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  1. Dia 55 – Parte 01 De Volta à Ação Quinta-feira 09:15 AM. Então eu acordei. Lembrei que estava na casa da Júh. Levantei meio que sem saber o que fazer e sentei na beira da cama. Pensei: “E agora? Como é que eu vou escovar os dentes?” Então percebi que teria que colocar minha casa em algum lugar e então eu poderia escovar de boa. Já que eu não tinha escova lá na casa da Júh. Então pensei: “Será que ela ainda está dormindo?” Então fui ver. Abri a porta e vi que a porta do quarto dela estava aberta. Dei uma olhada lá dentro e não vi ninguém. Pensei: “Droga... Acordar por ultimo, na casa dos outros é foda.” Então vesti a capa da Kaeriro e resolvi descer pra ver se ela estava lá embaixo. Fui descendo a escada e, logo de cara, vejo ela na cozinha, só de roupas de dormir, fazendo alguma coisa. Eu me aproximei e fiquei encostado na parede olhando ela. Então ela disse: Bom dia. Dormiu, hein? Eu: Rs... Bom dia. Tudo bem? O que você está fazendo aí? Ela: Café da manhã. O que mais poderia ser? Eu: Rs... Foi mal. Não pergunto mais... Ela: Rs... Estou brincando... Olha... Eu não sabia do que você gosta então... Fiz só pra mim. =7 Tem nada não, né? Eu: Não... Pode deixar que eu faço o meu. Então ela foi pra sala, eu fui pra cozinha fazer meu lanche e ela disse: Escuta... É melhor você ficar mais atento, viu? Eu: Por quê? Como assim? Ela: É que existem muitas pessoas más por aí que entram nas casas dos outros e matam eles só pra roubar. Eu: Eita... ^^ Ela: É sério. Minha amiga... A que me falou desse jogo, me disse que, da primeira vez que ela veio aqui, um cara tentou fazer isso com ela. Mas ela deu sorte que tinha outra pessoa com ela na casa. Aí o cara salvou ela. Mas ela disse que deu muita sorte, porque se o cara não estivesse acordado bem na hora, ela já era. Eu: Mas quando a gente morre aqui, não volta pra cidade não? Ela: Rsrsrs... O que? Lol... Você está doido? Isso é um jogo de realidade virtual... Você acha o que? Vai saber o que acontece... Só quem já morreu que pode falar... Eu: Uai... Mas eu pensei que voltava. Ela: Não... Nem sei o que acontece... Eu: Você nunca viu alguém morrer aqui não? Ela: Não... Faz só cinco meses que eu estou aqui, lembra? Eu: Ah, é mesmo... Você disse... Espera aí... Você colocou quanto tempo? Quero dizer... Você vai ficar aqui quanto tempo? Ela: Ah... Não sei... O tempo que eu quiser. Eu: Nossa... Está tipo em aberto? Ela: Não. É que eu estou na casa do meu primo. O pai dele é cheio da grana e comprou o capacete pra ele. Aí eu pedi pra ele deixar eu jogar um pouco também. Acho que ele também está jogando. Ele tem dois capacetes. Eu: Credo... Quanto deve custar esse capacete...? Ela: Hm, eu não sei... Mas que deve ser caro, com certeza deve ser. Eu: É... Nem me fale... Eu estou jogando na lan house. Ela: Nossa então, uai... Você que é rico então... Onde você arrumou tanto dinheiro pra jogar na lan house. Sim... Por que deve ser o zói da cara, não é não? Eu: Não... É que eu e meus colegas somos os melhores clientes de lá, então o cara lá deixou a gente fazer o “teste drive”. Ela: Hm... Eu: Falando nisso... Eu devia ter pedido ele pra colocar mais tempo. Tipo umas duas horas... Ela: Hm... Você colocou quanto? Eu: Ela: Hm... Eu ouvi falar que cada hora lá equivale a um ano aqui, né? Eu: É... Ela: Hm... Nossa... Então falta pouco pra acabar seu tempo, hein? Já é quase novembro. Eu quase cuspi o leite que estava tomando e disse: O que?! Novembro? Ela: Uhum... Eu: Uai, mas quando eu entrei no jogo era Maio. Eu fiquei quanto