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  1. Dia 57 – Parte 02 A Versão de Hanalu Então a gente foi passando pelo meio daquele matagal mais loko lá... Estava interessante porque estava de manhã. (Kabulozamente falando, é claro...) É que eu acho legal ver o sol brilhando kabulozamente, deixando o dia bonito. E também olhar pro lado e ver a Júh sendo iluminada por aquele brilho mais top do sol, estava deixando o dia mais bonito ainda. Ela olhou pra mim e sorriu. Eu sorri também e segurei na mão dela. Então a gente continuou indo rumo à cidade sem nome. O vento começou a agir de novo... A gente ouviu barulhos no meio do mato e eu senti várias presenças físicas ao nosso redor também. Eu já peguei minha varinha e a Hanalu disse: Prepara aí... Parece que são muitos. A Júh disse: Revelação! Então eu senti algo parecido com uma explosão de ar saindo dela, que fez os bixos aparecerem. Eles pareciam fantasmas e ficavam pegando fogo. Um fogo azul meio verde. Bem estranhos... Devia ter pelo menos uns sete ao nosso redor. Eles vieram se aproximando da gente devagar. Eu acho que eles ainda estavam pensando que nós não podíamos vê-los. A Júh disse: Nossa! São... Ahh... Eu não sei o que são. A Hanalu: Rá!... Rsrsrs... Finalmente alguma coisa que você não sabe. E cortou um deles no meio, fazendo as partes dele explodir. Então os outros perceberam que não estavam mais invisíveis e começaram a ficar preocupados. Eu falei: Parece que eles não são de nada sem a invisibilidade. A Júh: É mesmo! Rá! E usou um poder neles que acertou uns três. Então eles começaram a correr da gente. A Hanalu disse: Rá, não vão não... Rá! E, com um golpe só, acertou mais três. De repente ela sumiu e apareceu do lado de outro Bixo e usou uma runa que fez o Bixo ser fatiado e explodido kabulozamente. Eu falei: REM!... ^^ Você também usa runas? Ela: Rum!... Mas é claro! A Júh: Todos podem usar runas, meu bem. =) A Hanalu: É... Mas tem as runas que são melhores para alguns do que para outros. Por exemplo: Essa que eu usei é uma runa física. Que dá ataques físicos. Você viu como ela fatiou o Bixo, não foi? Então... A Júh: É... E a gente, que somos... Uma classe mágica, digamos, usamos mais as runas que dão ataques mágicos. Eu: Hm... Suspeitei desde o princípio. Então eu olhei pro chão e vi uma caixa parecendo um baú, parcialmente enterrada no chão. Eu pensei: “Hã? Que isso?” Eu peguei a caixinha e abri. Tinha uma varinha brilhante lá dentro. A Júh disse: Olha!... Uma varinha! Ela pegou a varinha de uma vez da minha mão e tentou usar. Ela disse: Deixe-me ver... Que magia eu tento? Então apontou pra Hanalu e disse: Curar!... Mas não aconteceu nada. Ela disse: Uai... Ah nem... Nem é pra mim. Eu disse: Deixe-me ver... Ela me deu a varinha, eu apontei pro alto, me concentrei e disse: Lanças de Gelo! Então as laças se formaram numa intensidade maior que antigamente, quando eu as usava. Elas se formaram e foram lançadas pra cima também numa intensidade maior que antes. A Júh disse: Nossa... Essa foi forte, hein? Eu: É... Parece que ela deixou meu poder mais forte... A Hanalu: Mas é claro. Essa varinha é melhor que essa outra sua. Eu: Aff... E olhei pra cima pra ver até onde as lanças tinham ido. Então vi que elas estavam caindo de volta. Eu falei: Nuss! E puxei a Júh pra longe. A Hanalu era rápida e não fez nem esforço para se desviar. Eu e a Júh caímos no chão e a Hanalu disse: Você está louco, é? Por que você não usou outro tipo de poder? Estava na cara que essas lanças, por serem de gelo, iriam subir e depois descer!... Eu: Foi mal... Quando eu olhei, eu vi as lanças enfiadas no chão lá. Eu pensei: “REM!... Que loko... Do nada, lanças de gelo, enfiadas no chão, no meio do nada.” Eu ajudei a Júh se levantar e disse: Diculpa, morzinho... Rs... Foi