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[PARTICIPE] O melhor conto #01


Avilack

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É com o maior prazer que venho por meio deste lançar o maior concurso sequenciado de escrita do XTibia!
Embarque nessa nova onda e compartilhe conosco suas histórias, seus contos, sua fantástica imaginação...
Bem vindos ao:
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Para participar é necessário que o regulamento seja lido por completo.

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A primeira edição de "O melhor conto" está aberta e o seu tema é:

Assassinato.

"Faça uma narrativa "abraçando" qualquer desfecho, seja ele sobre um assassino, uma guerra ou até uma traição, ou seja, o desenvolvimento do seu conto não é importante desde que siga e não fuja do tema proposto na edição e que se passe na era medieval."


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O seu conto deve ser postado NESTE TÓPICO contendo:

Titulo:
Conto:


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Premiação:

lugar: 1 medalha + 3 rep's.

lugar: 2 rep's.

lugar: 1 rep.

Datas:

Abertura da edição: 27/01/2014
Votação: 07/02/2014 a 12/02/2014

Fechamento e Resultado: 13/02/2014
Novo tema: 13/02/2014
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Concurso OMC, aonde sua imaginação ganha força!

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Infelizmente não consegui chegar a um texto com menos de quatro mil caracteres. Esse conto tinha, originalmente, perto de 6000. Editando bastante, cheguei a 4500 caracteres válidos. Como temos debatido a possibilidade da mudança da regra, resolvi postar meu conto aqui, sendo desclassificado ou não. Ah, tentei uma segunda vez, com outra história, mas que também passou bem rápido dos 4000.

 

Pelo meu contador, são 4527 caracteres válidos (sem espaços).

 

 

 

Alguém deve morrer

Era uma noite escura e assim também era o que se desenrolava dentro da taverna. Ela estava cheia, mas de um modo que ainda permitia conversas que não seriam ouvidas por outras pessoas. Animada, mas duas pessoas conversando calmamente não destoariam do restante do grupo ali reunido. Enquanto homens esqueciam a exploração de seus lordes, a dureza do trabalho diário ou a frieza de seus lares em canecas de hidromel, Matteo analisava tudo isso, sem esforço consciente, pois não era a primeira, nem a centésima vez que fazia aquilo. Ele era um homem experiente e todo aquele ambiente tinha sido cautelosamente escolhido.

Ao contrário do que ele esperava, o homem que agora entrava era um imbecil, pois estava vestido com um capuz, longos mantos marrons surrados, mantendo a cabeça baixa, em uma vã tentativa de esconder sua identidade e não chamar atenção. Matteo conhecia aquele pensamento, era comum nos iniciantes da sua guilda. Ele mesmo talvez já tenha pensado assim uma vez, há muitos anos atrás. Há uma vida inteira atrás. Mas aprendera que o melhor jeito de não chamar a atenção e não ser lembrado em uma multidão, é simplesmente misturando-se a ela. Ele fez um sinal para que o homem tirasse o capuz, então levantou-se e foi pedir sua caneca de hidromel. Com o canto dos olhos, ele percebeu o homem relutante em obedecer sua instrução, mas cedeu, lançando olhares assustados em todas as direções. Quase gritando que estava planejando algo... sombrio.

Matteo conseguiu fazê-lo entender que ele deveria sentar na mesa que ele ocupara e o homem assim o fez. Esperou poucos minutos, então trouxe duas canecas de hidromel para sua mesa e cumprimentou o homem que sentava a sua frente calorosamente:

- Como vai a família, Festus?

Como esperado, o homem demorou alguns segundos até entender.

- Hã... Muito bem... hãa... muito bem... Kestus.

O homem suava frio, nervoso com o que estava prestes a acontecer.

- Um brinde! - disse Matteo, entornando metade da sua caneca goela abaixo.

- Um brinde!

Ele sonda rapidamente se alguém os observa. Satisfeito e auxiliado pelo barulho da taverna, somente é escutado por uma pessoa.

- Nekhir uluste murt. – “alguém deve morrer”, Matteo abre o Antigo Diálogo, falado tantas vezes antes. E causador de tantas mortes.

- I vi este io murta delova. – “e você é o arauto da morte”, completa o homem, selando um pacto mais antigo que muitas cidades.

- Diga-me a que veio.

Agora basta ouvir um nome e uma vida deverá ser removida do mundo. “Lorde Leopoldi Sibulo, senhor do Castelo Sibulo”, o homem diz. Matteo se levanta, oferece um aperto de mão e sai, sem saber o motivo pelo qual alguém deve morrer.

Matteo pega seu cavalo e deixa a cidade naquela mesma noite, rumo a Castelo Sibulo. Ele chega na manhã do dia seguinte, analisa o local e escolhe uma abordagem. Ele volta seu pensamento para sua juventude, quando sua barba não tinha pontos brancos e ele podia fazer essa viagem sem se cansar. Quando o planejamento, a tensão e o alívio de estar de volta a Guilda das Sombras eram-lhe prazerosos. Agora era meramente rotina.

O castelo era bem guardado e pequeno o suficiente para que os guardas reconhecessem os empregados. Um verdadeiro pesadelo para um assassino. “Antigamente”, ele pensava, “eu sentiria exultação frente a um desafio desses”. Ao redor do castelo, existia um pequeno vilarejo sem nome e foi pra lá que o assassino se encaminhou, procurando algum meio de abordar o castelo. Primeiramente, ele deveria conseguir uma cama para a noite. Ele anda pelo vilarejo pequeno, passando por serventes, fazendeiros, pedreiros e todo tipo mais de aldeões. Encontra uma pousada pequena, suja e percebe que achou o local perfeito para pôr seu plano em ação. Após pechinchar com o dono, paga o quarto por uma noite e pergunta onde um homem pode conseguir trabalho honesto.

Ao longo das duas semanas seguintes, ele trabalha para um mercador com paciência e esforço, levando legumes e verduras da fazenda próxima até o mercado local. Um dia, ele entreouve uma conversa sobre um empregado que deve realizar uma entrega para o castelo à noite. Esse entregador não chegará ao seu destino. Não essa noite. Matteo toma seu lugar na entrega, abandonando um corpo onde ninguém o verá até amanhecer.

Ele passa pelos guardas ao portão, que apontam o caminho até a cozinha. Furtivo como uma sombra, ele segue cautelosamente até os aposentos do lorde, tirando a vida de um guarda no processo. Finalmente, ele entra e silenciosamente executa seu trabalho, banhando a noite com sangue.

Já de volta a sede da Guilda das Sombras, Matteo tomou conhecimento do que sucedeu ao seu trabalho no vilarejo. Leopoldi era quem mantinha longe um outro lorde que queria acesso às minas embaixo do vilarejo que circundava o castelo. Seu primo e herdeiro, por outro lado, ficou feliz em vender as terras por uma enorme quantidade de ouro. Quando a companhia chegou ao local, encontrou vários dos habitantes se recusando a deixar suas casas. Mas eles mudaram de ideia rapidamente depois que boa parte do grupo foi passada na espada, sem chance de se defender.

Uma noite depois, Matteo juntou seus pertences e saiu da guilda com seu cavalo. Localizou o contratante, um nobre muito íntimo do primo de Leopoldi. Assim como havia feito tantas vezes antes, foi indolor, silencioso e inclemente. Mas houve algo diferente dessa vez. Ele sentiu confusão.

E percebeu que já não era mais um assassino.

 

 

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