Glória ao Gigante
As lendas, mitos e histórias, são sem sombra de duvida, a maneira mais impactante de restaurar lembranças. Fazem renascer lendas e criam heróis, tornam mortais em deuses e carregam a emoção de um tempo e seu povo. Imagine-se em um mundo diferente de tudo que você já viveu, de tal maneira que se desligue de inseguranças e medos, então, concentre-se. As palavras penetravam em minha mente, pouco a pouco meus pensamentos se voltavam a sua voz, e tão somente a imaginação tomava o lugar da realidade. Seus contos eram míticos e sua sabedoria incomparável, sua idade, um segredo. A quantidade de detalhes, a emoção transpassada em gestos lentos circulando o ar, a calma voz pausada, fazendo a ansiedade chamar por cada próxima indagação.
Um senhor, barbas brancas como a neve do amanhecer, uma túnica azul já um pouco batida pelo tempo o cobria as costas e um chapéu mágico lhe protegia a cabeça, cansava-lhe os pés um par de botas brilhantes, eram relíquias, fonte de energia e talvez o que o tivesse mantendo vivo por longas gerações. Estava pronto para mergulhar em mais um de seus contos incríveis.
Fardos observou sua majestosa criação e sabendo de cada linha da história que já projetada estava, o observou. Tamanha força e sagacidade, uma obra prima que já tinha seu propósito definido, uma batalha épica entre aquele que foi chamado de o gigante da terra contra o demônio das águas.
Nenhum venceu a batalha. Um desapareceu nas águas e nunca mais tornou a aparecer entre os terrenos. Já o outro, a grande criação de Fardos, teve por destino permanecer em nosso mundo, porém, escondido em uma fortaleza. Enormes galerias abertas pelos anões feitos escravos, ele se abrigou nas profundezas, levou consigo tesouros e por sua vez como toda criação se multiplicou.
Profetas ao longo das gerações fizeram descrições. Ele era enorme, seus ossos eram como tubos de bronze e sua pele como placas de ferro. Você poderia ouvir os passos dele a longínqua, a rotina de arremessar blocos de pedra torneava seus músculos.
O mal criou perversos demônios, que com o tempo se tornaram mais fortes e inteligentes que a criatura dos olhos de Fardos, por pouco não fora extinto. Décadas se passaram e poucos o conheceram como um semideus que foi, poderia encontrá-lo ainda em nosso tempo e com veneração e sabias palavras o consiga algo de bom, um coração perverso cresceu dentro dele e pouco tempo o resta para que se confunda com os demônios criados por Zathroth.
_Erowen.
O chamado de meu nome me despertou, poderia passar dias ali, estático, escutando sobre tamanha e majestosa criatura. O ancião havia me deixado algo a fazer, o procuraria, mas não agora.
Chegaria o momento de procurar por Behemoth e reconhecer sua grandiosa batalha com Leviatã.
Criado por Felipe Lotz
Revisado por Henrique Moura