo maçãs. Para ter um gosto adoçado, uso um adubo de animais mortos e esterco.

– Muito bom! – disse outro homem que estava sentado conosco provava uma das maçãs. – Adorei!

– Eu também. – respondi.

– Sua terra é bem fértil. – o outro homem olhava para a maçã e balançava a cabeça afirmativamente, lambendo os lábios com a língua.

– Realmente.

– É. – o homem olhou franzindo a testa. Seus olhos ficaram vermelhos e dentes afiados cresceram. – São as terras do mestre Ferumbras! – sua voz ficou extremamente grossa e ele começou a tomar forma de um demônio.

– Essa não! – olhei para a minha pele. Ela ficava avermelhada e borbulhava. Meu osso do cotovelo perfurava minha pele e meus músculos cresciam. Eu tentava resistir. Minhas unhas ficavam arredondadas e afiadas. Olhei para o “homem-das-maçãs” e franzi a testa.

– Por quê? – gritei.

– Ora, eu estou com vocês desde o começo da jornada. Não me diga que não sabia que era eu que convocava os demônios?

– Ora seu... – eu já tinha virado um demônio completo, mas consegui manter o controle antes que Ferumbras tomasse.

Desferi um golpe na barriga do demônio. Olhei para o homem que comia conosco e ele tinha virado um demônio completo. Porém, ele não tinha tomado o controle.

– PELOTÃO! – assustados, todos olhavam para mim e apontavam suas armas. – CALMA GENTE! SOU EU, RALPH! – eu parecia não convencê-los. Neste exato momento, levei um soco no queixo. Esborrachei-me contra a parede.

Todos procuravam por mim e murmuravam. Olhei aflito para o que estava acontecendo e esfreguei minha cabeça machucada. Franzi a testa e estiquei o braço com fúria para os dois demônios. Eu não sabia distinguir os dois, por isso, vou falar que atingi só um, o outro desviou.

Coloquei minhas mãos em posição de ataque e, de repente, uma espada perfurou minha perna. Olhei para baixo e vi um guerreiro que dizia ter sido ordem de Ralph.

– AARRGH! – urrei de dor. – ESTOU TE FALANDO! EU SOU RALPH!

– Prove! – gritaram em coro. Neste momento recebi um soco na barriga e uma rasteira.

Quase perdi a consciência. Assim que vi os dois demônios parados, olhando pra mim com caras nervosas, eu estendi meus pés com força e chutei a cara dos dois e levantei em um salto. Então, pulei no corpo dos dois e fiz força para baixo para tentar quebrar suas costelas. Eles gemiam de dor até que pediram para eu parar.

Minha perna já estava ficando curada quando um dos demônios, em quem eu pisava, pegou minha perna (onde estava machucado) e enfiou a unha nela.

Urrei de dor e me debati contra eles.

– ARRRGH! – gritavam os dois enquanto eu pulava em cima deles e tentava aliviar o dano causado por um deles.

– ARREPENDAM-SE! – gritei. Olhei para o meu pelotão. – ACREDITAM EM MIM AGORA?

Eles balançavam a cabeça afirmativamente, boquiabertos com a reviravolta que eu fiz.

– ATACAAAAR! – gritei. O pelotão obedeceu e começou a perfurar a pele dos dois, enquanto eu os segurava, pisando em cima dos dois.

Assim que os dois morreram e eu voltei ao normal, desmaiei de cansaço. A maçã que ele me deu só me deu força pra virar um demônio.

 

 

Capítulo 20 (Eba duas dezenas de capítulos... ó... o negócio tá ficando booom!)

 

Os 3 Caminhos - Saída do Caminho de Ralph

 

Assim que voltei ao normal eu repus minhas energias, sempre conferindo se as pessoas eram confiáveis. Aprendi agora a não confiar em qualquer um, desde o que me aconteceu (Referência ao capítulo 19). Alguns não tinham mais comida. Outros eram egoístas demais para dividir. Até que encontrei uma bela jovem, esta dividiu sua pele de dragão comigo. Lembrei-me que no começo da história eu peguei uma pele de dragão, mas assim que a vi, descobri que já estava apodrecida.