sem querer. Ela: Rum... Presta atenção, né? Eu: A Hanalu: Vamos... E a gente continuou... Eu resolvi levar a varinha. Ela podia ser muito útil mais pra frente. Então a gente continuou indo na direção de uma floresta que tinha em frente. Ainda estava longe da floresta. Eu olhei pro lado e vi uma árvore. Eu olhei pros outros lados e disse: Que doido... Uma única árvore no meio desse matagal todo. Então eu me lembrei de uma coisa... Tamanho Original Eu pensei: “Hã? Não pode ser... Aff... ^^” E era lá mesmo. No mesmo local em que eu havia “aparecido”. Eu pensei: “Nossa...” E disse: Olha... Foi aqui que eu apareci. Era aqui que estava minha casa, quando eu acordei aqui... Nesse mundo. A Júh: É? Eu: É... Eu me lembro daquela árvore. E, agora que eu estou vendo, ela é a única aqui no meio desse matagal todo. Rs... Que doido... Eu olhei pra direita e vi a floresta na qual eu encontrei aquele homem que ajudou a encontrar a Hanalu. Então eu disse: Olha lá, Analuh... Foi lá naquela floresta que eu encontrei você. É lá que tem aquela caverna que você estava. Ela olhou, ficou feliz por um instante e depois ficou séria de novo. Ela disse: Hm... Eu não gosto de lembrar daquilo. Isso me faz lembrar quanto tempo você me deixou esperando lá. A Júh: Ei! Espera aí... Você fala como se ele tivesse deixado você esperando de propósito. Eu: É... Hanalu: Hm... Eu: Aliás... Por que você dizia que eu sempre fui assim? Eu nem sabia quem era você até você aparecer pra mim naquele dia, lá na sede. A Júh: Isso foi quando, hein Rodrigo? A gente já se conhecia? Eu: Não... Isso foi no primeiro dia em que eu cheguei lá. Eu tive que trocar de roupa e ela veio com esse papo de “não me deixe”. A Júh: Como assim? Por quê? Então a Hanalu começou a andar pro rumo em que a gente já estava indo, deu um suspiro e disse: Bom... Já que vocês querem mesmo saber, eu vou contar. Mas vamos continuar andando, se não, a gente não chega lá na cidade hoje. Então nós fomos seguindo ela e ela começou a dizer: Bom... Pelo que a Kaeriro me disse, isso foi há uns 3000 anos atrás. Eu pensei: “Putz! ” E ela continuou: Bom, como eu posso dizer...? Eu te conheci... Foi no dia em que cheguei aqui. Eu ia numa feira de tecnologia, com meus colegas, testar esses novos capacetes de realidade virtual. Eles eram três e ganharam um concurso pela internet, mas tinham que levar mais duas pessoas. Então eles me perguntaram se eu queria ir também... Eu falei que queria. Eles me perguntaram se eu conhecia mais alguém que poderia ir com a gente e eu indiquei minha irmã. Nós duas somos muito viciadas nesses tipos de jogos, sabe? Eu pensei: “Rum!... ^^ Que doido” Ela continuou: Eles disseram que tudo bem e então a gente foi. Foi bem no começo... Ainda não tinham muitos desses capacetes, como eu vejo que tem hoje. Era nos primeiros meses de lançamento. Os meninos ganharam entre milhares de pessoas. Mais de milhões de pessoas estavam participando também. Eles tiveram uma sorte desgramada. A gente ia poder usar 04hrs do capacete e não ia pagar nada. Então nós fomos... Chegamos lá, eles nos explicaram o funcionamento do gerador, da InP e de tudo que a gente precisava saber. Nós nos posicionamos nos nossos lugares e colocamos o capacete. Então... Acordei em casa. Foi estranho, aquilo. Foi como se o que aconteceu na feira tivesse sido um sonho. Eu acordei achando estranho e tentei ligar pros meninos. Mas, nem meu celular, nem o telefone fixo, estavam funcionando. Eu achei estranho, aquilo também. Então eu pensei: “Rum... Que estranho...” E fui... Assistir TV. Afinal, eu estava em casa e ainda não sabia que eu estava aqui, nesse mundo. Eu me sentei no sofá e vi o gerador e a InP na mesinha da sala. Eu pensei: “Que isso?” Então me lembrei do “sonho” e pensei: “Era