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  1. Dia 59 – Parte 02 Sentimentos à Flor da Pele Eu realmente não sabia o que fazer. Então fui procurar os meninos. Eles estavam lá embaixo. Eu cheguei lá e disse pro Matheus: Matheus... Você sabe onde tem um lugar pra gente lavar nossas roupas? Ele: Eu não... Nem conheço nada aqui, uai. Você está doido? Eu: Hm... Deixa pra lá... Eu precisava mesmo lavar minha roupa. Ela estava muito suja. Ainda mais depois de andar num lugar cheio de sangue daquele jeito. Então voltei pro quarto e perguntei pra Hanalu. Ela: Hm... Não sei não... Eu também sei quase o mesmo tanto que vocês, Rodrigo... Eu também sou só uma jogadora, lembra? Eu: Nó... É mesmo, hein? Você é só uma jogadora. Escuta... Você... Como você se sente tendo que agir assim? Tipo... Ter que me proteger. Ela: Ora... Eu só estou fazendo a minha obrigação. Eu: Mas, tipo... Você é um player. Você... Não tem vontade de sair e... Evoluir, que nem a gente, não? Ela: Não... Sinceramente? Não. Eu só quero te proteger. Se você estiver bem, eu vou estar. Eu: Mas por quê? Por que você faz isso? Ela ficou calada, foi no rumo do sofá, tirou a espada do suporte que ela tem na cintura, e, quando ela se sentou, o sofá começou a se transformar e a transformar o lugar ao redor dele. O chão começou a se transformar, as paredes ficaram com umas luzes brancas atrás e, de repente, o quarto inteiro ficou tipo “do futuro”. Com uma aparência bem moderna. Então percebi que o sofá estava flutuando. Eu falei: O que foi isso? Ela: Bem vindo lugar onde eu fico quando não estou com você, Dicídia. Tamanho Original Eu falei: Dicídia? Ela: É... Eu: Por que você me trouxe aqui? Ela pensou um pouco e disse: É por que... Bom... Eu não sei se você se lembra, mas naquele dia... Que você e a Juliana... Ahh... Bem... Eu estava lá. E... Eu acho que... Eu só consegui voltar à forma humana por que... Eu tive ciúmes de vocês dois. Eu: Mas você sempre disse que gostava de ver nós dois juntos... Que te deixava feliz. Ela: E eu fico feliz quando vocês estão juntos. É que... Eu não sei o que... É como se... Não... Eu quero fazer isso! Ahh... Eu quero mesmo te proteger! Custe o que custar. Eu... Acho que... Eu amo você. Eu: ‘-‘ Ela: É sério. Eu acho que... Essa é a única explicação pra eu querer tanto te proteger assim. Eu fiquei indignado e saí falando comigo mesmo em voz alta: Mas esse jogo só pode estar de brincadeira comigo... Primeiro, eu chego aqui, e encontro uma menina linda, “doidinha”, que gosta de ficar nua em casa. Depois, eu simplesmente descubro que você... (Apontando pra Hanalu) Era aquela luz! Depois, eu encontro com a Juliana... E não é uma Juliana qualquer, é “A Juliana”... A menina perfeita que eu e meu amigo Bruno ficávamos sempre imaginando. Depois, por incrível que pareça, ela aceita namorar comigo. Começa a me chamar de meu benzinho, meu amor... Depois, ela diz que tem uma amiga que se chama Amanda. Que é “A Amanda” do Bruno... Depois, você aparece na área de casa com um corpo diferente e diz que você e a Kaeriro se uniram e viraram uma. Depois, eu encontro com essa Amanda e vejo que ela é mais bonita do que eu tinha imaginado. Depois, eu encontro com a Kaeriro, que você pensou que tinha sumido quando, na verdade, ela só tinha perdido a forma humana dela pra você. E agora, eu descubro que você está apaixonada comigo... Ela: Espera aí... Você disse que a Kaeriro está viva? Eu: É... E sem falar que ela é simplesmente linda também! Ela: Ela perdeu a forma humana dela pra mim? Eu: É... Mas, agora, o que eu quero saber, é só uma coisa: Fala, que dia que isso tudo iria acontecer COMIGO! Fala... Não!... Sem falar que, agora, a Júh fugiu pra encontrar com a Amanda... Né? E eu estou aqui... Lokão falando com uma menina linda, que mora aqui... Nesse lugar. Que eu não sei