Olhava para a pele de dragão suculenta e cheirosa. Era de dar água na boca.

– Obrigado por dividir seu lanche comigo. – disse lisonjeado.

– Não é nada. – respondeu ela com as bochechas coradas. Ela colocou o longo cabelo liso e castanho para trás da orelha e cortou um pedaço da carne. Feito isso, ela pegou o pedaço cortado e me entregou. – Tome. Isto irá lhe fazer bem.

– Tem certeza que não tem nenhum feitiço aí? – perguntei meio sarcástico.

– Seu bobo – disse ela sorrindo e corando as bochechas. Era meio estranho, pois ela sempre olhava para baixo, e nunca direto para meus olhos. –, eu não sou o Jok. – ela olhou para o lado e murmurou baixinho, mas eu ainda consegui ouvir. – Aquele idiota do Jok!

– Então o nome daquele cara era Jok? – perguntei curioso.

– Sim. Ele já foi meu namorado. – ela respondeu balançando a cabeça para tirar parte de sua franja do olho. – Vamos mudar de assunto? Não gosto de falar sobre isso.

– Tudo bem. – peguei o pedaço de carne e mordi, saboreando cada pedacinho. Depois olhei bem para ela e... UAU! Ela não era nada feia. Só agora que eu tinha olhado bem. Ela usava uma roupa rosa. Seu rosto era delicado. Seu cabelo era tão... Tão... Bonito. Olhei para o chão para ela não pensar qualquer outra coisa.

Vou esquecer que falei tudo isso. Depois que me repus eu me levantei. Estiquei-me todo e disse a ela:

– Temos um caminho longo para percorrer.

– Sim, eu sei.

Virei-me para o outro lado e chamei pelo pelotão que estava sentado.

– PELOTÃO! – gritei com todas as forças. – Temos um longo caminho a prosseguir! Então, espero que vocês terminem de comer tudo até quando eu mandar. Comam tudo, descansem até eu chamar! – olhei para a garota. Lembrei-me que fui rude por não ter me apresentado. Havia esquecido-me desse detalhe.

– Ahm... – comecei meio envergonhado. – Desculpe-me. Fui rude. Não me apresentei. Eu sou...

– Ralph. – disse ela interrompendo. – Você é o chefe de nosso grupo, por isso sei seu nome. – ela fez uma pequena pausa e estendeu a mão. – Olá, sou Katie.

Cumprimentei-a e logo saí de perto. Eu estava meio envergonhado. Percebi que ela também estava. Eu mal conseguia olhar nos olhos dela.

Umas horas se passaram e então chamei o pelotão para continuarmos o caminho. Todos estavam bem dispostos. Olhei para frente e ergui a cabeça. Eu estava confiante. Pressentia que o túnel estava no fim. Então, logo percebi uma porta. Algo me dizia que aquela era a porta para o fim. Olhei sorridente e disse para um dos arqueiros verificar se era seguro. Ele atirou uma flecha e aquilo provou que era seguro. Comecei a andar e percebi uma pequena elevação que abaixou assim que pisei.

Era uma armadilha! As paredes começaram a se mover. Elas começavam a nos apertar. Eu olhava, tentando fazer alguma coisa, mas nada aconteceu. Todos tentaram parar as paredes, mas estavam ficando sufocados. Alguns amassavam os rostos contra elas. Outros tentavam empurrá-las sem sucesso. Parecia que aquela porta não ia ser aberta nunca. Aquele seria o nosso fim

De repente, algo para as paredes. Elas começam a recuar. Percebo então que Katie era a única que ainda se dispunha a empurrar as paredes. Ela tinha uma força sobrenatural. O pelotão se acomodou novamente pelo corredor (assim que as paredes voltaram) e Katie se dirigiu aquela porta. Assim que ela ficou frente a frente com a porta ela a socou com força e a fez quebrar em milhões de pedaços. Revelando algo muito lindo!