disso que os cientistas lá da feira estavam falando?” Então coloquei a InP na orelha. Você sabe que, quando a gente a usa pela primeira vez, ela toma a forma da nossa orelha pra ficar confortável, né? Eu: É... Ela: Então... Eu coloquei e ela começou a se mexer na minha orelha. A Júh: Ai... Nem me lembre... Eu: Rs... A Hanalu: Eu pensei que era uma lagarta tentando se enrolar na minha orelha, então fiquei quietinha. Nem quis colocar a mão pra ela não “queimar” meu dedo. Rs... Então ela parou. Eu fiquei pensando que ela iria me queimar então balancei a cabeça pra tentar derrubar ela, mas você sabe que ela não sai assim, tão fácil, depois que toma a forma da nossa orelha. Eu: É... Ela: Então... Aí, eu peguei o gerador e o usei pra tirar a InP da orelha. Ela saiu e caiu na mesinha lá, toda dura. Fez barulho de plástico e eu pensei: “Hã? É plástico?” Então bati o gerador nela e fez barulho de plástico. Eu pensei: “Nossa!...” Passei a mão na orelha e me deu repugno. Eu pensei: “REM!... Igual a mim, rsrs...” A gente chegou à floresta e ela continuou: Eu a peguei na mão e senti que era de plástico mesmo. Eu falei: Mas o que está acontecendo aqui? Então eu olhei no gerador e vi que tinha um botão em cima. Eu o apertei e então a ponta dele se abriu e aquela lente que tem nele brilhou e a casa sumiu. Eu caí no chão porque eu estava sentada no sofá e... Sabe quando você vai sentar numa cadeira, mas aí alguém a puxa e você senta no chão com tudo? Rs... Foi assim. Eu caí e vi que não estava mais no meu bairro... Sem falar no fato da minha casa ter simplesmente sumido diante dos meus olhos... Aquilo foi inexplicável. Eu fiquei... Sem palavras. Eu me levantei e vi que estava numa montanha. Na verdade eu estava ao sul de Ab’Dendriel. Depois do pântano, naquela subida que tem lá. Estava de manhã, o dia estava bonito. Lá de cima dava até pra ver a cidade, mas eu não pensava em outra coisa, a não ser: “Onde é que eu estou?!!! ” Eu falei: Rs... Que doido... Igualzinho a mim... Rsrs... Ela: Eu pensei no que eu devia fazer e decidi ir pra cidade. Lá, talvez, eu achasse alguém que pudesse me explicar o que estava acontecendo. Então fui descendo a montanha... Fui passando pelo meio daquela floresta e continuei indo. Eu nem sabia que tinha uma estrada bem ali perto e que eu podia ter ido por ela. Eu fui descendo e fui ficando com medo a cada passo. Eu estava totalmente sozinha ali, eu não sabia onde era esse “ali”; e não sabia como eu tinha ido parar “ali”. Então tudo começou a ficar escuro e com uma neblina no ar. Eu fui ficando com medo, com medo... Eu não sabia nem como eu ainda conseguia andar de tanto medo que eu estava. Aquela neblina foi surgindo tão sorrateiramente que, quando percebi, eu já estava na beira do pântano que tem lá. Estava um clima muito... Muito calmo. Nessa hora subiu um arrepio no meu corpo, de tão kabulozo que é imaginar uma coisa dessas. Um lugar ultra-tenebroso desses, que ela disse. Rs... Eu acho muito kabulozo. Então ela continuou: Aquelas águas que borbulham como se estivessem fervendo. Aquela sensação de que tem sempre alguém te observando... Eu sempre pensei que isso de ter sempre alguém te observando era uma coisa sem lógica, mas quando eu cheguei lá eu pude perceber como era. Era mesmo uma coisa estranha... Ela fez uma cara de quem está arrepiando e disse: Isso me dá até arrepios, só de lembrar. Então eu decidi rodear o pântano. Porque, passar pelo meio dele é que eu não ia, né? Então fui caminhando pela beirada dele. Eu fiquei com medo até de voltar, pois lá pra cima também tinha muita neblina. Se eu tivesse voltado, eu veria o sol e tudo mais, mas... Eu estava com medo de mais. Então ouvi alguma coisa se mexer na água. Eu olhei e meu coração já disparou... Fiquei morrendo de medo. Não