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The Walking Dead Project.


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FALL OF DENDERIM - Capítulo 9 - Manchester

 

Chegaram em Manchester ao cair da noite. Violet contou a todos como Matt tinha matado o cachorro. Pararam na entrada da cidade para tentar fazer contato com os sobreviventes de lá. O motorista tinha um velho radinho no qual tentava distinguir o chiado forte de estática de algum outro som. Logo um som diferente apareceu. Ligaram o caminhão novamente.

-A propósito, -Disse o motorista- Meu nome é Jim, e o do meu colega aqui é Hendrix. Prazer

Matthew, Thomas e Violet disseram seus nomes.

-Então, a colônia fica em um shopping aqui da região.

-Colônia? –Perguntou Matt.

-É como chamamos os focos de resistência.

O caminhão começou a andar pelas ruas desertas da cidade. Manchester era a segunda maior cidade de Denderim. Várias lojas agora jaziam vazias, zumbis vagavam e gemiam tristemente quando avistavam o caminhão. A colisão com a porteira havia quebrado os faróis, então eles se orientavam com a pálida luz do luar. Chegaram a uma grande construção. Um letreiro dizia claramente no topo: Super Shopping Manchester. Passaram pela entrada e seguiram em direção ao estacionamento. Chegaram a uma entrada escura que levava ao estacionamento. Gemidos fracos de zumbis diziam que estava infestado deles.

-Alo? Estacionamento está infestado, Câmbio –Disse Jim no rádio- Ah sim. Ah sim, sim. Estamos a camin.. Mas o que?

Um grito agudo surgiu de dentro da garagem. Dois zumbis saíram correndo lá de dentro. Correndo e gritando. Jim afundou o pé no acelerador e o caminhão disparou pelo estacionamento esterno. Ouviram os zumbis se distanciando. Devido a caçamba do caminhão ser daquelas fechadas, Matt e os outros não viram o que houve.

-Corredores. –Disse Virgílio

-Dois deles. –Completou Hendrix.

-Corredores –Perguntou Violet.

-Sim.. A gente não faz idéia de como. Mas alguns zumbis conseguem correr.

O caminhão começou a subir uma rampa na lateral do prédio. Ao final da rampa havia uma porta de madeira, que se abriu quando se aproximavam. O caminhão entrou e ouviram a porta se fechar atrás deles. Entraram em outro estacionamento interno, mas dessa vez, as luzes do teto estavam acesas. Desligaram o caminhão. Dois caçadores armados com metralhadoras foram recebê-los. Desceram todos e os cumprimentaram.

-E aí, como vão? Conseguiram sobreviver então heim?

-É o que parece né? -Disse Jim.

-Vamos indo?

-Ei, os caras precisam de um banho. Principalmente o rapaz ali. –Apontou para Matt, banhado em sangue negro. Matt sorriu débilmente.

-Sim, sim. Vamos levá-los até os vestiários.

Subiram uma rampa e se viram em um grande saguão rodeado por lojas. Tudo muito bem iluminado, e com as janelas tapadas. Barricadas de móveis se estendiam pelo saguão, havia mais dois andares acima, que podiam ver claramente pelos parapeitos. Enquanto podia-se ouvir o farfalhar de várias pessoas conversando e rindo alegremente no último andar, foram levados a área dos banheiros. Conseguiram tomar banho e dar uma geral nas roupas, que estavam todas sujas. Saíram e viram os dois homens conversando com um terceiro, este em um sobretudo preto com detalhes brancos. Virgílio, Jim e Hendrix fizeram uma tímida referência quando o avistaram.

-Descansar soldados. -disse o homem- Meu nome é Clifford. Chamem de Cliff.

-Capitão Cliff -começou Virgílio- O que é esse lugar?

Cliff tinha cabelos grisalhos e olhos azuis, era alto e tinha a expressão suave.

-Esse lugar é um shopping Center..

-Duh..