 

 

Capítulo 21

 

Os 3 Caminhos - O Caminho de Pedru

 

Após algumas histórias fiquei fora. Aqui estou eu de novo. Pedru! Assumindo novamente o controle das histórias. Falando em assumir o controle, Ralph e Gharg até que foram sortudos (o que isso tem a ver com controle?). Vocês agora vão descobrir o que passei naquele fim de mundo... Opa... Literalmente estamos no FIM DO MUNDO.

 

Entrei meio temeroso naquele lugar. A escuridão assustava alguns de meu pelotão. As tochas imediatamente se acenderam. Não é preciso falar, não é mesmo? Gharg e Ralph passaram pela mesma coisa. Diferentemente dos outros dois, nosso caminho era bem estreito. Pedras afiadas podiam ser encontradas no chão. Eu olhava com dor para aquilo. Sorte que nós todos usávamos proteções para pés. Eu não aguentaria ficar ali sem isso.

Caminhávamos com dificuldade. Um passo em falso e podíamos rasgar nossos pés ou botas, sandálias e outras coisas. Para tentar me livrar das pequenas pedras pontiagudas, eu tomei a frente e puxei minha espada, “espanando” as pedras para os lados.

Uma coisa está ficando chata... Em todos os caminhos risadas maléficas eram ouvidas. Mas diferentemente do meu caminho, a risada pôde ser ouvida, mas as tochas não se apagaram. De repente, seres enormes, com chifres e fortificados apareceram. Não eram demônios. Suas peles eram da cor normal. Eram Behemoth! Olhei para ele furioso. Puxei minha espada e disse:

– Saiam de perto de mim!

Os Behemoths riram de mim. Todos puxaram as armas e miraram os olhos naqueles seres assustadores. Franzi a testa e atirei uma pequena adaga de Gharg que carregava comigo. Esta atingiu o olho de um Behemoth. Os outros viram a cena e foram para cima de mim.

– Venham! Podem vir! – disse parado com minha espada estendida.

Quando eles começaram a chegar, balancei minha espada com força e risquei a perna deles. O sangue começava a jorrar, mas eles não desistiram. Foram pra cima de mim com todas as forças.

– PELOTÃO! – gritei assim como Ralph e Gharg. – PODEM PARTIR PARA O ATAQUE!

Muitas flechas começaram a voar sobre nossas cabeças. Os guerreiros começaram a correr na direção dos Behemoths. Cruzei os braços e sorri sem mostrar os dentes. Eles eram muito fortes, por isso resolvi dar uma ajudinha.

AVISO: Se você não gosta de sangue, então não leia esta parte...

Pulei sobre as cabeças dos guerreiros e então estendi minha espada. Olhei de lado para os Behemoths e parti ao encontro deles. Muitas pessoas os rodeavam. Não morreram, mas ficaram muito feridos. Pulei sobre a cabeça de um Behemoth que estava distraído e cortei-a. Ele caiu. O sangue de sua cabeça fez uma poça. Entreguei runas azuladas para aqueles que o rodeavam e parti para outro Behemoth.

Olhei bem para ele e cortei sua perna. Novamente, litros de sangue jorraram. Ele olhou furiosamente para mim e então, cortei sua cabeça ao meio. Ele caiu e novamente entreguei runas azuladas para aqueles que o rodeavam.

Aqueles que ficavam fortalecidos com as runas me ajudavam a matar os outros Behemoths. No total eram cinco Behemoths. Então, como no pelotão tínhamos mais ou menos dez pessoas, duas pessoas rodeavam cada Behemoth. À medida que os Behemoths morriam, as duas que o rodeavam recebiam UHs e iam para outro Behemoth. Só uma explicação matemática.

Assim que todos os Behemoths morreram, olhei feliz para os corpos caídos. Uma poça de sangue podia ser vista. Depois de toda essa aventura, percebi só agora que eu estava no nível quarenta, ou seja, quarenta anos. Olhei para todos que se fortaleciam tendo mais experiência com isso. Sorri bastante. Olhei para minha bolsa e percebi um frasco de um líquido que curava ferimentos. Eu lembrei que tinha comprado-o quando fui matar dragões em Carlin.