estava conseguindo ver nada. Então ouvi algo se mexer na água de novo. Eu olhei pra trás, mas não vi nada, de novo. Eu ouvi a água se mexendo atrás de mim de novo, só que dessa vez, eu sabia que tinha alguma coisa lá. Eu fui olhando de vagarzinho e vi... Um monstro de lama gigante na minha frente. Então gritei... Ele tinha uns olhos demoníacos, era todo de lama e barro que ficava escorrendo nele. Eu fui andando pra trás e caí de bunda no chão. Fui me afastando pra trás e então ele deu um rugido escroto. Eu fechei os olhos e a boca. Eu olhei pra ele e vi que ele parecia furioso. Então ele veio pra me devorar! Aquela boca enorme dele foi se abrindo e vindo na minha direção pra me comer e eu fechei os olhos e fiquei quieta. Eu pensei que seria meu fim bem ali... Daquele jeito. Então eu só ouvi um barulho de relâmpago e ouvi o barulho do bixo explodindo em cima de mim. Eu fiquei toda coberta de lama. Eu abri meu olho esquerdo e vi que ainda estava viva. Meu lado direito estava todo sujo e gosmento com a lama do bixo. Então percebi que tinha uma luz azul iluminando tudo. Então eu olhei e vi você lá... Eu: Eu? Ela: É... A Júh: Mas como? Ela: Eu não sei. Eu: Mas eu cheguei aqui há pouco tempo... Como podia ser eu? Você deve estar se confundindo. Ela: Não... É sério. Era você. Você estava flutuando no ar e a sua mão tinha uma... Fumaça azul brilhante. Só que essa fumaça não era uma fumaça qualquer. Parecia que... Ela respondia a você. E ela estava fazendo tudo ficar iluminado. Você estava com uma roupa bem diferente dessa. Era uma roupa comprida, preta, com uns desenhos de fogo, nas mangas e na barra da capa. Ela combinava com você. Claro que, na hora, eu nem tinha notado isso. Só agora, lembrando de tudo, que eu posso analisar direitinho. Então você veio andando no ar e pousou na minha frente. Eu estava maravilhada, pois era a primeira vez que eu via alguém andando no ar, diante dos meus olhos. Então eu acho que ela começou a se lembrar de maneira detalhada do momento e ficou com um olhar distante, enquanto contava: Então você pousou na minha frente, se agachou, apontou a varinha pra cima e a luz que estava na sua mão foi tipo que cuspida pela varinha, pra cima. Então ela ficou lá, flutuando em cima de nós... Rs... Eu me lembro disso como se fosse ontem. Você limpou meu rosto e disse: Tudo bem? Eu fiquei sem palavras, né? Aquilo tudo foi muito de repente. Então você disse: Meu nome é Rodrigo... E o seu? Eu falei: Hanalu... Você: Rs... Prazer em conhecê-la. Então você me ajudou a levantar e disse: Vem... Deixa que eu te ajudo a sair daqui. Então você foi me levando através do pântano. Você me mostrou a estrada que tem lá, sabe? A gente conseguiu atravessar o pântano e saímos da neblina. O dia ainda estava bonito fora da neblina. Quando a gente chegou numa distância segura do pântano, você disse: Pronto... Acho que agora você já consegue ir sozinha, né? Deu um sorriso... E saiu voando... Rumo à cidade. E rápido. Aquilo foi muito... Muito... Repentino. Do nada eu me vejo em perigo e um cara vestindo uma roupa mais... “Kabuloza”, como diz você... E me salva. Rs... Que estranho. Lembrando agora... Eu acho que naquela hora... Eu já tinha me apaixonado por você. Eu pensei: “Uh! ” A Júh: O que? Ela: Calma... Isso foi naquele tempo... Hoje... Não quero nada com ele não. Naquele tempo, que eu estou falando. A Júh: Hm... Eu: Continua. Ela: Então eu fui pra cidade lá... Fiquei sabendo das sedes de treinamento... E decidi que iria ficar forte pra que não ficasse mais com medo, igual eu tinha ficado antes. Então me disseram que se eu queria ser corajosa, eu tinha que ir pra sede dos espadachins... E foi o que eu fiz. As pessoas me falaram dos Travores e eu pedi ajuda pra eles. Veio um menino lá, de