-Digo, agora usamos como campo de refugiados. Conseguimos energia direto de um gerador a gasolina embaixo do complexo, e como também há um posto de gasolina aqui.. Plugamos um no outro e estava pronto. A estimativa é para três anos de luz.Temos provisões também. São quase cento e cinqüenta refugiados.

-Nossa.

-Cada um ajuda como pode. Temos químicos, armeiros, soldados, policiais, doutores, dentistas etc.. –Começaram a andar pelo complexo.- Tapamos todas as janelas e usamos o material de uma loja daqui para isolar as janelas contra som. Fácil usando cem pessoas. Tem uma coisa... que vocês vão gostar de ver.

Começaram a subir as escadas em direção ao último andar. Assim que subiram, se depararam com uma larga praça de alimentação. Colchões tinham sido estendidos por toda a extensão, deixando alguns caminhos vagos e grupos de cadeiras. Várias pessoas que conversavam sentadas pararam de conversar e olharam para o grupo. De repente, só os passos deles ecoavam em meio a multidão de pessoas. Um homem que estava sentado levantou-se. Começou a bater palmas. Logo mais e mais pessoas fizeram o mesmo, até que todos o faziam em uma salva de palmas digna de um auditório. Várias pessoas gritavam coisas como: Pega eles tigrão! Isso aí! Vivos 1, zumbis 0! Continuaram caminhando sem entender, até que entraram por uma porta, que antes era a entrada para um conhecido restaurante de fast-food. Lá dentro, encontraram todos os móveis de cozinha afastados para as laterais da sala, e ao centro uma cadeira, duas mesas juntas, e várias cadeiras voltadas para a mesa. Um pequeno televisor repousava na mesa, e havia um grande quadro negro na parede atrás. Os nove se acomodaram nas cadeiras, Clifford sentando-se na única cadeira atrás da mesa. Mais um homem entrou na sala e sentou-se. Este vestia um sobretudo branco, usava óculos e aparentava ter uns vinte e três anos.

-Bem, estes são Dalton e Aroldo. –Disse apontando para os dois caçadores que tinham ido recebê-los na garagem- E esse de branco é o Doutor Roger, um dos sobreviventes do desastre na Usina Denderim.

-O que foi aquilo quando passamos? –Perguntou Matt.

-Denderin TV.

-Como é?

-Há alguns dias a estação de tv de Denderin deixou de funcionar.

-Sim, me lembro do meu avô reclamando que a tv não funcionava.

-Exatamente. Hoje de manhã ela voltou a funcionar. Esse cara.. Ele se identifica como JV. Ele está fazendo um trabalho fabuloso. Durante o dia ele mostra áreas infectadas, câmeras de segurança da cidade, e pontos estratégicos. Isso vem ajudando bastante os sobreviventes, além de espalhar esperança por aí. Pelo menos agora, a ilha toda sabe do que está se passando. Uma pena que a Estação só consiga transmitir para ilha.

-Ta mais.. O que isso tem haver com..

-Hoje a tarde. Bom, sabem a fazenda que vocês estavam?

-Como sabe que estávamos em..

-Câmeras de segurança. De algum jeito as imagens chegaram na mão de JV.. Te digo, foi um show e tanto.

Clifford ligou a tv e apertou um botão. A imagem mudou de uma tela azul para a imagem de Matt atirando no extintor de incêndio, o extintor voando até o outro lado da sala acertando o cachorro. Matt pensou na reação de seus avós se tivessem visto aquele pequeno espetáculo. O doutor levantou-se e disse:

-Capitão Clifford. Não acha melhor começarmos essa reunião logo?

-Ainda falta mais um espectador.

A porta se abriu e um homem vestido em um sobretudo de detalhes brancos entrou. No seu braço havia uma faixa vermelha amarrada. Viloet, Tom, Matt e Virgílio arregalaram os olhos.

-Capitão Dante. –Disse Clifford.

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