onde é... E ela acabou de me falar que me ama!... E que teve ciúmes de mim!... Ela: Ei! Ei, ei! Espera aí... Se você acha que eu estou inventando... Fique sabendo que não estou não! Eu estou falando sério! Eu: Eu sei!... E é isso que está me deixando indignado! Como que é possível uma menina linda que nem você... Uma não! Uma não!! Que, com você... Já é a segunda! A segunda que me fala uma coisa dessas! Cara, isso é... Sem lógica, vey... Sem lógica! Ela: O que é sem lógica? O fato de eu estar apaixonada por quem salvou a minha vida? Duas vezes! E que prometeu que nunca iria me deixar e acabou sumindo na mesma hora que fez essa promessa! Hein?! O que é sem lógica?! O que?! Fala! Se você tivesse acabado de chegar nesse mundo e uma menina linda, superforte tivesse salvado sua vida... E depois vocês se encontrassem mais vezes... E depois essa mesma menina salvasse sua vida de novo, o que você faria, Rodrigo?! Hein? O que você teria feito? Diz... Diz... Diz que você não ia gostar nem um pouquinho, assim, dela... Hein? Na hora que ela disse essas coisas, eu senti vontade de chorar. Eu não sei se era por que eu estava sentindo o que ela estava sentindo ou... Se foi por causa da Júh, mas... Eu não sei o que foi. Então o quarto começou a voltar ao normal e ela saiu nervosa, batendo porta do quarto. Eu fiquei lá... Pensando. Olhei pra fora e vi que já tinha ficado a noite. Fui lá até a sacada e fiquei olhando a rua. Então pensei: “Se eu fosse bonito e tivesse acabado de chegar nesse mundo... E uma menina, do meu nível de beleza, que eu não sei qual é... Tivesse me salvado... E depois, nós nos encontrássemos mais vezes e depois ela me salvasse de novo... Eu ia ficar com vergonha de ela ter me salvado, já duas vezes. Mas acho que não ficaria apaixonado por ela não... Sei lá... Talvez... Se ela parecesse realmente forte e... O jeito de ela agir fosse um jeito interessante, talvez eu pudesse gostar dela. Pelo menos um pouco que fosse”. Então me lembrei da Júh e pensei: “Mas que droga que eu estou pensando, cara? Eu deveria estar mais preocupado com a Júh, vey! Se fosse que nem nos filmes, o cara já teria saído há muito tempo pra procurar ela. E ainda teria feito os amigos dele ir junto com ele, ou então os deixava pra trás, só pra ir atrás dela. (Suspiro)” Então olhei lá embaixo, na rua, e vi a Hanalu saindo. Ela saiu e foi caminhando. Eu fiquei olhando... Então Matheus abriu a porta do quarto e disse: Rodrigo... A menina lá está indo embora lá, oh... Aquela... Qual é o nome dela? Eu não me virei pra ele, para dizer: Hanalu. Ele: É... Ela. Eu perguntei onde ela estava indo e ela disse que não sabia. Você sabe onde ela está indo? Eu: Não... Ele: Hm... Vocês dois estão de boa? O que ela é sua? Eu: Nada... Eu me virei e completei: Só amiga. Ele: Hm... E sua namorada? Você não vai atrás dela não? Então eu vi o Rael passando no corredor, lá fora. Eu falei: Não... Ele: Por que não, moss? Você vai deixar ela sozinha? Eu: Ele: Hein, moss? Vamos lá, moss... Se você quiser eu vou com você e a gente deixa pra procurar os meninos depois... Hein? Eu: (Suspiro) Não sei, vey... Ela disse que não precisava me preocupar. Ele: Mas mesmo assim, cara... Você tem que ir atrás dela, uai. Vai deixar a menina andar por essas florestas ai sozinha? Essas florestas aí, que você sabe que estão cheia de Bixo, aí... Eu: Ela sabe voar, ela deve ter ido voando. Ele: Aff!... Ela foi voando? ^^ Eu: É, moss... Esqueceu? Ela é uma Alada. Os alados têm asa, esqueceu? Ele: Ah é... Bom... Faz o que você quiser, mano. Nós estamos aí pra dar apoio. Eu: Beleza... Então fiquei lá... Pensando. Pensando no que eu ia fazer sem ela. Então eu me lembrei do que a Amanda disse: Aqui, o tempo em que vocês perdem descansando, vocês poderiam estar usando pra ficar mais fortes... =) E pensei: “Hm... Ela