uns... “Vinte-e-poucos” anos. Eu disse pra ele onde eu queria ir e ele disse pra eu subir nas costas dele que nós iríamos voando. Ele disse que não gostava de perder tempo e por isso era pra eu me segurar. Então subi nas costas dele e ele saiu me levando de cavalinho. Rsrs... Foi incrível, aquilo. Era igual estar indo numa montanha russa, quando ela vai subindo pra depois descer de uma vez. Só que daquela vez ele foi só subindo. Era estranho olhar pra baixo e ver o chão ficando cada vez mais longe; e saber que eu estava mesmo voando. Ele estava rápido, mas eu não sentia vento nenhum nos olhos. No corpo sim, um pouco. Mas nos olhos não. Era como se eu estivesse de óculos. Ele ia voando rápido, passando entre as nuvens, por cima, por baixo. Eu disse pra ele descer pra eu ver como era por baixo das nuvens. E ele desceu... Eu olhei aquela paisagem linda e fiquei impressionada. Eu soltei as mãos, abri os braços e gritei: Uuuuuhuuuuuullll!!! xD Então o cara disse: Se segura! Se segura!! Então eu me segurei e, na mesma, hora passou outro cara voando e se desviou da gente. Ele quase bateu em nós. Eu disse: Mas o que foi aquilo?! Ele: Foi um cara desajeitado que não olha pra onde anda. Por que ele não vai pela Via Expressa?! Eu: Via Expressa? Ele: É... Vou te mostrar. Ele começou a subir entre as nuvens... E então passamos num vazio entre uma nuvem e a outra. Tamanho Original Eu olhei aquele horizonte lindo, “kabulozo”... Rs... Nossa, gostei de falar assim. Vou usar também. Eu: Tudo bem... =) Ela: Aí a gente continuou subindo. Eu pensei que era ali, mas não era. A gente saiu da nuvem e eu pude ver... A Via Expressa. Tinha um moooooooooonte de gente passando pra lá e pra cá. Lá na frente, aqui pertinho, na nossa frente, atrás... Em todos os rumos que você olhasse tinha gente passando. Alguns passavam bem a nossa frente como se fosse milimetricamente calculado. Sabe aquela frase: “Todos os meus movimentos são friamente calculados”? Então... Eles levaram isso a sério. Parece que tinha que serdaquele jeito. Ele disse: Essa é a Via Expressa. É por aqui que todos passam pra poder chegar mais rápido onde querem chegar. Eu olhei pra baixo e vi que estávamos mesmo mais rápidos. Então ele disse: Viu só? Aqui, além de te deixar mais rápido, te deixa invisível e imperceptível, pra quem está lá em baixo. Nem monstro, nem pessoa podem te ver. Eu achei aquilo tudo muito lindo. Então ele apontou pra baixo e o dedo dele começou a deixar um rastro, igual quando alguém passa o dedo na água. Ele disse: Viu? Essa camada te deixa imperceptível pra tudo que está lá em baixo. Eu coloquei a mão e vi que estava deixando rastro também. Eu não estava sentindo nada, mas estava deixando rastro. Então a gente começou a descer. Ele me deixou na sede de treinamento e eu comecei a ter aulas. Lá não tinha diferença entre como agir com um homem e como agir com uma mulher. Tudo que os homens faziam, as mulheres também podiam fazer e tudo que as mulheres faziam e que você pensasse que era só de mulher, os homens também tinham que fazer. Lá não tinha isso não. Quando eu entrei lá, eu só conseguia levantar um peso de 30 quilos, a uma altura de uns 05 cm do chão. Depois que fizemos o ritual pra liberar a nossa força interior, eu já podia levantar esse mesmo peso até a cintura e ainda ficar alguns segundos com ele na mão. Então eu fui treinando... Treinando forte! Antes eu conseguia cortar um galho da grossura do meu braço até a metade. Depois do ritual, eu conseguia cortar galhos da grossura da sua cintura. Eu pensei: “Uh! ^^” Então ela continuou: Então eu fui treinando e ficando cada vez mais forte. Até que eu consegui passar no teste final deles. Eles me disseram pra ir até uma vila pesqueira que tinha ali perto porque lá estava tendo invasões constantes