Tomei-o e me senti melhor. Deixamos os corpos caídos e seguimos em frente.

 

 

Capítulo 22

 

Os 3 Caminhos - O Caminho de Pedru, parte II

 

Olhei para frente. Tínhamos muito caminho para percorrer ainda. Era o que parecia. Quanto mais caminhávamos, mais parecia que o caminho não tinha fim. Minhas pálpebras começavam a ficar pesadas. Não me aguentava em pé. Tudo o que passamos nos deixava cansados. Peguei minha mochila e coloquei-a no chão, retirando as coisas perigosas. Botei minha espada de lado e deitei-me na minha mochila.

Percebi logo que todos também estavam cansados e assim que fiz isso, todos fizeram o mesmo. Aliviados, todos soltaram suspiros de cansaço e fecharam os olhos para cochilar um pouco. Esqueci de dizer que afastamos os pedregulhos dali também, porque ninguém aguentaria dormir com tanta pedra.

Sonho:

Eu estava sozinho na caverna. Ralph segurava alguém. Gharg estava segurando a adaga e corria atrás de um homem. Este, porém não deu trégua. Jogou Gharg para longe.

– Volte aqui pai! – gritou Gharg. Era tarde demais. O homem estava correndo furioso pelos corredores. Até que me achou.

Olhei de esgueira para trás. O homem carregava um cajado com um F. Seu chapéu pontudo, sua longa barba e sua roupa arroxeada já entregavam seu nome: FERUMBRAS. Assim que ele me viu soltou uma longa gargalhada.

– O seu fim está próximo, Pedru! – disse o mago.

– Você não pode fazer nada contra mim, Ferumbras! – gritei em resposta.

O mago se irou e carregou o cajado com toda a sua fúria. Comecei a correr e ele lançava raios poderosos contra mim. Olhava para trás só para conferir se o mago continuava atrás de mim.

De repente, encontrei-me em um lugar sem saída. O mago se aproximava rapidamente. Era o meu fim. Olhei aquele raio azulado vindo em minha direção e...

Acordei assustado. A caverna tremia. As paredes começavam a se alargar. Ouvi gritos do outro lado de: “Socorro!”. Concluí que era o pelotão de Ralph.

– PELOTÃO! – gritei. – Ajudem o pelotão de Ralph! Cravem suas espadas na parede, arrumem um jeito de puxar a parede.

Todos tentaram obedecer, mas não conseguiam. A parede quebrava-se toda. Para piorar, dragões mestres invadiram o local. Ao total, três. Tivemos de parar de tentar ajudar e partir para a batalha.

Olhei bem para eles e me lembrei que se consegui matar um dragão sozinho podia tentar matar um dragão mestre. Se consegui matar demônios, posso matar dragões.

– Pelotão! – gritei. – Ao ataque!

Todos começaram a correr e partir para o ataque. Lá fui eu, puxando a minha espada para atacar esses dragões avermelhados. Com um movimento brusco, pulei em cima das costas de um dragão, que imediatamente começou a bater as asas. Para tentar me segurar, cravei minha espada com força da coluna do bicho. Este se contorceu todo e começou a se debater, urrando de dor. Ainda conseguíamos ouvir os gritos de desespero vindos do outro lado.

Olhei para aquele dragão e retirei minha espada com dificuldade das costas da criatura. Choquei-me contra a parede e esfreguei minha cabeça. Peguei novamente minha espada e lá fui eu de novo. Desta vez foi mais fácil, pulei e balancei minha espada com força para baixo e não é que a espada pegou bem no pescoço do bicho? Aquilo devia ter doído, mas eu o decapitei. Esfreguei o suor que escorria em minha testa com as costas da minha mão e limpei minha espada. Novamente parti para os outros dragões. Usando a mesma tática.

Por fim, acabamos com o bichano e as paredes voltaram ao normal. Estávamos dispostos a seguir em frente novamente.

