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Aventureiro


darklighty

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Capitulo Um
Já na madrugada estava quando sai de minha casa, apaguei as tochas da parede com um sopro forte, peguei algumas moedas que estavam sobre a mesa, abri um baú velho empoeirado e de lá retirei algumas pedras mágicas e algumas poções de cura. Na parede estava pendurada uma adaga um pouco ensangüentada, peguei-a e limpei-a com a capa que vestia. Coloquei-a dentro de minha bolsa, onde estavam as poções e pedras mágicas. Coloquei meu chapéu que estava sobre minha cama, que ainda estava quente com o calor do meu corpo. Sai pela porta, trancando-a. Andando pelas ruas da cidade, nas quais estavam sendo iluminada por postes formados de tochas, olhando para as lojas que estavam-se abrindo. Parei em frente a loja de armas, do lado da loja mágica. Estava esperando um amigo para uma caçada. Dez minutos depois ele chega, então após comprarmos alguns itens necessários nas devidas lojas, algo como cordas e pás fomos em frente.
Saímos pelo portão sul, e então deparamos-no à esquerda com alguns ursos. Matamos só o necessário para arranjarmos comida. Arrancamos-lhes a pele para levarmos à um costureiro muito cobiçado na cidade. Ao chegar lá, entregamos-lhe a pele, e voltamos ao portão sul. Saindo logo agora pela direita, lobos atacavam-nos mas eram facilmente mortos pelas nossas fortes magias. Então seguimos em frente, atacando todos os animais selvagens que ousassem a atacar-vos. Meu amigo já ferido nas costas, por um lobo selvagem estava sangrando, quando eu retiro de minha mochila poções mágicas que poderia ajuda-lo. Avistamos uma árvore grande logo ali perto, e então resolvemos acampar por ali mesmo, até que ele fique recuperado. Três horas depois, meu amigo que já não sentia mais as fortes dores disse à mim que poderíamos seguir em frente ao nosso objetivo de matar um dragão. Recolhemos-nos e seguimos pela trilha que já se estava acabando no meio daquela floresta escura. Logo a frente estava um pedaço de pedra, o que dava sinal da montanha que procurávamos.
Andando então, exaustos que já estávamos, em fim chegamos as escadarias que foram construídas por antigos ancestrais que já estavam naquela cidade antes de nós. Subimos então, cansados ao extremo, e logo teríamos que enfrentar um dragão muito poderoso.
E lá estava ele, furioso como sempre, soltando fumaças pelas grandes narinas e fogo pela grande boca que o tinha. Com um pouco de medo, surgia o primeiro ataque, seguido por diversos suspiros de medo. Atacamos seguidamente sem parar nem para respirar, já estávamos cansados pela grande caminhada que tínhamos feito, o que dificultava cada vez mais nossa batalha. Num descuido, o dragão da fúria, como era chamado pelos viajantes aventureiros de nossa cidade, solta uma rajada de fogo que atinge a pedra na qual estávamos escondendo-nos, que se destrói caindo montanha à baixo. Agora estávamos sem refúgio, cansados, e com um enorme dragão em nossa frente.


Continua...


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Capitulo Dois

Estávamos acabados, tudo parecia que ia acabar ali. Nossas vidas, que poucas vividas
aventuras pertenciam. E lá vinha ele, rugindo forte, em nossa direção. Eu já olhava para aqueles olhos negros temendo a morte. Tentávamos escapar, mas para todo lado que corríamos encontrávamos abismos e rochas. Não existia saída, pois estávamos no topo daquela montanha. E ele não parou, continuou vindo em nossa direção, aqueles olhos negros eram ainda mais temidos por mim. Eu rezava temendo a morte que já estava do meu lado. Quando de repente ouço um grande barulho, vindo de todos os lados. Desmaiei.

Acordo confuso mais tarde, sem saber o que havia ocorrido. Levantei a parte de cima do meu corpo, e logo sinto uma forte dor nas pernas e na coluna. Olho para os lados, não vejo montanha, apenas árvores. Meu amigo não estava comigo, havia desaparecido, não sei como isso pôde ocorrer. Não tinha nada ali, apenas árvores e um pouco de palha do meu lado e embaixo de mim, aonde permanecia dormindo. Levantei-me e caminhei até um árvore. Apoio meu braço naquela árvore, de aspecto pegajoso, existia fungos entre os seus troncos velhos que apodrecidos já estavam. Os animais notavam minhas lágrimas, que escorriam pelo meu rosto, limpando a sujeira das queimaduras que fora deixadas pelo caloroso fogo daquele dragão. Resolvi caminhar para ver se encontrava algo para comer, meu estômago já estava doendo de tanta fome. Andando por aquela floresta, admirando o canto dos pássaros que me rodeavam com alegria, ouço um gemido de dor vindo de uma parte mais escura daquela floresta que aparentava perfeição. Eu almejava ter meu colega comigo ali novamente. Ando em direção daquele gemido, que cada vez ficava mais alto e mais alto, sabia que poderia ser um gemido de meu amigo, isso me dava mais forças para correr, pois eu já estava muito fraco após tudo aquilo que havia acontecido em minha vida. Finalmente cheguei naquela gruta asquerosa, que por toda parte estava coberta por fungos pegajosos. Resolvi descer, aquele gemido ainda estava alto, e só pensava em salvar meu colega. Primeiro coloquei meu pé, e logo em seguida a mão, desço na primeira parte. Ao colocar meu outro pé, escorrego nas paredes daquela gruta, que estavam muito lisas devido aos fungos. Vou caindo, com medo de poder ter algo perigoso lá, eu estava despreparado e não tinha comigo nem comida. Meu corpo se deslizava pelas paredes daquela gruta, arranhões e espinhos passavam entre minhas entranhas, o que me machucava profundamente, fazendo eu gritar de dor, caí. Já no chão, contorcendo-me em dor, percebo que aquele gemido havia parado. Eu, em silêncio, apenas ouço atenciosamente cada barulho daquela gruta, que estava mais para uma caverna.