de monstros. Eu pensei: “Rsrsrs... É perfeito pra eu treinar minhas novas habilidades.” Eu cheguei na vila e fiquei lá o dia todo. Quando chegou a noite, os bixos começaram a aparecer. Eu estava conseguindo cortar eles no meio só com um golpe. Era como se tivessem colocado gelatinas pra eu cortar. Então eu fui pra cortar um deles, mas ele explodiu na minha frente. Eu logo percebi que era outra pessoa. Eu olhei e vi que era você. Eu pensei: “Aquele menino! ^^ Como era o nome dele?... Ehh” Então eu me lembrei e falei: Rodrigo! Você... E você disse: Como você sabe meu nome? Quem é você? Com essa frieza. Eu te falei do dia em que você me salvou lá no pântano e você se lembrou. Então tudo ficou bem de novo. A gente ficou viajando junto durante umas... 02 semanas. Então você disse que tinha que partir porque você ia fazer uma coisa muito importante e não podia me falar o que era. Então você sumiu... Durante uns 05 meses eu fiquei sem uma noticia se quer sobre você. Eu comecei a ficar triste. Desde que você partiu, eu já comecei a ficar triste. Eu estava gostando de você e de repente você some sem falar por que... Eu pensei que você não gostava mais de mim. Quando eu disse que você tinha me salvado aquela vez, você disse que entendeu, mas ficou com uma cara quem estava pensando que eu estava inventando. E durante aqueles meses, sozinha, eu só fui ficando mais e mais triste. Eu não sabia por que eu estava ficando triste, mas hoje eu sei. É por que você não estava comigo. Eu pensei: “Hm...” E ela continuou: Então, uma noite, eu estava caçando numa praia ao norte daqui e percebi que o céu estava muito bonito. Então eu resolvi colocar minha casa ali na areia da praia mesmo. Eu coloquei, mas aí eu não lembro direito o que aconteceu. Pois só sei que quando eu acordei você estava me levando nos braços e... Ela parecia estar tentando se lembrar, enquanto dizia: Então eu percebi que eu fiquei feliz em te ver. Por que você estava bem e tinha voltado pra me salvar. Então eu fiz você prometer que nunca mais iria me abandonar daquele jeito. Você disse que sim. Então... Eu me lembro de acordar naquela caverna... Mas eu não tinha corpo. Eu estava enxergando tudo azul. Então... Eu percebi que estava sozinha de novo. Eu não sei o que aconteceu naquela praia, mas... Acho que não adiantou muito, né? Você me deixou logo em seguida. E... O resto você já sabe. Eu me lembrei do que aconteceu naquela praia e fiquei pensando: “Karak... Que história...” A Júh disse: Mas agora me fala uma coisa... Se o Rodrigo chegou aqui no dia em que ele diz que chegou... Como você diz que aquele era ele? Ela: Por que era, cara... Vocês não tão acreditando em mim? Era ele sim... O rosto, o corpo, o cabelo. Até esse jeito doido de falar e agir. Ele só estava mais sério do que agora. Eu: Mas então, por que eu não me lembro disso? E... Também não tem lógica. Eu cheguei aqui depois disso. Como isso é possível? Ela: Eu não sei... Só estou contando o que aconteceu. Vocês queriam saber a verdade... Essa é a verdade. Tudinho... Vocês acreditem ou não. Eu fiquei pensando: “Mas como?...” Então chegamos ao portão oeste da cidade. Eu pensei: “Aff... Do nada o Rael deve estar griladão porque a gente demorou...” E pensei também: “Rs... Que coisas lokas são essas que estão acontecendo comigo?” Continua... Créditos Pelo nome da cidade de Ab’Dendriel. Todo o resto é de autoria própria. © 2010-2012 RP Audio & Visual Todos os Direitos Reservados. No Blog: Capítulo 69 Neste Capítulo, nossos heróis se encontram com seus amigos do passado. Seus amigos já estão evoluídos ao segundo nível de força e dão uma notícia preocupante a eles. Confira qual foi essa notícia preocupante e confira também os outros capítulos!
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