O deserto
Balancei a cabeça, não queria me lembrar daquele acontecimento, não naquela hora. Precisava encontrar o Denes. Ara iria ficar para depois, isto é, se eu sobrevivesse aquele deserto escaldante que me encarava.
Eu estava a beira de uma pequena montanha, próximo a ladeira, e com uma montanha gigante atrás e que corria ao meu lado até o horizonte, quase que tocando a cidade que brilhava bem ao sul de onde eu estava. Não conseguia imaginar quantos dias seriam necessários para atravessar aquele deserto, mas eu estava disposto a chegar a cidade.
- Exiva "Denes - Apontava naquela direção, com certeza ele estaria na cidade.
Para minha sorte o sol já estava se pondo, talvez eu conseguisse cobrir uma boa parte do deserto antes do amanhacer.
Andei por quase uma hora, não via nada nem ninguém, exceto areia. Era algo incomodo, já estava bastante escuro, olhava para os lados não via nada além da minha magia para iluminar, vez ou outra eu podia ouvir algo como se fosse um animal correndo. Não agüentei a curiosidade e o nevorsismo e sussurrei:
- Utevo gran lux... - estive usando a magia fraca para economizar minha mana. Instantaneamente meu campo de visão praticamente dobrou e foi diminuindo rapidamente até estabilizar, pude ver que havia uma pequeno grupo de hienas próximo a mim. Peguei meu machado e gritei brandindo-o para tentar espantá-las, mas ocorreu o contrário do esperado. Parecia que elas estavam aguardando eu parar para descansar para me atacar desprevinido, no entanto pela minha ameaça resolveram dar o bote antes. Eram três contra um, mas com certeza mal mal sairia arranhado daquela pequena batalha. Elas vinham correndo juntas a primeira pulo em minha direção, está foi partida ao meio pelo meu machado, não teve tempo nem de ganir de dor. As outras duas, ouviram o barulho do corpo morto caindo no chão e foram olhar o que tinha ocorrido, foi tempo o suficiente para eu me livrar de mais uma, decepando sua cabeça. A última quis correr, mas a segurei pelo rabo, aquela desgraçada poderia chamar reforço. Puxei a maldita com força, jogando-a perto do corpo morto das outras duas, ela vendo que não teria saída resolveu atacar. Diferente dos outros movimentos, desta vez eu bati com o machado chapado na cara dela, quebrando a mandíbula e provavelmente destroçando todos os ossos faciais. A bichinha caiu morta ao meus pés.
Apesar de não ter sido muito cansativo, seria interessante caso eu parasse para descansar, pelo menos para a noite eu teria bastante comida. Cortei alguns pedaços das coxas e guardei na minha mochila, andei mais uns quinze a vinte minutos, o cheiro de sangue atrairia novas feras e eu não estava muito animado para lutar. Acendi uma fogueira e tentei durmir. Mas pesadelos horríveis rondavam minha cabeça a cada cochilada...