 

 

Capítulo 23

 

Os 3 Caminhos – O Caminho de Pedru, parte III – fim dos caminhos

 

Simplesmente, andamos pela caverna cansados. Se aparecesse algum monstro eu dava um ataque. Alguns metros depois e a caverna não acabava. Comparado com o caminho de Ralph e Gharg, o nosso era o mais longo. Eu não estava aguentando mais ficar de pé. Eu tinha dormido pouco. Meus olhos pregavam e meus pés caíam. Eu não conseguia andar mais. De repente apaguei.

Não vi nada, mas me contaram que assim que dormi, todos dormiram. Dei uma boa dormida e acordei com um estrondo. A parede logo à frente de nós estava sendo quebrada. Eu não tinha percebido ela, mas acho que me carregaram até o fim e deitaram por lá, já que não tinha saída.

Vi, então, demônios seguidos de pequenos homens de fogo. Sorte a minha que eu tinha descansado. Puxei minha espada e me posicionei.

Pelotão! – gritei. – Preparar armas! – fiz uma pequena pausa e aí continuei. – ATACAR!!

Todos me obedeceram. Partiram pro ataque. Os demônios pareciam ter entendido o recado e foram para cima. Os homenzinhos de fogo também.

Olhei bem para um demônio, este me encarou e soltou uma risada maléfica. Franzi a testa e encolhi os olhos. Preparei-me para o ataque e parti.

Enfiei minha espada no olho do demônio que, furioso, me tacou contra a parede. Eu fiquei meio inconsciente, mas percebi que o demônio tentava tirar minha espada do olho. Assim que retomei a consciência parti novamente para o ataque contra o mesmo demônio. Olhei furiosamente para ele e puxei uma pequena adaga de Gharg, que tinha deixado comigo. Enfiei a adaga na perna do demônio que, contorceu-se. Furioso, o demônio balançou os braços e acabava batendo no meu pelotão, que, por ordem minha só lutava com os outros demônios. Ele também acabava batendo nos outros demônios.

Eu tive uma ideia e chamei um membro de meu pelotão. Mandei-o pular na cabeça do demônio e arrancar o chifre dele. Ele concordou e fez isso. Acabou tirando minha espada do olho do demônio e o chifre também. Assim que ele tirou o chifre, ordenei que ele me jogasse o mesmo. E assim ele fez.

Quando recebi o chifre atirei com força contra o outro olho do demônio, o que seria mais forte do que o próprio guerreiro enfiar no olho dele.

O demônio se enfureceu mas não aguentou. Caiu para o lado e matou um amigo demônio. Assim que me dei conta: Meu pelotão tinha acabado com os demônios. Isso foi um orgulho para mim.

Olhei para a frente e me deparei com algo maravilhoso...

 

 

Capítulo 24 (AAAh... 8D Capítulo 24)

 

A sala dourada

 

Olhei para a frente e me deparei com algo maravilhoso... UMA SALA DE TESOUROS!

A sala era toda dourada com uma estátua gigantesca de Ferumbras no início. Vários cristais estavam jogados nas paredes e pérolas estavam presas à gigantescos quadros feitos de diamante.

Nunca tinha visto tantas preciosidades antes! Além de no salão ter fotos antigas das pessoas que assassinaram Ferumbras... TODAS ELAS MARCADAS COM UM “X”!

Eu logo me deparei com uma foto minha e de Ralph, ambas estavam com círculos em volta de nós... Era óbvio... Ferumbras esteve ali e os alvos dele eram: eu e Ralph.

- Gente! Eu conheço essa sala! – disse Gharg.

- Que sala é essa, Gharg? – perguntou Ralph.

- É a sala de tesouros do Ferumbras.

- Não diga! – respondeu num tom irônico.

- Mas não é só isso.

Gharg fechou os olhos e começou a movimentar as mãos. E de repente uma porta se abriu em uma das paredes. Lá era o depósito de varas e antiguidades do próprio Ferumbras.

- Aqui é um depósito... É aqui que o Ferumbras guarda suas varas e antiguidades místicas. – disse Gharg apontando para uma das varas. – Parece que Ferumbras reconstruiu a vara e...