está certa...” Então tive uma ideia: “É isso! E se eu ficar mais forte, pra ajudar a Júh? Ela não vai mais precisar sair assim.” Então me lembrei do que a Kaeriro me disse: É por causa disso que eu estou aqui. Eu vim te mostrar a sua habilidade. Mas primeiro você tem que controlar a sua mente. Não deixe que seus medos tomem conta de você. Ou isso trará consequências graves. Principalmente a sua raiva. Eu: Mas eu não fico com raiva tão fácil assim. Ela: Exatamente. Por isso que ela é a mais perigosa. A raiva reprimida costuma explodir uma hora. Principalmente se você não tem controle sobre você mesmo. Ouviu bem? Estou dizendo que, se você não tiver capacidade pra usar todo seu potencial, não é culpa minha. Eu me lembrei também daquela hora em que tentei usar o tornado e ele saiu fraco porque eu não consegui dar toda a mana que ele queria e também me lembrei do que o professor disse: Ele disse que, quando eu conseguisse controlar aquela magia perfeitamente, eu estaria pronto para ir ao segundo nível das magias. E quando chegasse lá, eu iria poder usar mais magias que eram bem mais fortes do que as que eu tinha agora. Então pensei: “Então é isso... Eu tenho que ficar mais forte!” Eu fui até os meninos. Cheguei lá em baixo e eles estavam lá conversando. Eu cheguei neles e falei: Ow, seus doido!... Chega ae... Então a gente foi lá fora e eu falei: Então... Eu estava pensando o seguinte: Vamos treinar? O Matheus: Agora? De noite? Eu: É... Agora. O Nathan: Oh o Interpol, rapaz... Ficou brabim... xD Eu: Não, moss... Vamos treinar. É sério. Eu contra vocês. O Nathan: Você está loko?! Mesmo se fosse só eu e você, você não ia dar conta. Eu: Eu sei... É por isso que eu quero treinar com vocês. Pra poder ficar mais forte. Vamos? O Matheus: Rs... Aiaiai... Olha só, hein? O Nathan: Perdeu a namorada e ficou grilado com a gente. Eu: Eu não perdi ela não, ow! Ela foi atrás da Amanda lá... Eu também não estou grilado não. Eu só quero ficar mais forte, cara... O Matheus: Então bora, então. Bora Rael? Você ilumina lá pra nós. Eu: Precisa não, eu tenho uma magia que ilumina. Mas se você quiser... O Rael: Vocês que sabem, mano... O Matheus: Beleza, então vambora... Então a gente foi lá para aquelas ruínas lá. Estava escurão lá fora, por causa das luzes da cidade. A gente foi chegando lá e o Nathan falou: E ae Rodrigo? Usa ae a sua magia lá pra gente ver. Eu: Utevo Lux. E fiquei brilhando. O Nathan: Aff! Você está parecendo o Edward do Crepúsculo! Kkk... Então a gente foi entrando e eu falei: Hein Nathan? Pelo menos a minha magia ilumina de verdade. Não é só aqueles brilhinhos esquisitinhos. O Matheus: É... Rs... A gente chegou lá no meio daquele lugar grande, o Rael subiu lá ao segundo andar e o Matheus disse: E aí? Como é que vocês vão fazer? O Nathan: Bora só eu e você, Interpol... Vamos x1. Eu: Beleza... O Matheus vai ser o juiz. O Matheus: Beleza... Vou ficar ali em cima. E foi pra cima da escadaria lá, lembra? Então... Eu: Beleza... E dei um pulo pra trás. O Nathan: O que foi? Está com medo? Eu vou de vagar pra você. Eu: Não, moss... Você tem que vir com tudo! Se não eu não vou ficar forte. Eu tenho que dar conta de, pelo menos, parar vocês, pra ficar mais forte. O Rael: Ah nem, mano... Essa luz sua ae não está iluminando direito não. Vou não usar uma aqui, beleza? Eu: Beleza... Então ele lançou uma flecha bem na ponta de uma das madeiras que tinha no teto e ela começou a brilhar forte, igual uma lâmpada bem forte. O Matheus: Ae... Agora vai dar pra eu ver direitinho. Eu pensei: “Pelo menos agora eu vou poder me esconder, se for o caso. Com aquela luz no meu corpo, ele ia me achar fácil.” Então o Nathan disse empunhando sua espada: E ae Rodrigo? Estou indo... Eu: Beleza... Então eu já me preparei e comecei a ficar focado na presença física dele pra não