tempo dormindo? Ela: Rs... Não, seu loko... Aqui no jogo que é Outubro. Vai ser novembro, entende? Não tem nada a ver com o tempo real não... Quando você sair ainda vai ser em Maio. Eu: Ah, tah... Aqui tem seu próprio tempo... Rs... Legal... =7 Ela foi pra cozinha e disse: Uhum... E aí? Já decidiu o que você vai fazer agora que é um Mago, oficialmente falando? Então eu lembrei de tudo que eu passei na sede de treinamento, de tudo que eu fiz pra chegar até aqui... E comecei a sentir a mana fluindo dentro de mim. Então caiu a ficha de que eu era mesmo um Mago... Mas não era só de brincadeira... Era sério, o bagulho, mano... Como diria um colega meu, o Bobz: “É tenso, o bagui, mano...” Rs... Então pensei: “É, cara... Magia na veia, mano... É tenso...” Então fiquei empolgado e a Júh disse: Ow, ow, ow!... Vai com calma ae, senhor Mago... Esqueceu que eu estou aqui? Toma cuidado com essa presença sua ae, uai... Eu: Ah... Desculpa. É que eu empolguei um pouco. Então comecei a ficar empolgado de novo, sem querer. Então comecei a sentir o ar ao meu redor ficando mais pesado. Mais pesado, mais pesado... Então falei: Que isso? Olhei pros lados e vi que era a Júh liberando seu poder mágico. Eu falei: Ah, é você. Para ae, ow... Então ela parou e disse: Uai... Eu falo pra você parar e você continua. Eu também tenho presença, se você se esqueceu... Eu: Calma... Já disse que me empolguei. Foi mal... Ela: Rum!... Então toma cuidado. O poder dela era tenso. Quase fez meu leite ficar achatado. Rs... Mas que estava tenso, estava... Então ficamos de boa... Terminamos de tomar o café da manhã e a Júh subiu pra trocar de roupa. Então eu abri a porta da sala e, do nada, eu vejo aquela vista kabuloza do mar e a sede de treinamento ao longe... Quase sumindo numa nevoa kabuloza. Aquela nevoa normal do horizonte que vai deixando tudo azul. Então eu falei: ERREM!... E pensei: “Isso sim é que é morar num lugar bem localizado. E bota tenso nisso... Rs... Muito, loko” Então eu falei: Você já viu a vista daqui de cima? Ela: O que tem? Eu: Noh, fih... Está loka... Olha só. Ela veio até a porta e viu. Ela disse: Hm... Linda, hein... Eu, olhando pra ela: Poizé... Ela: Vamos?... Então a gente saiu e ela usou o gerador pra casa voltar. A casa sumiu e eu pensei: “Essas coisas kabulozas... Só a “ultra-tecnologia” invadindo o mundo...” Então ela disse: E aí?... Pra onde a gente vai? Então eu pensei um pouco e falei: Bom... Pensei mais um pouco e completei: Bom, eu ainda não sei onde os caras estão... A gente podia sair procurando eles. Ela: Hm... Pode ser... Aí a gente vai ter a nossa primeira aventura. Rs... Tabom. Ah! Também a gente podia... Não! Vamos procurar minha amiga, primeiro...? Eu: Que amiga? Ela: A que eu te disse que... Foi ela quem me falou desse jogo. Lembra? Eu: Ah... Mas você sabe onde ela está? Ela: Uhum... Eu: Ah... Mas você sabe onde ela está e eu não sei onde os caras estão. Vamos fazer assim: Vamos atrás dos caras primeiro, aí, no caminho, a gente passa lá onde ela está... Ela: Hm... Você é mal... Você nem deixa eu fazer o que eu quero. Eu: Eu deixo... Não estou falando que a gente vai nela? Só que eu faço tipo... Unir o útil ao agradável... Entende? A gente vai procurar os cara... Útil... Aí, no caminho, a gente já passa lá onde ela está e já pega ela... No caso seria o agradável, mas você me entendeu... Né? Ela: Hm... Você está é tentando me enganar com esse papo seu aí... Eu: Rs... Não... Você sabe que não. Você é inteligente... Você entende esse tipo de coisa. Eu sei disso. Ela: Hm... Tabom então... Vamos... Então