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  1. Dia 61 – Parte 01 Depois da Batalha Quarta-feira 00:05 AM. Então a menina sumiu lá, eu pensei: “Mas o que foi isso?! ^^” e tudo ficou calmo de novo. Eu olhei em volta e vi todo aquele sangue no chão, nos corpos e disse: Que violência... Parece Half-Life. Naquela parte de Raveholm. Tenso... Edd: E aí? O que vocês vão fazer agora? Então uma senhora que esteve agachada, junto com uma menininha, esse tempo todo, veio até nós e disse: Ahh... Com licença, eu gostaria de pedir desculpas em nome desses homens, que agora estão mortos. Gomen nasai. Hanalu: Que? A mulher: Ah... Desculpe-me. Eu esqueci que vocês não entendem japonês. Eu: Eu entendi. Daijôbu-desu. A mulher: Ah, você sabe falar japonês? Eu: Não, exatamente. É que eu gosto muito de animes e acabei aprendendo algumas coisas. Mas é sério, não precisa se desculpar não. Não era minha intenção chegar a esse ponto. Hanalu: É, o senhor esquentadinho aqui foi quem saiu atacando eles sem se quer perguntar o que eles estavam fazendo. Agora a gente nunca vai saber. Rael: É mesmo, mano... Edd: Ihh, vai ficar me culpando agora, é? Eu: Bom... A gente tem que ir agora, né Rael? Hanalu: Onde vocês tão indo? Edd: É, Enne... Achou alguma missão? Eu: Não. Estou indo procurar a Júh, minha namorada. Edd: Arranjou uma namorada? É sério, Rael? Rael: É... Edd: Olha o NPC, rapaz... Arranjou uma namorada, hein? Finalmente... Eu pensei: “No fim das contas ele ainda é o Edvan. Rs... Estranho.” Eu falei: É, moss... E estou indo atrás dela. Se quiser, você pode vir também. Ele: Hm... Onde é? Eu: Não sei, estou procurando. Ele: Hm... Rael: Então vamos andando. A Hanalu: É mesmo... Ficar aqui está me dando remorso. Então a gente foi andando e o Edd continuou o que ele ia dizer: E os meninos? Já encontrou com alguém por aí? Eu: Já... Já encontrei com o Matheus e o Nathan. E o Bruno. Edd: Ah... Onde eles estão? Eu: Numa cidade aí. É pro leste, a partir daqui. Edd: Ah, uma cidade com umas casinhas velhinhas e de areia? Eu: É... Edd: Ah, eu sei qual é. É Arake. Eu: Arake? Ele: É... É o nome de lá. Arake City. Eu: Hm… Hanalu: Como você sabe o nome de lá? Edd: Uai, eu perguntei. Um cara que estava me vendendo um negócio lá me disse. Então nós continuamos andando noite-à-dentro. Meus pés já estavam começando a doer, de tanto andar. Eu ainda estava um pouco em choque, pelo que aconteceu lá no acampamento. Eu ficava olhando aquelas armas que o Edd estava e ficava reparando no sangue que tinha nelas. Eu pensei: “Se ele fez aquilo como se fosse nada, imagina o que ele já não deve ter feito...” Eu olhei pra trás e vi a Hanalu e o Rael conversando. Eu pensei: “Como eles conseguem conversar e ignorar o que acabou de acontecer?” Eles ficavam falando coisas sobre eles mesmos. O Rael perguntava coisas sobre a Hanalu e ela perguntava coisas sobre ele. Eu pensei: “Meu Deus...” e passei a mão na cara em sentido de desanimo. Nós continuamos andando por vários minutos até que chegou uma hora que a Hanalu disse: Rodrigo... Vamos descansar aqui agora. Estou cansada. Eu: Mas ainda falta muito pra gente chegar na cidade. Rael: Se a gente descansar parar agora, nós vamos demorar mais ainda pra chegar lá e o cara disse que quer chegar lá logo pra não perder tempo. Eu: É... Não quero perder tempo por que essa cidade está na direção oposta da que eu quero ir. Eu tenho que ir para o leste e essa cidade está pro oeste. Hanalu: Então por que você está indo pra lá? Eu: Por que, talvez, elas podem ter passado lá. Edd: Elas? Eu: A Júh e a Amanda. Edd: Uai... Você não disse que era só essa tal de Júh? É Juliana, o nome dela? Eu: É... Mas é só ela mesmo. É que ela foi com a Amanda, a amiga dela. Edd: Ah... Hanalu, com uma cara de manhosa: Hein? Vamos descansar agora...? Eu pensei: “Ela voltou a ser como antes.” E disse: O que vocês acham? O Rael: Você que sabe, mano... Dessa vez eu não me importaria de descansar não, mas se você quiser continuar... O Edd: Eu também... Hanalu: Olhaí... Por favor...? Eu, com um suspiro, disse: Hm... Tabom. Vamos descansar. Mas cada um na sua casa. Não quero esse tanto de macho na minha casa não. O Rael perguntou pra Hanalu: E você, onde vai ficar? Ela: Na casa do Rodrigo. Eu sei que lá tem duas camas e eu já estive lá, então... Né, Rodrigo? Eu: Uhum... Edd: Então beleza... Falou, Enne. Até amanhã. Falou, Rael... Rael: Falou, mano... Eu: Falou pro seis... O Edd já ativou o gerador dele e já foi entrando na casa. Eu ativei meu gerador e fui entrando também. A Hanalu veio comigo. Então a Hanalu parou, olhou pra trás e disse: Tchau... Até amanhã. =) Eu olhei e vi que era pro Rael que ela tinha dito isso. Então ele ativou o gerador dele. Todos nós moramos em casas humildes. Se uma tinha uma coisa que a outra não tinha, faltava uma coisa que tinha na outra. Eu fui entrando em casa e, de novo, foi como se eu tivesse saído