Jvchequer 63 Postado Outubro 18, 2010 Share Postado Outubro 18, 2010 Queridos chocólatras, tudo em cima? Conforme nossa progromação mais que bacanuda, trago para vocês as ilustrações de Lucas de Alcântara (tolagunestro em seu flickr). O cara consegue me deixar de bode. O motivo? Pra fazer esse post eu fiquei mega indecisa em quais ilustrações colocar aqui de tanta coisa boa que ele tem! No linkizinho aí em cima tem MUITA coisa bacana. É pra perder algumas horas, mesmo. O Lucas também é super ativo na comunidade, com estampas no Threadless , perfil no Deviant Art. Ele nos concedeu uma entrevista exclusiva, onde ele conta um pouco mais de si. 1) Em que momento da sua vida você parou e disse: “Eu quero ser ilustradorâ€? Acho que nunca houve um momento específico quando eu me decidi disso. As coisas foram acontecendo com naturalidade e gradualmente, e quando percebi, já era necessário me manter como ilustrador. Como o desenho e arte, na minha vida, começaram em épocas das quais eu nem me recordo, acho que isso foi mais que natural pra mim. É engraçado isso, mas a arte na minha vida é mais antiga que minha mais antiga recordação de infância, então foi gradual e inevitável, na minha opiniáo, eu me transformar em ilustrador. 2) Creio que a grande maioria das pessoas que trabalham nessa área tem suas referências e pessoas em quem se inspiram. Você tem essas referências? Quem são? Eu comecei observando meu irmão mais velho. Ele desenha desde os dois anos. Aos dois anos ele já desenhava bem, acreditem. Durante minha infância toda, ele foi minha maior, e em alguns momentos, a única referência. Somente a partir da minha adolescência eu comecei a ter outros referenciais. Aí foram acumulando os estilos e as artes que me influenciaram e que, de alguma forma, me influenciam até hoje. Giger, Boris Valejo, Dave Mckean, acho que foram os primeiros. Mais recentemente, Bobby Chiu, Iain Macarthur, e mais um milhão de artistas. Acho que, como em tudo na vida, todas e quaisquer pessoas tem algo pra se admirar e se ter como exemplo. 3)Como você faz quando chega a hora de sentar e começar um novo projeto? Qual o processo criativo? Rabiscar aleatoriamente, no ócio, não tem preço. E ao mesmo tempo é baratíssimo! Pegue um papel qualquer que esteja do lado, um lápis ou uma bic… e rabisque. O rabisco aleatório, pra mim, é o começo de metade das minhas artes. É com rabiscos soltos e livres que se constrói uma boa composição, um bom movimento, um bom fluxo de objetos nos desenhos. A partir desses rascunhos é que você fortalece a idéia que antes era muito abstrata ou muito inconsciente. A partir desses rascunhos aleatórios, tendo um conceito previamente ou não, que eu começo minhas artes. Depois, eu procuro sempre traçar no papel, e finalizar, caso seja necessário, digitalmente. Pelo menos em algum estágio do desenvolvimento artístico, por ser intuitivo, tem que haver o toque de aleatoriedade, de acaso. Só depois tem o lugar para a parte técnica. 4) Todos os profissionais de criação enfrentam, uma hora ou outra, o temido bloqueio criativo. Como você lida com ele? Eu procuro não tentar criar, de forma alguma, nesses períodos. É como o mocinho do filme de faroeste fala pra quem cai na areia movediça: “tente não se debater muito”. Eu procuro acumular referências, visitar sites dos meus favoritos, enfim, alimentar-me de arte alheia. 5) CD: No Chocolá Design, recebemos muitas perguntas de pessoas que estão começando na área, sempre querendo saber onde procurar, onde fazer cursos e como seguir na carreira. Que dica você daria a elas? Indiferente de quais ferramentas você consiga, quais cursos você faça, ou quais materiais você estude, o mais importante é praticar. Praticar à exaustão. Ninguém, acho, contratará você somente pelo título impresso no papel do diploma. E você consegue muito, muito mesmo, se você praticar e se você ama o que você faz. E procure as melhores faculdades e universidades, de que sempre escutamos falar. E procure, também, aprender e praticar técnicas e mídias diferentes daquelas com as quais você mais se identifica – isso traz uma bagagem importantíssima para sua percepção de arte. 6) Qual sua formação academica e que cursos você tem no seu curriculo? Eu comecei a fazer publicidade e propaganda e trabalhei em agências por muitos anos. Na publicidade, eu tive sempre que fixar meu traço e estilo em todos os diferentes trabalhos dedicados a diversos tipos de clientes. Hoje em dia eu ainda tenho minhas artes variadas decorrentes disto, e acho que tenho facilidade com diferentes mídias por esta razão. 7) Se você pudesse comparar sua carreira à um chocolate, qual seria? Porque? É o sonho de valsa, com certeza! Começa com uma camada exterior de chocolate doce, que pra mim é como foi a empolgação de começar a carreira de arte. Depois foi aquela casquinha que niguém sabe do que é feita e que não tem gosto nenhum e sempre é o que sobra grudado no dente, que foi a publicidade, e depois aquele miolinho gostoso de avelã, de quando comecei a seguir carreira de freelancer e me dediquei à arte e ao que eu gosto de verdade. 8 ) Como você vê a área de design e ilustração no Brasil? Você acha que está caminhando para o rumo certo? Eu a vejo crescente e evoluindo. Aos poucos a qualidade está subindo e o número de designers, pra estabelecer uma concorrência em todos os níveis, está aumentando. Eu acho que isto está acontecendo numa escala mundial, em diferentes níveis pra cada lugar, mas no Brasil, eu vejo isso de forma positiva. Espero que melhore cada vez mais. Entrevista: Lucas de Alcântara is a post from: Choco la Design View the full article Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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