a gente foi saindo de Comodo, rumo a Ab’Dendriel. A Júh falou: Mas você nem sabe onde eles podem estar? Eu: Não... Ela: Olha aííííí... Você nem sabe pra onde tem que ir e quer que a gente vá procurar eles primeiro. Eu: É por que você... Já sabe onde a... Qual é o nome dela mesmo? Ela: Amanda. Eu: O que?! Amanda? Ela: É... Por quê? Eu: Ah, não... Você só pode estar de brincadeira comigo... Então olhei pro céu e comecei a dar trela: Destino!... Ah não, destino!... Uai!... Está lokão, hein ow?!... Aff vey... Sério, cara? Ela: É... Eu: Ah não, cara... Não é possível, vey... Não... Você está de brincadeira comigo... Você me conhece... Você me conhece de algum lugar... Você pesquisou minha vida e agora está tentando fazer alguma coisa comigo. Ou então só pode ser uma pegadinha. Ok! Podem sair... Cadê as câmeras? Pode sair povo! Vamos... Ela: Rsrsrs... Não ow... É sério... Por que você está duvidando? Eu: Não, vey... Não é possível um negócio desses... Ela: Por quê? Fala... Eu: Não... Se eu falar, você não vai acreditar. Ela: Então fala. Já que eu não vou acreditar mesmo, então pode falar. Eu: Rs... Não... É uma coisa loka de mais... É sem lógica. Está fora das compreensões humanas. Ehh... Vai além da imaginação. Você não vai acreditar. Ela: Aff... Você está é loko já... Vamos logo então. Já que você não quer me falar o que é... Eu pensei: “Karak, vey... Que dia que isso pode ser real, vey... Ela só pode ser uma NPC. Que nem a Samanta.” Então falei: Você... Ehh... Como eu posso dizer isso... Ehh... Então parei e pensei. Ela deu um suspiro de “De novo cara? Não cansa não?” e ficou me olhando. Eu pensei e resolvi falar: Olha... Você tem certeza disso que você está falando? Ela: Mas é claro... No mundo real, eu falei com ela ontem. Eu passei a mão na cara com uma expressão de “Ah não, cara... Não é possível isso, vey...” E pensei: “Desde quando isso é possível, cara? Não pode ser...” Então falei: Tabom... Vou te falar. Mas só quando meu amigo Bruno estiver perto. Por que ele também tem que ouvir isso. Aliás, ele tem que ver isso... Se não ele não acredita em mim. Vamos... Eu fui andando ainda encabulado com aquilo. Então depois que eu desci o morro onde nós estávamos, eu olhei pra trás e vi que ela tinha ficado lá parada. Eu gritei: Ow, doida! Vamos... Então ela veio. Quando ela me alcançou eu disse: O que foi? Por que você ficou lá parada? Loka... Ela: Para de me chamar de louca. Não sou louca... Rum... Eu estava... Estava... Pensando o tanto que você é loko. Eu: Eu? Rs... Aiai... Tah, vamos... Então a gente foi caminhando. Logo vimos um Lobo das Montanhas. Ele era maior do que os lobos normais. A Júh disse: Olha... Um lobo. Eu: Uhum... Já vi. Então preparei a varinha. A Júh disse: Vai que eu te curo. Eu: Tah. Então o lobo percebeu que a gente estava se aproximando dele e começou a rosnar. Eu falei: Calma, cachorrinho... Vamos brincar um pouco. Ele veio correndo pro meu rumo, latino, babando... Então, quando ele pulou pra me acertar, eu esquivei pro lado e pensei: “Hm... Parece que ele não é tão rápido...” Então eu percebi uma presença física atrás de mim e a Júh disse: Cuidado!! E apontou pra trás de mim. Eu pensei: “Como eu pensei...” Então usei o Clone de Terra que aprendi nas aulas do professor Juca e fui parar atrás do que estava atrás de mim. Os dois quase acertaram a cara um do outro. Então a Júh disse: Ataca! Eu: Calma!... Deixa eu pensar... Então os dois vieram pra cima de mim de novo e eu comecei a correr normal. Depois eu pensei: “Já sei!...” E disse: Utamo Vita! Então se formou um escudo