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Ao Encontro de Zaphira [Confronte ao Fogo]


Gabriel Couto

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Ao Encontro de Zaphira [Confronte ao Fogo]

Anteriormente...

O horror tomou conta de mim, não sabia o que fazer, e o fogo se aproximou o bastante de mim e estava pronto para me queimar e fazer-me inteiro em cinzas em poucos instantes, então me vi sem opções. Resolvi correr, e para não me queimar, comecei a usar feitiços de bloqueio para evitar que as chamas chegassem perto de mim. A situação piorou quando vi, à minha frente, outro ser semelhante ao que me atacava, e aí sim, pensei pela primeira vez que fosse morrer naquele local.

Eu era capaz de me defender dos dois, mas não o bastante para fugir deles. Lembrei-me dos ensinamentos de professores de magia: O meio mais efetivo de fugir de monstros elementares é paralisando-os com uma magia específica. Salvação, certo? Não!

Na época, eu era muito novo e inexperiente, então só conhecia o encantamento, mas não como usá-lo e, é claro, nunca o havia feito. Conseguia me defender dos dois, como já disse, mas o tempo que eu teria que gastar lançando uma magia de ataque contra os fogos me custaria minha defesa, então, eu não pude arriscar tentar um encantamento desconhecido. Por sorte, lembrei que além da água, o gelo, que é uma variação física da água, também poderia cessar as chamas, e esse eu sabia que era capaz de produzir, tinha certeza. Enquanto ia me defendendo, o frio tomou conta de mim, fui ficando gelado, e a parede em que me encostava começou a congelar junto, isso era necessário.

Sacrifiquei minha defesa e ataquei, segurei firme minha varinha e lancei o gelo em cima das criaturas, e funcionou, ou melhor, começou a funcionar. Tive que me esforçar para envolvê-las o bastante a ponto de paralisarem. Esforcei-me mentalmente e fisicamente enquanto lançava o encantamento, e consegui o que eu queria. Sabia que as criaturas não tinham morrido, então precisava fugir o mais rápido do local, e aí foi que tive que enfrentar outro problema, causado por minha vitória.

Esforcei-me muito fisicamente ao correr, tentar me defender, e principalmente ao lançar o feitiço que me deu a vitória momentânea. O encantamento que utilizei exige o esfriamento corporal, é algo de iniciante, existem magias melhores que eu não sabia fazer, acontece! Eu precisava correr novamente, fugir, pois em breve, eu sabia, as criaturas de fogo iriam se livrar do gelo que as prendia e viriam atrás de mim novamente.

Utilizei novamente a magia de fogo, e pequenas chamas produzidas por mim foram me seguindo e me aquecendo de perto enquanto tentava andar o mais rápido que o meu corpo permitia. Quando percebi que a distância já era razoável, decidi que poderia parar para descansar. Usei um feitiço de desilusão sobre mim e fiquei parcialmente invisível, deveria ser o bastante para enganar as criaturas que chegassem perto.

Dormi.

Dormi por algumas horas, foi o que o meu relógio e o clima do local puderam me mostrar. O local estava mais quente, sugerindo que devia ser dia, ou tarde, o que se confirmou quando olhei o tempo em meu relógio. Apesar de estar dentro de uma caverna bem abaixo da terra, era possível sentir a diferença no clima. Dali um tempo depois, a caverna começou a deixar de ser uma mistura de barro e pedra, e passou a ser praticamente pedra, e ficava mais estreita. Percebi que se continuasse se estreitando, teria que se abaixar no chão e andar encostado nas paredes cheias de musgos e pedras pontudas: mais um desafio físico.

Mas lembrei de Zaphira, eu havia sido mandado atrás dela, e não que precisasse disso, eu teria ido por conta própria à hora que soubesse! Ela era o meu combustível, precisava encontrar a minha amiga de infância, e, não podia voltar atrás, já tinha passado por muita coisa, e eu sabia que devia ter muito mais e muito pior por vir. Os homens que sobreviveram e enlouqueceram gritavam várias palavras que nós humanos nunca ouvíamos, e ao lembrar isso, mais eu me assustava.

Essa era minha primeira aventura sozinho, e no meio do caminho, surgiu mais um problema, pois ao contrário do que eu havia pensado, a caverna, agora de pedra, parou de se estreitar. Na verdade, ela se dividiu em duas, e, agora, eu estava envolto em um dilema pessoal: qual caminho escolher?

Com duas opções de caminho, decidi...

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