perder ele de vista. Eu pensei: “Lá no Perfect pode ser que você vença de mim, pois os movimentos do carinha lá são limitados. Aqui, eu posso me esquivar como quiser... Também não dá lag... Eu sei que isso permite que você ataque de maneiras diferentes, mas eu já estou preparado pra isso também. Bom... Vamos ver como eu me saio de verdade. Ele deve ter a mesma força da professora lá. Tomara que sim...” Então eu fiz um movimento com a varinha pra que a mana fluísse o tempo todo, durante a luta. Esse movimento faz com que seja possível ver rastros de mana na ponta da minha varinha. O Nathan viu isso e disse: Oh!... ^^ Então vamos ver, Interpol!... Vamos ver se mago é bom mesmo... E veio com tudo! Eu concentrei a mana na varinha pra que ela ficasse resistente e a usei para me defender. Eu me defendi, mas percebi que a força dele não era igual a da professora. Ele era mais forte. A pancada que ele deu na minha varinha fez sair uma explosão de vento no rumo que a espada dele estava indo. Eu pensei: “REM!... Top...” Então usei o clone de areia pra me defender e ir pra trás dele. Ele continuou com a espada na minha varinha e fez força só pra eu ver que ele era mesmo forte. Então ele cortou meu clone de areia. Ao perceber que era um clone, ele disse: Hã?! Eu: Lanças de Fogo! E as laças de fogo foram no rumo dele, mas ele pulou pra trás pra esquivar. Ele se esquivou e disse: Karak!... Olha o Interpol, menino! O Matheus: Fodão... Então o Nathan veio no meu rumo de novo. Eu me defendi de novo e percebi que ele estava colocando força de novo pra me mostrar que ele era forte. Eu: Não é só com a varinha que eu posso atacar... Espíritos Anciões! Então os espíritos de cinco anciões da magia apareceram ao meu redor e foram acertando a barriga dele. Cada um que acertava, o fazia voar mais alto. No quinto, ele já estava mais alto que eu e próximo da escadaria onde o Matheus estava. Ele caiu no chão com tudo e depois eu o ouvi dizendo, com a espada encostada na minha nuca: É? Eu também tenho meus truques, Interpol... Eu pensei: “O que?! Quando foi que...” Então usei o clone de areia pra escapar de novo. Então ele falou: Também não adianta usar esse seu truque barato de novo não, Interpol! Eu sei que você está aí. Então percebi que ele tinha se distraído e voltei pro meu corpo original para usar aquela magia: Exevo Gran Mas Flam! Então o chão, ao meu redor, explodiu em chamas. Aquelas chamas não me queimavam, pois foram feitas usando a minha mana. E a mana reconhece o seu dono. Eu falei: Como foi que você fez isso? Eu pensei que tinha te acertado com os espíritos anciões. Ele falou enquanto se levantava do chão todo queimado: Rs... Eu também pensei que você tinha usado aquela magia de clone lá. Eu: Mas eu tinha usado. Você apenas me deu uma vantagem ao se distrair comigo. Ele: E você também conseguiu me acertar com aquela magia. Só que eu aprendi que, no exato momento em que você cai, o inimigo abaixa a guarda. Eu pensei: “É verdade... No momento em que ele caiu, eu deixei de sentir a presença física dele por um segundo. Mas... Quando foi que ele ficou tão esperto assim?” Ele disse: Está legal, Interpol... Já brinquei de mais com você. Já chega de brincadeiras! Agora eu vou lutar a sério... Eu: Beleza, então... O Matheus: Ah nem, Nathan... O Rodrigo não está nem sujo, cara... Ele: Eu estou vendo, você acha que eu sou burro? Mas agora ele já era. Agora eu vou com tudo, Interpol! Ahh!!! Continua... Créditos Pelo design de “Hanalu” Pelo nome de algumas das magias utilizadas Participação Especial “Jhionathan” no papel de “Nathan” “Lightning” no papel de “Hanalu” “Matheus” no papel de “Matheus” “Rael” no papel de “Rael” Todo o resto é de autoria própria. © 2010-2012 RP Audio & Visual Todos os Direitos Reservados.
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