daquele lugar e estivesse chegando em casa depois de muito tempo. Eu cheguei, sentei no sofá e a Hanalu disse: Nossa, isso me trás lembranças. Eu olhei pra ela e me lembrei do dia em que ela apareceu na área, do mesmo jeito que ela estava agora. Eu falei: Rs... É... Aqueles eram bons tempos. Eu ainda pensava que esse lugar era bonito, eu estava feliz com a Júh e nós tinha... E dei um sorriso, depois de todos esses últimos dias sem sorrir. Mas logo em seguida me senti sozinho de novo. Eu me lembrei daquela noite... Do toque da Júh, das carícias antes de dormir, do jeito que ela sorria quando olhava pra mim... Eu pensei: “Aff... Por que eu não saí atrás dela logo de cara?... Droga!...” Então a Hanalu disse: O que foi? Está nervoso? Eu: Não... Só... Quero encontrar ela logo. Eu me sinto muito sozinho, sem ela. Hanalu: Mas você não está sozinho. Eu estou aqui... Se você precisar. Eu olhei pra ela e pensei: “Ela ainda está com isso?” E disse: Por que você faz isso? Mesmo eu estando com a Júh, você diz essas cosias. Eu nem estou com clima pra isso. Você viu o que acabou de acontecer. Hanalu: Eu sei. Eu só quero dizer que eu estou aqui pra te fazer compania e que não precisa ficar triste assim. Então eu me lembrei do dia que ela tinha me beijado e disse: E aquele dia? Por que você me beijou? Ela ficou calada uns segundos e depois disse: Ah... Aquilo. Bom... É que... Parecia que tinha alguém me falando o que fazer. Então fui lá e fiz... Por quê? Você não gostou? Eu: E era pra gostar? Hanalu: Desculpa... Não faço mais, então. Eu: Hm... =/ Acho que vou banhar e dormir logo. Hanalu: Tabom... Então eu me levantei e fui em direção ao banheiro. Banhei, talz... Quando saí, eu fui até a sala e vi ela lá sentada. Eu falei: Eu aí? Vai banhar também ou não? Hanalu: Hm... Acho que vou sim. Eu: Beleza... Então eu espero aqui. Então ela foi lá. Eu fiquei pensando no que eu tinha que fazer agora, no que eu ia fazer, no que tinha acontecido, até que me veio a lembrança do que o Edd tinha feito. Era violento, ver aquelas coisas. Sim, era... Mas é que nem uma amiga minha disse: “Quando essas coisas acontecem na nossa frente, de repente, a gente não sabe o que fazer e, muitas vezes, a gente nem fica tão traumatizado quanto ficaria se fosse num filme.” Por que, num filme, a gente já espera que aquilo aconteça e, na vida real, não. Então, eu me lembrava e tentava não lembrar na mesma hora. Eu tentava me lembrar da Júh. E acabava me lembrando mesmo. Dos dias que a gente era só amigos, na sede treinamento, das noites que nós ficávamos até tarde conversando, dos momentos que a gente sorria junto. Eu pensava: “Mas será possível? Ela foi a única menina, na minha vida toda, com quem eu tive esse tipo de amizade, cara... Tem lógica? Eu nunca pensei que ela se apaixonaria por mim do jeito que ela disse. (Suspiro) Júh...” Cara... Eu estava mesmo preocupado com ela e me moendo por dentro, ao mesmo tempo. Eu pensei: “Ainda mais depois de ver aquele poder dela. Depois de vê-la com aquelas asas... Foi inexplicável. Ela era, com certeza, minha anja. Uma Anja Linda. Eu tenho que encontrar ela o mais rápido possível!...” A Hanalu saiu do banho, veio até a sala e disse: Pronto... Já terminei. Eu: Hm... De boa... E fui me deitar. A Hanalu veio atrás e disse: Rodrigo... Por que você quer tanto achar ela assim? Você ama mesmo ela? Eu: O que você acha? Eu amo... E eu posso falar isso com toda clareza pra quem quiser ouvir: “Eu Amo a Juliana”. Por quê? Hanalu: Mas... Eu acho que não vou conseguir nada de você mesmo, né? Eu: Não, não é assim... Eu posso ser seu amigo. E quando eu falo “amigo” eu quero dizer “amigo mesmo”. Você pode até ser que nem a menina que eu conheci aqui, mas mesmo assim eu ainda posso continuar sendo seu AMIGO. E nada mais, se for isso que você quer. Ela: Você está me dizendo que, se eu quiser algo além da amizade, você... Eu: Claro, se eu também quiser, né? Ela: Ah... Claro. Bom... Então acho que vou dormir agora. Já que você não quer nada comigo mesmo. Eu: Para com isso. Eu não acabei de dizer que, se você quiser ser minha amiga, eu não aceitaria? Então... Para de dizer que eu não quero nada com você. Ela: Não... Tudo bem. Eu não vou ficar triste não. Eu: E por que você fica dizendo que acha uma gracinha, eu e a Júh juntos? Sendo que você, na verdade, fica aí... Se remoendo por dentro. Ela pensou um pouco e depois disse: Sei lá... Eu acho que... Não sei. Eu não soube o que dizer, então. Ela deitou, cobriu a cabeça com a coberta, eu fiquei olhando durante alguns segundos, depois apaguei a luz e me deitei também. Eu pensei: “O que dizer...?” E disse: Talvez você goste de sofrer... Então me virei pra parede e dormi. Continua... Participação Especial “Rael” no papel de “Rael” “Edvan” no papel de “Edvan” © 2010-2012 RP Audio & Visual Todos os Direitos Reservados.
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