Jvchequer 63 Postado Maio 13, 2010 Share Postado Maio 13, 2010 Nesta segunda parte do artigo sobre a filosofia do design (confira aqui a primeira), falo dos 3 outros sub-componentes centrais na filosofia do design, além de uma conclusão final. Redefinição – Moldando seu plano proposto do projeto Uma vez identificado o problema do projeto e observado suas restrições negociáveis e não-negociáveis, é fundamental aprofundar as informações / especificações da solução do projeto para garantir que o conceito do design é adequado aos padrões e especificações da indústria. No mundo do web design, muitas vezes aderimos aos mark-ups limpos, lógicos e concisos e uma clara separação de estilo do conteúdo através do CSS. Estes são os padrões estabelecidos da indústria que deverão ser cumpridas antes do site ser considerado totalmente funcional e interoperável em vários navegadores. A fase de redefinição no entanto nunca deve resultar em uma mudança drástica dos objetivos principais de um site, pois é um processo que visa transformar uma idéia do projeto em uma solução mais prática, aplicável e “industry-friendly“ (dentro dos padrões da indústria) ao problema apresentado. A velocidade, manutenção e acessibilidade de um site são muito dependentes de como uma idéia de um projeto é redefinida. Gestão – Garantindo a continuidade Bons conceitos de design (especialmente no caso de sites), muitas vezes resistem ao teste do tempo – eles permanecem na moda e são funcionalmente confiáveis, mesmo em períodos de progresso técnico / estético elevado. O Google é talvez um dos maiores exemplos de como um projeto pode manter uma continuidade ao longo do tempo. Eles tem mantido um layout visual coerente e efetivo com o passar de mais de 10 anos. O logotipo do Google também evoluiu levemente para refletir o uso maior de white space (o espaço em branco) – uma tendência do design contemporâneo que garante a legibilidade de um site. A continuidade de um projeto só pode ser verificado através da gestão adequada de como um design se desenvolve e amadurece ao longo dos anos. Um aspecto central da gestão do design está na capacidade de re-design. Não é incomum sites sofrerem diversas mudanças no espaço de 5 a 8 anos (veja o caso do Design Blog!). Redesenhar, entretanto, não se refere a revisões drásticas, mas upgrades graduais do aspecto estético de um site e como ele funciona (popularmente definido como “realinhamento”). Para gerenciar um projeto, deve se adotar uma sensibilidade aguçada para tecnologias atualizadas e novas metodologias do design. Ter a habilidade de atualizar o sistema de gerenciamento de conteúdo (CMS – Content Managment System) de um site afim de providenciar mais funcionalidades (como um catálogo detalhado e compreensível de artigos de um blog) é um bom exemplo de gestão de design eficiente. O objetivo final, porém, é garantir que o design do site degrade graciosamente ao longo do tempo, sem parecer incoerente ou fora de sincronia com as minúcias do design moderno. Prototipagem – Estando sempre preparado para ajustar e adaptar Prototipagem é a antecipação de cenários possíveis ou soluções que melhoram significativamente ou exponencialmente uma solução de concepção específica. Em certos casos, envolve a construção de protótipos de estudos hipotéticos para determinar novas maneiras em que um projeto de design já existente pode ser ajustado para oferecer soluções melhores e mais abrangentes. O desenvolvimento de softwares online open-source, tais como Linux, Eclipse, Apache e Mozilla são exemplos de protótipos publicamente documentados. Esses protótipos não são convencionais, mas são exemplos funcionais de software destinados à ajuda e melhoramento contínuo da nossa maneira de acessar a internet e experiência com computadores. Cada versão futura do design/software é baseado nas bases do modelo anterior. O método mais popular de prototipagem no mundo do web design é o Protótipo de Modelo Visual (conhecido também como “website mock-ups” ou “mock-ups de sites”). Ele capta o design estético pretendido através de uma simulação de cor e aparência da idéia proposta sem incluir nenhum aspecto de funcionalidade do produto final. Há fortes debates na comunidade de design sobre a sua utilidade real e muitas vezes foi chamado atenção aos web designers para que façam mock-ups na marcação correta (por exemplo, não fazer no Photoshop e sim em CSS). Parece que está havendo uma mudança gradual em direção do Protótipo de Modelo Funcional – uma tentativa prática de simular o design final através de uma adesão estrita à estética e funcionalidade. De qualquer forma, o protótipo é uma ferramenta útil na filosofia do design para melhor conceituar como as idéias existentes podem ser expandidas e aplicadas para resolver uma ampla gama de problemas. Trendspotting* – Mantendo-se atualizado Tendências são uma parte inseparável da filosofia do design contemporâneo. Eles definem a complexidade artística e técnica de uma indústria e determinam se seu negócio está a par com os últimos desenvolvimentos no mundo do design. Um elemento frequentemente negligenciado na filosofia do design, o objetivo do trendspotting* é fazer anotações mentais de vários estilos estéticos / técnicos no design enquanto eles são incorporados nos seus projetos de design. Tendências servem como uma base incrível para se criar idéias paralelas (spin-off). Elas incentivam a consistência criativa permitindo ao mesmo tempo que designers forcem as fronteiras destes estilos predominantes, na esperança de conseguir um projeto que é único e amplamente usado. Um exemplo deste fenômeno é o aumento do uso de elementos desenhados à mão no design. Desenhos feitos à mão estão rapidamente se tornando uma característica integral estética de muitos sites – é uma tendência crescente que incentiva designers a explorarem a beleza e flexibilidade da ilustração à mão livre. (* – Trendspotting é a habilidade de identificar novas tendências) Conclusões finais – Filosofia é sua amiga Como designers, muitas vezes estamos mais interessados em aplicar novas idéias de design ao nosso trabalho do que em estudar a natureza de existência destes conceitos e como eles podem ser aplicados de forma construtiva. A filosofia do design é sobre analizar a prática metodológica do design em vez do design em si mesmo. Ela exige uma reformulação de todo o fluxo de projeto de trabalho de maneiras que permitem aos designers utilizarem melhor os recursos à sua disposição. Espero que gostaram deste artigo tanto quanto eu gostei. Dúvidas ou complementações? Deixe um comentário. Fonte: One Extra Pixel (Traduzido e adaptado por Canha) Aproveite e siga o Design Blog no Twitter! Assim você fica por dentro das novidades no mundo do design, com links super interessantes. . Artigos relacionados Usando filosofia para entender melhor a metodologia do design – pt 1 Design de cartões de visita: o básico Design Blog Podcast – Episódio 02 Cantos arredondados para qualquer navegador 5 dicas de design que se aprende com a Apple </img> </img> </img> View the full article Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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