Continua...

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Capitulo Três

Ainda em silêncio, esperando a volta daquele tenebroso gemido que esperava ouvir e ir em direção à ele, mas, nada. Não ouvia absolutamente nada, além dos pingos das pontas das rochas que tocavam o chão daquela gruta. Estava muito quente, eu soava frio, com medo do que poderia acontecer, afinal de contas, eu estava despreparado e frágil por estar triste, ainda mais sem meu amigo. Levantei a perna direita, a qual estava ajoelhada, e movi algumas pedrinhas do chão fazendo um pouco de barulho, e nada novamente. Tomei coragem e levantei-me.
Andando vagarosamente com cuidado e apoiando-se nas paredes, sem enxergar nada, pois eu não tinha nem uma tocha naquele momento. Aquela gruta, que havia se transformado em caverna, era muito escura e quente.
Estava cansado, já andava por mais de dez minutos e nada encontrava, pensava em desistir, mas não havia como, eu já tinha esquecido o caminho de volta com minha afobação de encontrar meu amigo. De um tempo ao outro, o gemido voltava, estava cada vez mas longe e baixinho, eu por minha vez achava que estava indo na direção errada, mas continuei mesmo assim, afinal, não iria gastar o restinho de energia que ainda me sobrava. Parecia meio estranho, mas eu encontrei uma caverna ali, não acreditava no que estava vendo, era uma caverna dentro de outra caverna, cujo destino era uma “casa” subterrânea. Pois bem, entrei calmamente, pois poderia haver algo ali, algo perigoso. Andava com medo, no meio daquela caverna escura, minhas pernas que já tremiam geladas e com muito frio, apesar do calor que fazia dentro daquela caverna, continuei andando, mesmo com medo de perder a vida, estava muito fraco à ponto de desmaiar, mas finalmente encontrei luz, o que era um bom sinal. Ao terminar o percurso, percebo que aquela luz provinha de uma tocha, que estava energicamente acessa. Observo os arredores, livros sobre uma mesa, tochas nas paredes, uma cadeira com algumas roupas velhas, e uma cama, que estava cheia de molambos sujos. Os lençóis mais pareciam pedaços de sacos rasgados, o travesseiro de penas suja, mas ainda aparentava ser confortável. Mas que escolha eu tinha. Andei até a parede mais próxima e fui abaixando minha calça, cheia de fungos e molhada. Tirei-ia e joguei por cima de um balde de madeira, já furado. Peguei a calça de couro que estava sobre aquela cadeira, sacudi-a e como eu esperava aranhas apareceram. Pisei sobre todas, matando-as. Vesti a calça, e estava confortável mais uma vez. Sobre a mesa, estava uma bacia de água, mergulhei minha cabeça, limpando meu rosto com as mãos e molhando minha cabeça, que latejava de dor. Minha capa estava rasgada, e eu precisava costurá-la. Rasguei alguns pedaços do lençol daquela cama, e com a mesma linha do lençol costurei minha capa, com uma adaga que também encontrei sobre a mesa. Deitei sobre a cama e descansei um pouco.

Acordo mais tarde, com ruins pressentimentos. Resolvi sair dali rapidamente. Debaixo da cadeira se encontravam botas de couro, as quais eu vestia com pressa. Sobre pregos existiam uma mochila pendurada, onde coloquei o resto de comida que estava sobre aquela mesa. Peguei alguns daqueles livros também, poderiam ser úteis. Apanhei a adaga e a coloquei junto ao meu cinto, prendendo-a junto a minha cintura, fazendo um estilo de coldre. Peguei algumas facas que estavam sobre a cabeceira da cama e uma tocha da parede. Apaguei a outra tocha e coloquei na mochila. Saí daquele lugar, ao reencontro do misterioso gemido. Agora a situação havia melhorado, estava descansado, sem muita fome, com luz e armamento. Andando por aquela caverna, eu já ouvia os roídos daqueles ratos imundos que estavam por toda parte, as aranhas nas paredes davam uma aparência de abandono e não habitação daquela caverna. Algo meio que obvio, pois ela estava localizada no meio de uma floresta. Continuei caminhando, sem um rumo definido, já que o gemido havia parado.



Continua....
Editado por Henrique Moura
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