- E...? – perguntou Ralph.

- FERUMBRAS ESTÁ AQUI!

- O QUÊ? – o pelotão se apavorou.

- MANTENHAM A CALMA! – gritei. – NÓS AINDA ESTAMOS À PROCURA DA ESPADA! – virei-me para Gharg. – Gharg, - onde está a Espada?

- Deve estar numa sala secreta por aqui. – ele começou a fuçar em alguns baús ao lado das paredes. – Aqui! – disse ele tirando um colar com uma pedra verde e arredondada.

- O que você vai fazer com isso? – perguntou Ralph.

- Veja!

Gharg colocou o colar num buraco encontrado em uma certa parede. Uma porta se abriu e vimos... FERUMBRAS!

SURPRESA! – disse o mago. Logo ele soltou uma risada maléfica.

A maior batalha ia começar. Empunhei minha espada e franzi a testa...

 

 

Capítulo 25 (até agora é isso)

 

A hora da verdade

 

Franzi a testa. Olhei furiosamente para Ferumbras. Ele fez o mesmo, só que sorrindo. Empunhei minha espada e ele pegou um cajado. Cheguei um pouco para trás e o mago logo fez o mesmo.

– ATAQUEM! – ordenei.

Mas não vi ninguém mover um dedo.

– ATAQUEM! – ordenou o mago. Um exército de demônios nos cercou. Ralph se apertou contra minhas costas. Gharg estava pronto pra ação. Seus olhos mostravam uma expressão de fúria.

– AGORA CHEGA! – exclamou o garoto partindo pra cima do mago.

Gharg partiu com sua adaga e pulou na cabeça do grande mago que, por sua vez, desferiu um golpe com seu cajado no garoto.

Olhei a cena atento e pasmo. Tentava me concentrar nos demônios também, mas não ver a luta era quase impossível. Vi Gharg se levantar com um pouco de dificuldade e carregar uma pequena bola na sua mão. Aquilo parecia uma bola de fogo. Ele a atirou no mago dizendo:

- EXEVO FLAM HUR!

Um grande raio de fogo surgiu nas mãos do garoto. Ferumbras sorriu e conteve o raio, aprisionando-o em suas mãos. O mago sorriu maleficamente e logo soltou a bola de fogo de volta para Gharg, que cambaleou para trás.

Olhei pasmo. Minha vontade era de ver se Gharg estava bem, mas os demônios em minha volta não me permitiam tal coisa. Parei de prestar atenção na luta quando um demônio lançou sua garra contra mim, me deixando com uma ferida no peito.

Posso-lhe dizer que não gostei nada nada do que essa criatura fez. Fiquei furioso. Apertei com força o punho de minha espada e parti pro ataque. Sem olhar o que fiz, pulei e mexi com força a espada e só senti algo gelado tocar meu rosto. Parecia um líquido. Era sangue.

Assim que voltei ao chão limpei meu rosto e olhei para um outro demônio. Corri novamente para o ataque. Percebi que Gharg estava lutando com Ferumbras sem muito sucesso.

Chutei o peito do demônio, fazendo com que este caísse de costas no chão, e então enfiei minha espada nele, matando-o instantaneamente.

Virei-me para Gharg, já um pouco longe de Ferumbras e perguntei se ele sabia onde estava a espada.

- A Espada está ali. – ele apontou para uma parede e logo pegou a adaga para atacar o mago.

Olhei para os lados e vi o pelotão lutando, finalmente, contra os demônios. Vi Gharg apanhando do Ferumbras e Ralph derrotando um demônio. Respirei fundo e tirei a espada do demônio que eu havia matado. Apertei com força o punho dela e logo atirei-a contra a parede.

Foi surpreendente!

A espada rachou a parede e só precisou de um chute para quebrá-la por completo. Ferumbras notou o que tinha acontecido e acabou levando um chute no queixo.

O que havia atrás da parede? Um túnel!

Vejamos o que há por dentro deste túnel...

 

Editado por Penca
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