mágico ao redor do meu corpo e eu pude ficar de boa pra lançar magias. Eu comecei a ir pro rumo da Júh e vi que ela tinha corrido um pouco atrás de mim. Então eu disse: Cuidado!! Usa Utani Hur ou aumenta a velocidade! Sei lá... Então ela usou Kyrie Elision em mim, usou Utani Hur nela e saiu correndo. Eu pensei: “Ô, meu Deus... Agora não vou saber se meu Utamo Vita funfa mesmo.” Então parei e os lobos me alcançaram. A Júh disse: O que você está fazendo!? Corre! Eu: Aguenta! Então os lobos começaram a me atacar. Quer dizer... Atacar o escudo da Júh. Era uma proteção verde, redonda, formada por vários hexágonos, que formavam uma bolha ao meu redor. Havia símbolos neles, mas eu não sabia o que era. Parecia que os alados e os Travores tinham alguma coisa a ver com outras culturas que eu não conhecia. Então eu percebi que o escudo dela estava quase acabando. Então eu disse: Não joga outro escudo não! Vou fazer uma coisa... Barreira de Fogo! E pulei pra trás. Os lobos eram burros. Eles ficaram tentando atravessar a barreira. Mas ela causava um dano que empurrava os bixos pra trás. Então eu falei: Lanças de Fogo! Então se formaram lanças de fogo ao meu redor, apontadas pra onde eu queria. Elas foram na direção dos lobos e acertaram um deles. A barreira abriu uma brecha e o outro atravessou. Eu disse: Vem!... Então ele me mordeu bem no braço. Mas eu não senti e joguei ele pra trás. Ele saiu arrastando no chão. E eu disse: Ataque Espiritual! Então eu vi a alma do Bixinho explodir diante dos meus olhos. Eu pensei: “REM!... É mais tenso do que eu pensei que seria...” Então o outro pulou no meu pescoço e me derrubou. A Juliana disse: Luz Divina! Então um círculo luminoso, com uma cruz estilizada, saiu das mãos dela e acertou o Bixo. Ele caiu no chão, mas se levantou e foi correndo no rumo dela. Ela disse: Hur Down! Então parecia que o lobo começou a correr em câmera lenta. Eu pensei: “REM!...” E a Júh disse: Ajuda! Eu levantei e disse: Rajada Congelante! Então uma rajada de gelo foi na direção do lobo e congelou ele. Eu pensei: “Agora, pra acabar...” E disse: Relâmpago! E saiu um raio da ponta dos meus dedos e explodiu o lobo, coitado... Eu pensei: “É... Acho que estou de boa com os poderes.” Então a Júh disse: Essa foi boa... Né? Eu: É... É bom entrar em ação depois de tanto tempo sem ver a natureza. Ela: É mesmo. Eu olhei pras folhas das arvores e pensei: “É... Agora sim estou de boa... Agora é só encontrar os caras.” Então falei: Valeu por me ajudar... =) Ela: Nada... Valeu por você me ajudar também. Se você não tivesse congelado ele... Eu: Não... Que isso... No máximo ele te acertaria e você correria... Né? Ela: Hm... Sei lá... Acho que sim... Eu: Então... Aí eu acertava ele com alguma coisa. Então lembrei da batalha. E lembrei do poder fluindo no meu corpo. Essa era uma sensação tão inexplicável que não tem nem como eu descrever aqui... Ela disse: Vamos... Então a gente continuou... Agora era só achar o povão. Continua... . Créditos Pelo nome da cidade de Comodo. Pelo nome de algumas magias citadas. Pelo nome da cidade de Ab’Dendriel. Pelo nome de algumas magias citadas. Todo o resto é de autoria própria. © 2010-2012 RP Audio & Visual Todos os Direitos Reservados. (No Blog: Capítulo 061) "Neste capítulo, nossos heróis terão que passar por uma caverna mística onde mora o terrível Yeti. Eles têm que passar durante o dia para aproveitar o período em que o Yeti dorme. Será que eles conseguem atravessar essa caverna repleta de Trolls da Neve, sem acordá-los?"
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