A Espada dos Orgulhos
Era noite, já havia escurecido à algum tempo, e no ponto mais baixo da cidade tomada pelos anões um jovem deles, descontente com os problemas que tinha e com o seu pai, o rei Badarok, saqueou a sala de tesouros mais preciosos, levou ouro e cristais e aquilo de que se tornaria feliz um dia em pegar, a espada de seu pai, feita de ouro, várias pedras de rubi e lâmina do mais forte e cortante cristal.
O menino Herok fugiu sem que ninguém pudesse perceber, para procurar uma nova mina, para o seu próprio sustento, agora, enfim, teria liberdade de fazer o que quisesse, estava livre de suas obrigações com seus pais e com todos os outros anões, era possível agora trilhar seu próprio caminho. Viajou, por vários dias, procurando alguma caverna onde poderiam se achar grandes e belas pedras preciosas, encontrando no caminho vários obstáculos, como um grupo de lobos, dos quais matou três e deixou um à beira da morte, tudo feito com a sua bela espada, do qual agora se orgulhava de ter roubado e de qual fazia uma máquina assassina, dilacerando todos que o enfrentavam.
Já não era mais o mesmo, agora o gelo do inverno que se passava e do corpo de todos que havia matado nessa jornada, porém queria continuar com sua jornada, e após alguns dias sem encontrar problemas, encontrou finalmente uma caverna, entrou em extâse, poderia ter no local aquilo pelo qual buscava. Entrou na caverna, logo percebeu a grande sujeira, não era provável que tivessem pedras preciosas ali, mas continuou procurando, já estava à quase dois meses à procura delas e nada achava, não poderia desperdiçar essa grande oportunidade, e ao adentrar mais a caverna, só via grande sujeira e terra, buracos e coisas quebradas, um local com pouca iluminação.
Ouviu um barulho, não estava sozinho ali, segurou firme na sua espada, poderia precisar dela à qualquer momento, e quando estava chegando à uma curva, apareceu o que causara o barulho.
Era um grupo de Trolls, a maioria deles fracos e pequenos, mas um aparentava ser o chefe do bando, andava com uma espada também, mas feita de gelo, era uma criatura bem maior que os outros de seu grupo, mais forte e andava à frente, conduzindo os outros. Pararam assustados, e a grande criatura, com raiva perguntou:
-Meu nome é Guraan, mas o que deseja aqui? Qual o seu nome? Esse é nosso esconderijo, saia!
Herok ficou calado, segurando firme a sua espada e sorrindo sarcasticamente para os trolls, pronto para atacar.
Esse ato deixou o monstro nervoso, que repetiu a mesma pergunta, mas dessa vez, gritando, incentivando assim os seus amigos, que eram por volta de 6, para que na hora certa pudessem atacar o visitante indesejado.
-Procuro ouro e outros tesouros nesse local, você possui alguma coisa nesse seu esconderijo?
Falou Herok com calma, motivo que gerou a fúria de Guraan, que levantou sua espada em direção ao jovem anão, que reagiu rapidamente e golpeou com sua espada, dilacerando ao mesmo tempo a espada e o pescoço de Guraan, cujo corpo caiu no chão sujo, morto.
Os outros ficaram histéricos, e com medo, correram do anão Herok, que de um em um, matou todo o bando, como já havia feito várias vezes. Procurou em toda a caverna, mas não achou nenhum tesouro, ficou nervoso, ele queria ser mais poderoso que o seu pai, queria um dia poder voltar à sua terra e esfregar no rosto sujo de seu pai que ele poderia atingir um nível superior à ele.
E com o seu fracasso momentâneo e mais uma vez orgulhoso pela espada que roubou de seu pai, e mais uma vez partiu em sua busca, mas no mesmo dia, fortes ventos gelados bateram nele, que encontrou outra caverna, dessa vez pequena, e precisou passar a noite no local.
Durante o sono, sonhou com sua mãe e sua irmã durante toda a noite, lembrou de como era feliz e como era um ser bom antes de sair em sua jornada. Acordou triste, saiu de sua caverna, olhou para o céu, tentou falar alguma coisa para si mesmo e percebeu que já não podia falar mais, o gelo de seu coração estava tomando-o por inteiro.
Perfurou seu peito na direção de seu coração com os belos e cortantes cristais, sujando a neve com seu sangue, do mesmo modo com que fizera com seus inimigos pelo seu caminho. Acabou com sua dor, agora sim, ele era livre, era bom.
Agora, morto, se orgulhou realmente de ter roubado a espada, agora não faria mais mal à Ninguém.
Esse foi o meu primeiro Roleplay, não sei se ficou bom, nunca realmente tinha feito isso, espero que gostem.
Atenciosamente,
AnyurCT.