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[ChL Design] Retículas, Meio-Tom e Imagem em Traço


Jvchequer

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Hoje vou mostrar algo mais teórico para vocês, porém muito importante para vocês entenderem um pouco do universo de produção gráfica, para podermos fazer nossas impressões sem erros, e da forma mais correta e bonita possível.

 

Primeiramente irei explicar os tipos de Retículas. No meu post Teoria e Elementos da Cor , expliquei o processo de retículas, que são pontos que formam e dão essa impressão de a imagem ser contínua, se possível ler a parte que fala de Retícula, pois é muito importante para o restante do post. A retícula  tem a função de transformar um original (imagem) de tom contínuo em descontínuo. A imagem reticulada, ou seja, formada por pontos de retícula, é chamada de meio-tom.

Agora, existem dois tipos de retículas:

 

 

Retícula Tradicional ou Convencional (AM -Amplitude Modulada)

A variação tonal se dá pelo tamanho do ponto. São vários pontos pequenos de tamanhos diferentes, que obedecem ao tom da imagem original. São eqüidistantes entre si, quer dizer que possuem uma distância padronizada entre os pontos. Esse tipo de retícula cria ilusão de ótica, aonde os formatos dos pontos podem ser quadrados, redondos e arredondados.

 

Ret_cula_4cores.jpg

 

Esse tipo de retícula pode causar o MOIRÉ (Moarê), fenômeno de sobreposição de retículas na mesma direção. Ocorre pela falta de registro (sinal gráfico) entre fotolitos ou se a imagem é “reticulada†pela segunda vez, como quando você vai scannear uma foto, ela já é reticulada, e será passada digitalmente de novo, sendo assim reticulada novamente.

 

reticula-1024x450.jpg

 

 

Retícula Estocástica ou FM -Freqüência Modulada

Tem os pontos de igual tamanho, e a aproximação dos pontos define a tonalidade. A distribuição espacial dos pontos é feita por software. Mais pontos geram áreas mais escuras e conseqüentemente menos pontos áreas mais claras. É usada no processo de impressão digital.

Esse tipo de retícula deixa a reprodução com alta qualidade (fotográfica), maior riqueza de detalhes e evita Moiré.

 

estocastic.gif

 

 

Meio-Tom e Imagem em Traço

Em um desenho animado ou em histórias em quadrinhos, os personagens e demais elementos vi suais geralmente têm seus contorno delimitados por traços, que são preenchidos por cores chapadas (uniformes, sem variações). No entanto, no nosso dia-a-dia, não é assim que vemos as coisas. Em vez de traços, percebemos o limite dos elementos visuais por variações de tons (os meios-tons) – sejam eles abruptos (quando há um grande contraste entre os elementos) ou tênues (como no caso das sombras, por exemplo). Da mesma forma, não vemos as coisas “preenchidas†por cores chapadas, mas sim por cores repletas de meios-tons.

 

Assim, percebemos as imagens ao nosso redor não através de cores e traços, mas através de meios-tons – que nos dão a percepção das luzes e das sombras, das texturas, da profundidade, etc. É a diferença entre uma fotografia e um desenho simples feito com esferográfica: na foto, as formas são definidas por meios-tons; no desenho, por traços e pelas cores que os preenchem. Na foto, dizemos que há uma imagem em meio-tom; no desenho, temos a imagem a traço.

 

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Imagem em Meio Tom

 

No entanto, não é tão simples reproduzir estes meios-tons num impresso. Para que isso seja possível, é preciso decompor estes meios-tons em pequenos pontos que, variando de tamanho e de cor, misturam-se em nossa visão (porque são minúsculos). Por conta desta mistura ótica, estes pequenos pontos simulam uma variação natural da cor e, assim, também simulam o aspecto “natural†das formas que estão sendo reproduzidas. Estes pontos são organizados numa rede, denominada retícula (ou seja, uma pequena rede). Assim, os meios-tons são obtidos na impressão através do uso de retículas.

 

Muitos processos gráficos utilizam retículas – como o offset, a rotogravura e a impressão digital – e, assim, têm como reproduzir imagens fotográficas com bastante realismo. Se utilizarmos uma lente de aumento (ou um conta-fios, que é o instrumento que os profissionais usam para isso), veremos que trata-se de uma simples simulação, obtida através dos pontos de retícula.

 

Outros processos, por questões tecnológicas, não têm como reproduzir pontos tão pequenos e, por isso, não têm como simular os meios-tons. É o caso da serigrafia (na maior parte das vezes), da flexografia e do cote eletrônico. A plotter de jato de tinta é um caso a parte: embora utilize pontos pequenos, seu meio-tom só é satisfatório quando observado a uma certa distância, devido a baixa resolução do processo eletrônico utilizado.

 

Quando não utilizamos meio-tom, temos uma impressão a traço. O traço é a propriedade de todo elemento impresso que é formado por uma única tinta e, portanto, por uma única cor física: não há meio-tom algum. Por exemplo: os grandes jornais, que são impressos no processo offset, utilizam traço para a impressão dos textos (com tinta preta) e meios-tons para as fotos.

 

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Imagem em Traço

 

Nas fotos em preto-e-branco, estes meios tons são formados apenas com a tinta preta. Nas fotos coloridas, são usadas outras tintas que, na nossa visão, parecem se misturar através de retículas. Cada uma destas tintas é impressa separadamente (ainda que uma logo após a outra, na mesma máquina). Isto significa que um impresso que possui mais de uma cor foi, em realidade, impresso mais de uma vez.

 

Retículas, Meio-Tom e Imagem em Traço is a post from: Choco la Design

 

 

 

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