Bonekinho 0 Postado Outubro 31, 2007 Share Postado Outubro 31, 2007 Sedna submergiu e alcançou o Adlivum, o inframundo esquimó, onde agora governa os mortos. É no Adlivum que as almas se purificam para depois seguirem sua jornada à terra da lua (Quidlivun), onde encontrarão descanso e paz eterna. Quando um inuit morre, ele é envolvido em uma pele de caribu e enterrado. Os corpos dos idosos têm seus pés apontado para oeste ou sudoeste, os pés das crianças devem apontar para leste, dos adultos para sudoeste e dos adolescentes para o sul. Os mortos são velados pelos parentes por três dias com as narinas fechadas com pele de caribu. Para assegurar-se da garantia de boas caçadas e fartas pescarias, os xamãs-esquimós descem para visitá-la, pintando-se e mutilando as mãos. Entretanto, esta viagem é arriscada, com muitos pedregulhos e espíritos maus pelo caminho. Chegando até o castelo de Sedna, o xamã tem a obrigação de pentear seus cabelos e deixá-los limpos para que ela liberte as criaturas do mar para os seres humanos. Na Groenlândia é chamada de Arnakuagsak e no Alasca de Nerrivik. Esta deusa é a protetora dos mares profundos, senhora da vida e da morte, nutridora e guardiã de seu povo, desde que ele respeite as suas leis. Acredita-se que ela tenha o supremo controle dos destinos da humanidade, e quase todos os ritos observados pelas tribos esquimós, têm por objetivo apaziguar-lhe a ira. Sua morada é no mundo inferior, onde vive em uma casa construída de pedra e costelas de baleia. As almas das focas e das baleias procedem, ao que acreditam os esquimós, da sua morada. Quando um desses animais é morto, a alma fica com o corpo durante três dias, retornando em seguida à morada de Sedna, para que esta a mande de volta novamente. Se, durante os três dias em que a alma fica com o corpo, qualquer tabu ou lei é violada, a violação (pitssete) atinge a alma do animal, provocando-lhe dor. A alma luta, em vão, para libertar-se dessa influência, mas é obrigada a levá-la para Sedna. A violação que se prendeu à alma do animal morto provoca, de uma forma que não é explicada, feridas nas mãos de Sedna, e ela castiga as pessoas que são a causa de suas dores, mandando-lhes doenças, mau tempo e fome. Se, por outro lado, os tabus forem respeitados, os animais marinhos se deixarão pegar, e irão até mesmo de encontro ao caçador. O objetivo dos numerosos tabus em vigor depois de abatido um desses animais do mar é, portanto, impedir que a alma sofra conseqüências que também iriam magoar Sedna. Os esquimós não eram um povo ambicioso, pelo contrário, acreditavam que possuir bens em demasia podia trazer azar para a comunidade. Por isso, no dia de comemoração à deusa Sedna, jovens com rostos pintados iam de casa em casa recolhendo comida e peles. No final do dia, as provisões eram distribuídas para aqueles que não tinham o necessário para sobreviver durante o inverno. Para o olhar que receia, tudo é ameaçador, mas Sedna chega até nós para nos lembrar que em lugares profundos e esquecidos podem ser encontrados preciosos tesouros. É mergulhando em no nosso íntimo que descobriremos o senso de nossa própria beleza. A deusa Sedna está dando também seu nome ao décimo planeta recém descoberto em nosso sistema solar. Seus símbolos: a água, o olho e os peixes. Dentre todos os povos "primitivos" que sobreviveram na terra, os inut são os que mais fascinação continuam provocando por sua extraordinária maneira com que enfrentam as duríssimas condições de vida e também por sua peculiar cultura. DANCE SUA VÍTIMA Reserve um horário e um lugar em que não seja interrompida. Coloque uma música e a acompanhe com um tambor ou chocalho. Escolha um lugar bem espaçoso onde possa ter bastante liberdade para se movimentar. Visualize a deusa Sedna e peça para que ela se faça presente. Respire fundo e relaxe. Quando estiver pronta, ligue a música e toque o tambor ou chocalho. Comece dizendo em voz alta: "Eu sou uma vítima!" E continue afirmando isso várias vezes. Deixe que o canto a leve para onde você precisa ir. Grite, lamente e fale tudo que lhe vier na cabeça. Deixe vir à tona o que for necessário vir. Deixe que seu corpo expresse através da dança todos os seus sentimentos. Libere total! Bata os pés com força no chão para extravasar toda a sua raiva. Não hesite em colocar para fora tudo o que está sentindo e continue dançando até se sentir liberta destes sentimentos. Agora entoe as palavras: "Eu sou forte!" e acompanhe a música com movimentos até sentir-se totalmente poderosa, forte e segura. Respire fundo e solte o ar lentamente. Agradeça a Sedna pela sua companhia e ajuda. Seja bem vinda, agora você é uma mulher de poder! Texto pesquisado e desenvolvido por Rosane Volpatto Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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